Capítulo 43

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– Eu matei você – Aslin esbravejou –.

– Eu me lembro muito bem disso – retrucou o homem –.

– Você não deveria estar aqui, Finn – Elijah falou em tom mórbido –.

Klaus não disse absolutamente nada, seus olhos estavam vidrados no homem em sua frente, quando notei, Klaus o empurrava contra a parede, a pancada formando rachaduras no concreto ao redor do corpo.

– Você é o maior sinal de mau presságio que existe, Finn – murmurou –, o que você quer agora?

– Eu quero apenas conversar, irmão.

– Sempre que você quer conversar, acabamos presos em algum ritual maldito para nos destruir – rosnou, socando a cabeça de Finn contra a parede –.

– Niklaus, já chega – pediu Elijah –.

– Por que você voltou? O que a nossa mãe quer agora?

Finn riu.

– A nossa mãe não me mandou aqui.

Klaus paralisou, o homem socou o antebraço de Klaus e se desprendeu das mãos dele. Ele arrumou o terno caro que usava e estava quase se sentando quando me encarou e sorriu. Notei uma troca de olhares entre Elijah e Klaus:

– Eu não conheço você – se aproximou de mim, mas Klaus se colocou entre nós –, fique calmo, irmão, eu não mordo.

– Fique longe da minha esposa – disse entredentes –.

– Esposa? – ele estava surpreso, olhou em volta rindo –, então é verdade que você pode amar alguém além de si mesmo, Niklaus.

– Toque nela e você vai desejar ter permanecido morto, irmão – a voz de Klaus me arrepiou –.

Eu sei que é o momento errado, eu sei, eu sei, mas... que homem gostoso, meu Deus do céu. Meu marido é muito gostoso:

– Estamos só entre família – Finn disse –, então não vejo motivos para ser rude com a minha cunhada, não é?

– Se não foi a nossa mãe, então quem o trouxe aqui, Finn? – perguntou Elijah –.

– Isso não importa agora – ele se serviu de uma bebida –, o que vocês precisam saber é que eu estou aqui para retomar o equilíbrio natural das coisas – ele olhou diretamente para Aslin –.

– O que isso quer dizer? – Klaus exasperou –.

– Quer dizer, irmão, que ele está aqui para fazer o trabalho que Aslin não conseguiu há oito anos – Elijah ajustou o terno –.

– Talvez sim – Finn suspirou –, talvez não.

– Veio nos matar? – Klaus perguntou descrente, o riso na voz –.

– Eu vim para conversar – ele virou a dose –, se, neste meio tempo, eu puder restituir séculos de desequilíbrio da natureza, bom, será um bônus.

– Por que essa necessidade incansável de lutar contra a sua família e a sua espécie, Finn? – Elijah esbravejou, sério –.

– Você acredita mesmo que nos matar é a solução de tudo? – Klaus o levantou pelo colarinho e o largou no chão –.

– Somos abominações, não deveríamos ter resistido por tanto tempo – cuspiu –, não é natural.

– E como pretende fazer isso, Finn? Um feitiço que irá ligar a todos nós como um só para que a nossa mãe nos mate? Você é patético.

A Babá ✦ The OriginalsOnde histórias criam vida. Descubra agora