Era tarde da noite e a brisa refrescante balançava a cortina da janela, um cheiro gostoso impregnava o ar e a luz da lua banhava os móveis antigos do meu quarto emprestado. Do lado de fora da janela, seus olhos azuis estavam fixos em mim, cada movimento meu nos lençóis macios, minha pele à mostra era um convite para seus lábios quando ele se juntou ao meu lado.
Sua pele na minha provocava eletricidade que arrepiava os meus pelos, seus lábios acariciando meu pescoço me levando a loucura, céus, como eu o queria. Ele se afastou fitando-me e molhando os lábios:
- Posso?
Klaus afundou os dentes em meu pulso, arqueei minhas costas pelo prazer inesperado, seus olhos estavam presos aos meus enquanto ele lambia um fio de sangue que escorria pelo meu antebraço. O puxei para mim sentindo sua ereção pressionar-me e o beijei, e como se tudo finalmente fizesse sentido o nosso beijo era certo, verdadeiro e incrivelmente bom.
Céus, tem algo que esse homem não faça bem?
Ignorando os pensamentos idiotas, empurrei-o para o colchão e posicionei minhas pernas ao seu redor. Estávamos em chamas. Comecei fazendo movimentos em 'u' e o ouvi gemer e aquele foi o melhor som que já ouvi, intercalando movimentos lentos e rápidos eu estava excitada o suficiente para tê-lo para mim.
Suas mãos apertavam minha pele, eu gemi entre nosso beijo no momento em que ele me derrubou ficando por cima de mim, seu rosto colado ao meu.
E eu abri os olhos.
Rapidamente me sentei na cama, meu coração batia com força e o suor escorria pela minha testa, nem mesmo cogitei tomar outro banho, mas que diabos de sonho foi esse? Ah, meu Deus.
AH, MEU DEUS.
MEU.
DEUS.
Se eu estava gemendo no sonho, isso significa que... Ah, meu Deus, por quê? Senhor, me diz por que essas coisas acontecem comigo? Em uma casa lotada de vampiros com audições supernaturais. POR QUÊ?
É em horas assim que eu desejo morrer, sumir, escafeder, MEU DEUS, O QUE FOI QUE EU FIZ? Me debato na cama, odiando cada segundo da minha vida, condenando minha existência para sempre.
Talvez eu não tenha gemido, talvez tenha sido um surto coletivo que não é bem coletivo, talvez ninguém me ouviu gemer por Klaus Mikaelson às quatro e meia da manhã.
Eu me odeio. EU ME ODEIO!
~
Para a minha felicidade, peguei no sono mais rápido do que esperava e acordei com o sol de Nova Orleans iluminando tudo à minha volta, quase chorei por me lembrar do fatídico episódio doentio da madrugada, mas novo dia, novas chances de passar vergonha.
Me arrumei do melhor jeito que pude e por sorte não havia ninguém em casa além da minha doce Hope e eu. Ela, como sempre, me recebeu com um abraço, tomamos café da manhã juntas e eu preparei um sanduíche de queijo, ela deu uma mordida grande e arregalou os olhos:
- Isso é muito bom, Cece - disse de boca cheia -, desculpe, isso está delicioso.
- Fico feliz que tenha gostado, - sorri bebericando o meu café -, a minha mãe fazia todos os dias para mim.
- A minha mãe fazia panquecas, - disse ela ainda de boca cheia -, eu adoro panquecas, mas a tia Rebekah sempre queima as bordinhas.
- Bordinhas queimadas são ótimas, - eu ri e ela sorriu -.
- Você sabe fazer panquecas?
- Foi a primeira coisa que aprendi a cozinhar quando vim pros Estados Unidos, - comentei sorrindo -, após anos de experiência, digo com certeza que as minhas panquecas são deliciosas, mas não sei se serão melhores que as da sua mãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Babá ✦ The Originals
VampireHope precisa de uma babá. Klaus precisa de ajuda com a filha. Cecília precisa desesperadamente de um emprego novo. Que mal pode acontecer, não é mesmo? ✦ Cecília vê sua vida estagnar quando chega a Nova Orleans, então, determinada a mudar o curso de...