Capítulo 49

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– Não!

A resposta ecoou pela sala, Aslin cruzou os braços:

– A decisão não é sua, Josh – disparou –.

– E muito menos, sua!

– Cecília é quem vai decidir o que fazer agora – instigou Aslin –.

– Eu vou apoiá-la, mas precisamos ser francos aqui, há uma chance muito grande dela não sobreviver – cuspiu Josh –.

– Nenhum de nós irá sobreviver se ela não o fizer – foi Aslin quem disse –.

– Você diz que a decisão não é minha, mas a manipula para que faça o que você acha melhor? – esbravejou Josh, irritado –.

– Acha mesmo que eu quero isso? Independentemente da decisão, eu vou morrer, Joshua! – a garota falou desesperada –.

– E quer arrastar a minha amiga nisso? Você e a sua mãe nos colocaram nisso, então resolva sozinha.

Estavam nessa discussão há pouco mais de uma hora, minha cabeça latejava e meus olhos desfocados nos dois que andavam para lá e pra cá discutindo sem parar. Afundei minha cabeça entre os meus joelhos apertando o meu rosto o máximo que podia para sentir alguma coisa... qualquer coisa.

– Conhece um jeito melhor, gênio? Porque caso não tenha entendido, se eu morrer, os originais morrem e todos os outros vampiros morrem, incluindo você e a sua melhor amiga – sua voz estava abafada –.

– Que tal um plano que não envolve a morte da minha amiga?

– Caralho, garoto, você é um saco – ralhou Aslin, ouvi seus passos se afastando –.

– Essa é a maior idiotice que eu já ouvi – Josh esbravejou –, ela pode não sobreviver, sabia?

– Claro que eu sei – Aslin falou exasperada –.

– E então, o que fará se ela morrer durante a transformação?

– Calem a boca – pedi –.

– O que disse? – perguntou Aslin –.

– Calem a boca – levantei a cabeça –.

Ambos se entreolharam e cruzaram os braços ao mesmo tempo, trazendo toda atenção diretamente para mim, suspirei pesadamente:

– Josh, será que eu posso conversar a sós com a Aslin?

– O quê? – ele parecia ofendido –.

– Por favor – insisti, ele apenas assentiu –.

Eu o ouvi descendo as escadas.

Dessa vez, éramos apenas nós três no antigo apartamento – o de verdade. Horas antes, quando estávamos conversando na varanda, Aslin me disse que tinha um plano, mas que não parecia confiável falar em voz alta naquele lugar, pois qualquer um poderia ouvir ou pior, Cora podia estar ouvindo através das sombras.

Quando a porta do hall bateu, eu esfreguei meu rosto com força e me afundei ainda mais no sofá, eu odiava tratá-lo assim, mas fazia muito tempo que estávamos ali e nenhuma decisão foi tomada, apenas brigas e mais brigas, eu precisava colocar a minha cabeça em ordem:

– Explica de novo o seu plano, mas em detalhes, por favor – minha voz saiu rouca –.

Aslin se sentou ao meu lado:

– Alguns anos atrás eu roubei alguns feitiços de Esther Mikaelson para coagir Davina a me ajudar em um projeto – ela suspirou –, acabei encontrando o feitiço que Esther usou para transformar os filhos nos primeiros vampiros e eu o peguei...

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