Capítulo 29

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– Ah, eu sou muito idiota – Kol resmungou apoiando o rosto na mesa da cafeteria –.

– Pela quarta vez, querido. Você não passou vergonha na frente dela.

– Ah, você jura? Eu abri a minha boca para dizer algo inteligente e quando vi estávamos discutindo sobre a venda de borboletas vivas.

– Não foi tão ruim e você conseguiu a atenção da Davina, só vi vantagens – dei de ombros e bebi o meu cappuccino –.

– Eu me sinto burro perto dela.

– Porque você gosta dela.

– Chega – ele se levantou –, não saia daí, eu já volto.

– Sim, senhor.

O dia estava lindo, ensolarado e quente, era um desses dias comuns e normais, mas que tudo parece excepcionalmente bom. Faz algum sentido? É como se tudo estivesse bem, sinto uma sensação tranquilizadora dentro de mim. Sorrio.

No celular, digito o número que sei de cor. Espero chamar várias vezes até cair na caixa postal "Oi, é o Josh. Deixe uma mensagem.", suspiro e desligo o telefone, aposto que já enchi o seu correio de voz com mensagens que ele nem se deu ao trabalho de responder.

– Com licença, – sorrio para o homem à minha frente –, você deixou sua bolsa na floricultura.

Eu podia jurar que estava com ela o tempo todo.

– Ah, muito obrigada – a peguei – ultimamente eu não sei onde estou com a cabeça.

– Acontece – ele sorriu –. A propósito, sou Vincent Griffith, dono da floricultura.

– Cecília – aperto sua mão –, adorei a floricultura, é linda. Gostaria de se sentar?

– Não, não quero incomodá-la.

– Ah, não se preocupe – olhei por cima do ombro –, o meu cunhado me largou para pegar o telefone da garçonete.

– Kol Mikaelson é o seu cunhado?

– É sim – sorri –.

– Então você deve ser a namorada do Elijah.

– Te dou mais uma chance para acertar – falei e ele riu –.

– Klaus Mikaelson – ele assentiu sorrindo –, nunca imaginei que alguém como ele poderia se relacionar de novo.

De novo?  Afastei os pensamentos, os sentimentos de Klaus são genuínos, então não vejo motivos para me preocupar. Além do mais, nós vamos nos casar. Isso... vamos nos casar!

– Milagres acontecem, não é mesmo? – beberiquei o meu café –.

– Pelo visto, não é apenas namorada – apontou para o anel –, espero que goste do nosso serviço com as flores e volte a fazer negócios com a gente.

– Ah, pode apostar que eu vou sim. A floricultura é a melhor que eu já vi.

– Muito obrigado e meus parabéns pelo noivado.

– Obrigada – sorri abertamente e ele retribuiu o sorriso –, estou bem ansiosa.

– Imagino, e deveria estar mesmo – sorriu – casamentos são elos para a vida inteira, é normal nos sentirmos ansiosos.

– Você é casado?

– Sim, quer dizer, não mais – ele rodou o anel no dedo – a minha esposa faleceu há alguns anos.

– Eu sinto muito.

– Obrigado.

– Desvantagens da bruxaria – Kol arrancou Vincent da cadeira –, o que pensa que está fazendo?

A Babá ✦ The OriginalsOnde histórias criam vida. Descubra agora