Sinto seus dedos acariciando meu cabelo. O cheiro de café da manhã no ar, posso até ouvir a melodia familiar que só Nova Orleans tem – sorrio. Sua mão se afasta do meu cabelo traçando um caminho pela minha bochecha e o rosto que vejo quando abro os olhos faz o meu coração acelerar.
– Klaus!
Me jogo contra o seu corpo e afundo o meu rosto na curva de seu pescoço, meus olhos ardem e a minha garganta queima, me aperto mais e mais em seus braços – ouço sua risada baixinha e seus dedos voltam a afagar meu cabelo, a outra mão acariciando minhas costas. O encaro memorizando cada cantinho do seu rosto antes de beijá-lo:
– É você mesmo, meu Deus, achei que nunca fosse te ver novamente.
– Você está segura, meu amor.
Me afastei bruscamente:
– Onde está a Hope? Por favor, por favor me diga que ela está bem – minha voz saiu desesperada –.
– Ela está muito preocupada com você – ele afastou o cabelo do meu rosto –, todos estão.
– Os últimos dias têm sido um inferno – chorei –, eu a vi morrer, Klaus. Eu a vi morrer e não pude fazer nada.
Uma expressão sôfrega tomou seu rosto, ele deu um meio sorriso:
– Hope está bem. Está tudo bem agora, amor – me assegurou –.
– Como conseguiu me encontrar?
– Não fui eu – a tristeza tomou seus olhos de novo –. Um velho amigo te encontrou e trouxe você para casa.
Fiquei em silêncio, eu me lembrava apenas do rosto borrado.
– Me perdoe por não ter te encontrado – sussurrou –, tentamos de tudo, Cecília, mas parecia que você não... existia.
– Como se eu estivesse fora do radar – comentei, triste –.
Klaus assentiu, seu polegar enxugando as poucas lágrimas que restaram.
– Como você está?
– Bem – sorri –. Podemos ir embora daqui?
– Claro, mas você vai precisar disso aqui.
Ele puxou uma caixinha do bolso do casaco, estreitei os olhos contendo o sorriso. Eu amo presentes, fazer o quê. Era um lindo anel prateado com uma pedra azul no meio, fiquei boquiaberta, o mesmo anel que Klaus usava:
– Considerando que os seus anéis foram tomados de você – ele o colocou em meu dedo –, achei que iria gostar de usar o anel da família Mikaelson, já que você é uma de nós.
Fiz um biquinho.
– Klaus, é lindo – murmurei –, mal posso esperar para ser oficialmente a "Senhora Mikaelson".
– Não seja por isso, Kol pode nos casar no fim da tarde.
– O quê? Aquele filho da mãe poderia ter nos casado esse tempo todo e nunca me contou?
– Você não descobriu isso através de mim – ele ergueu as mãos em rendição –.
Eu ri e selei nossos lábios, uma batidinha na porta nos atrapalhou:
– Venha, – Klaus se levantou e estendeu a mão para mim –, antes de irmos para casa, você precisa conhecer o seu salvador.
O meu salvador estava sentado como um Deus em uma poltrona de couro – ele bebia sangue diretamente de uma taça e conversava energicamente com Aslin, seus olhos pousaram em Klaus primeiro e depois se fixaram em mim. Ele se levantou no mesmo instante:
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A Babá ✦ The Originals
VampireHope precisa de uma babá. Klaus precisa de ajuda com a filha. Cecília precisa desesperadamente de um emprego novo. Que mal pode acontecer, não é mesmo? ✦ Cecília vê sua vida estagnar quando chega a Nova Orleans, então, determinada a mudar o curso de...