Capítulo 39

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Vigiei o sono de Hope durante toda a noite, após quebrar o feitiço ela apagou, frágil e trêmula de frio – eu teria ficado mais preocupada se ela não tivesse acordado durante a noite para pedir leite com biscoitos e voltar a dormir em instantes.

Todos pareciam igualmente doentes e frágeis, suas expressões devastadas. Seus olhares eram perdidos e alguns ainda estavam apagados, como é o caso de Kol e Rebekah.

Ajudei Keelin a levar Freya para o quarto, seu rosto era pura dor e seu corpo estava febril. Josh estava ajudando Davina a levar Kol para o quarto e Marcel desapareceu com Rebekah.

Me restou Elijah, com os olhos vagos e uma expressão que nunca imaginei pertencer à toda sua grandeza, a dor e a tristeza não lhe caem bem:

– Como você está?

Ele travou o maxilar e me encarou dando um sorriso pequeno, sua mão tocou o meu ombro e ele subiu as escadas, quando chegou ao topo seu corpo travou e ele fez o caminho de volta – silenciosamente e sem me encarar, ele apanhou Aslin no colo e a levou consigo.

Eu estava me corroendo para saber o que aconteceu.

Klaus eu deixei no chão, ele merecia um tratamento indiferente depois da forma como me tratou – se ele pensa que vai acordar e vir com olhinhos de cachorrinho e eu vou ceder, está muito enganado.

~

Após um banho bem demorado, ouvi a porta do quarto se abrir, ignorei seus passos cuidadosos e continuei a me arrumar – penteei os cabelos e passei o meu perfume favorito. No closet eu encontrei um presente, dentro havia um robe vermelho de seda e uma lingerie da mesma cor "Aproveitem a primeira noite de casados e por favor, respeitem a audição apurada do resto da família – com amor, R" era o que estava escrito no bilhete.

Saí do banheiro em passos lentos e o ignorei completamente, me servi com o vinho que encontrei na adega. Só então me virei para Klaus, sua respiração estava acelerada e a expressão era controlada.

Beberiquei lentamente o vinho sem quebrar o contato visual – Klaus estava diante de mim, sua voz foi um sussurro rouco quando disse:

– Você está linda, amor.

Ele brincou com o cordão do robe, dei uma palmadinha em sua mão, ele sorriu, me afastei passando direto por ele, mas Klaus agarrou o meu pulso e me puxou fazendo o meu corpo colidir contra o dele – seu rosto afundou em meu pescoço:

– Amo o seu cheiro.

Eu permaneci estática em sua frente e ele se afastou:

– Você está tensa, em quê está pensando, amor?

– Uma forma lenta e dolorosa de punir você – sussurrei acariciando seu cabelo –.

– Ah, você está bravinha com o que falei? – ele deu um meio sorriso, puxei seu cabelo para trás e ele gemeu –.

– Estou furiosa, amor.

O empurrei em direção a cama até ele se sentar, meus dedos desfizeram o laço do robe e eu o deslizei lentamente pelo meu corpo, Klaus engoliu em seco, os olhos petrificados em mim, sorri:

– Eu não posso matá-lo – sussurrei –.

Klaus deu de ombros, debochado.

– Ouvi dizer que as adagas foram destruídas.

Me aproximei em passos lentos.

– Parcialmente – disse com um sorrisinho –.

Ameacei beijá-lo e ele seguiu o movimento da minha boca, mas eu me afastei:

A Babá ✦ The OriginalsOnde histórias criam vida. Descubra agora