– Por favorzinho, Cece – Hope fez um biquinho –.
– Tudo bem, mas só um pouquinho porque eu preciso resolver umas coisas importantes, tudo bem?
– EBA! – Ela jogou os braços para o alto –.
E foi assim, meus amigos, que acabei sentada no chão do quarto de Hope com dezessete laços no meu cabelo. Sim, dezessete. Não, um ou dois, mas dezessete. Para acabar de acertar, ela havia feito a maquiagem mais tenebrosa que eu já vi em toda a minha vida. Hope, feliz da vida, sorria de orelha à orelha:
– Nossa, Cece, mas isso 'tá muito feio.
Gargalhei me olhando no espelho. Realmente. Estava horrível, mas eu não ia desanimá-la assim:
– Como pode a minha maquiadora achar o trabalho dela feio? Achei contemporâneo, e levemente abstrato.
Hope gargalhou.
– Tenho uma reunião importantíssima daqui a pouco e me sinto fabulosa – exagerei um bico e ela riu alto –.
– Não pode sair assim, Cece.
– Ah, não? Mas eu me sinto incrível – baguncei meus cabelos e fiz uma cara de modelo, Hope caiu no chão de rir –.
– Vamos tirar tudo isso e refazer.
– Não, eu quero sair assim.
– Cece, – ela ria sem parar –, você não pode sair assim. Vão te achar maluca.
– Que pensem então – me levantei –, direi que minha maquiadora foi a Hope Mikaelson.
– NÃO, você está estragando o meu portfólio.
– Quantos anos você tem? – Hope riu mais ainda –.
– Ah, finalmente eu te achei – o que diabos aconteceu com seu rosto?
– Papai, o que você achou da maquiagem da Cece?
– Eu achei... – ele olhou para Hope e depois para mim, arqueei a sobrancelha –, linda, meu amor. Você fez um trabalho espetacular.
– Você mente muito mal, papai – Hope gargalhou saindo em disparada do quarto –. Vou chamar a tia Rebekah.
– O que você queria comigo, Klaus?
– Kol está procurando você para... – ele se desconcentrou –, amor, isso está horrível – ele sussurrou –.
– Cala a boca, é importante para ela – falei entredentes –. O que o Kol queria?
– Eu não dou a mínima. Isso no seu rosto... você consegue tirar, não é?
– Não, Klaus, infelizmente eu dei uma maquiagem mágica permanente para a nossa filha.
Uma expressão de choque se abateu em seu rosto, logo o sorriso enorme brilhava em seus lábios e eu me peguei tão assustada que dei um passo para trás.
– Eu... eu... desculpe.
– Não há nada para se desculpar – ele beijou meus lábios brevemente –. Obrigado.
– Tia Rebekah está ocupada – ela fez um biquinho –.
– Que pena, princesa – acariciei seu rosto –. Hope, meu amor, achei um novo cliente para o seu salão, pode caprichar.
– Cecília! – Ouvi sua voz pelo corredor –. Claro que quero brincar com você, princesa. CECÍLIA.
Quando voltei ao quarto de Hope, Klaus havia desaparecido e a nova vítima estava sentada de pernas cruzadas na pequena poltrona florida de Hope. Ele estava concentrado no celular enquanto a pequena começava a aplicação dos dezessete laços – Elijah me fuzilou com o olhar:
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A Babá ✦ The Originals
VampireHope precisa de uma babá. Klaus precisa de ajuda com a filha. Cecília precisa desesperadamente de um emprego novo. Que mal pode acontecer, não é mesmo? ✦ Cecília vê sua vida estagnar quando chega a Nova Orleans, então, determinada a mudar o curso de...