1 - Quebrei a lança, lancei no espaço

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Finalmente, após uma longa viagem, vindo de um local tão distante, eu havia chegado a Midgard. Olhei ao redor e vi algumas figuras um tanto chocadas com a minha chegada. Aquilo seria divertido.
Eu já observava à distância os movimentos daquelas pessoas naquele local. Já conhecia alguns pelos nomes. Eu observava suas tentativas de aprender a controlar o Tesseract, mas, como eu imaginava, devido à inferioridade da inteligência dos humanos, eles não estava fazendo grandes avanços.
- Senhor, por favor, abaixe essa lança - falou um dos humanos com um tapa-olho, Nick Fury, como o chamavam.
Quanta ingenuidade. Por que eu faria isso? Sorri e em seguida os ataquei com o cetro. Alguns midgardians tentaram, tolamente, alvejar-me com aquelas armas inferiores. Tudo aquilo era tão divertido, eram como insetos tentando lutar contra quem os pisava. Facilmente controlei a situação. Um deles se levantou e tentou apontar uma arma para mim. Era o Agente Barton. Aproximei-me dele e agarrei sua mão.
- Você tem coração - falei sorrindo.
Toquei-o com o cetro e passei a controlá-lo. Em seguida controlei outro humano. Porém, pude notar que o midgardian com o tapa-olho tentava inutilmente roubar o Tesseract.
- Por favor, não faça isso. Eu ainda preciso dele - falei com ironia.
- Isso não precisa ficar mais confuso - respondeu.
- Claro que sim. Eu vim de muito longe para qualquer outra coisa. Sou Loki de Asgard e eu vim encarregado com propósito glorioso.
- Loki? Irmão de Thor? - perguntou outro humano, Erik Selvig, o que eu já vinha observando.
De repente, sem maior aviso, uma nova luz surgiu exatamente no mesmo local que eu havia sido teletransportado e dela brotou uma mulher que caiu sentada. E assim como surgiu a luz, ela desapareceu. A humana olhou ao redor e em seguida me fitou longamente.
- Loki... - chamou-me. - Eu só posso estar sonhando... - murmurou.
Como ela me conhecia? Eu nunca havia visto tal criatura.
- Seu plano não vai dar certo! Seu exército, os Chitauri, será derrotado. Eu posso ajudá-lo. Posso ver o futuro - disparou a tal mulher.
Não podia negar a minha surpresa. Como ela sabia disso tudo? Como sabia sobre os Chitauri? Será que ela realmente poderia ver o futuro? Era algo que valeria a pena saber. Pensei em controlá-la também. Ela poderia ser muito útil. Deixei escapar um sorriso de satisfação. A mulher pareceu ler meus pensamentos, pois disparou a falar novamente.
- Não Loki, não pense em fazer isso. Se o fizer, anulará meus poderes. Eu ficarei ao seu lado. Direi tudo o que você precisar saber. Meu nome é Aredhel - fez uma pausa e olhou para o teto do local. - Temos que nos apressar! Tudo aqui vai explodir! Temos pouco tempo para escapar! - falou rapidamente.
Aredhel era seu nome. O Agente Barton confirmou que o que ela dizia era verdade. Eu não tinha tempo para pensar sobre quem era ela, ou qual era seu interesse em se aliar a mim. Isso eu poderia verificar depois. Peguei rapidamente o cientista Selvig, controlando-o e, em seguida, agarrei o braço daquela mulher.
- Você vem comigo - sorri para ela. - Derrube-o - ordenei para Barton.
O soldadinho humano atirou em nosso empecilho e seguimos. Estávamos entrando em um dos transportes quando outra mulher apareceu fazendo perguntas, mas Barton disse algumas palavras e resolveu o problema temporariamente. Empurrei a tal Aredhel para dentro do transporte e subi na parte traseira. Quando partimos, a mulher reagiu e nos atacou.
A coisinha irritante nos seguiu e tentava inutilmente nos alcançar. Comecei a atacá-la e, quando finalmente estávamos saindo daqueles túneis, o local desabou de vez e conseguimos nos livrar dela. Infelizmente uma aeronave nos seguiu, mas, mais uma vez, consegui me livrar dela facilmente.

Chegamos ao nosso esconderijo, Barton me entregou Aredhel e um par de algemas.
- Eu cuidarei dela - sorri cinicamente para a jovem. - Se o que você diz é verdade, me será muito útil. Mas antes preciso saber o que mais você sabe - puxei-a pelo braço.
Barton seguiu para arrumar o esconderijo e levei a mulher para um local onde a deixaria presa até que pudesse interrogá-la. Algemei-a em uma tubulação que havia por ali.
- Não precisa fazer isso, eu não vou fugir - ela falou de repente. - Nem teria como - deu um sorriso amargo.
Confesso que quase ri de sua ingenuidade. Ela podia ser realmente uma vidente, mas eu jamais arriscaria que pudesse vir atrapalhar meus planos.
Ignorei a jovem e voltei a me juntar a Selvig e Barton. Ambos me forneceram todas as informações de que precisava. Barton me contou cada detalhe que sabia sobre a organização em que trabalhava, a S.H.I.E.L.D. Também me passou vários detalhes sobre quem fazia parte da agência e possíveis "soldados" que eles poderiam acionar para me impedir. Barton recrutou inclusive um grupo de pessoas para trabalhar para nós, pessoas que eram inimigas da tal S.H.I.E.L.D. Com esses dados em mãos comecei a planejar como faria para alcançar meus objetivos. Tudo estava saindo conforme o planejado.
Passado algum tempo me afastei de todos, eu precisava saber maiores informações sobre meu real exército, os Chitauri. O que aquela tal de Aredhel havia dito não saía da minha mente. Como assim eu seria derrotado? Isolei-me e concentrei-me para poder me comunicar com o Other.
- Os Chitauri estão cada vez mais inquietos - falou.
- Deixe-os ficar inquietos. Vou conduzi-los a uma batalha gloriosa - retruquei.
- Batalha? Contra a força insignificante da Terra? - desafiou.
- Falei gloriosa, não longa. Se a sua força é tão formidável como você diz - rebati.
- Você ousa nos questionar? Questioná-lo? Ele que colocou o cetro em suas mãos? Quem lhe deu o conhecimento antigo e novo propósito? Quando você foi banido, derrotado! - disse com malícia.
- Eu era um rei! O legítimo rei de Asgard... Traído - rosnei de volta.
- Sua ambição é pequena e oriundo de desejos infantis. Nós olhamos além da Terra, visando maiores mundos, que o Tesseract revelará.
- Você não tem o Tesseract ainda - falei despreocupadamente.
Other se aproximou como se fosse me atacar.
- Eu não estou ameaçando. Mas até eu abrir as portas, até que sua força esteja sob meu comando, isso tudo não passa de meras palavras - continuei falando.
- Você terá sua guerra, asgardian. Se você falhar, se o Tesseract for tirado de nós, não haverá nenhum reino, nem lua estéril, nenhuma fenda onde eu não posso encontrá-lo. Você acha que sabe o que é a dor? Ele vai fazer você implorar por algo tão doce como a dor - ameaçou Other tocando meu rosto. Senti quase queimar.
Trinquei os dentes. Como ousava me ameaçar? Mas, por hora, eu ainda precisava deles.
Saí do local e fui ao encontro da tal vidente. Chegando lá me sentei no chão e finalmente pude observá-la melhor. Tinha a tez clara e parecia bem jovem. Era baixa em comparação a mim e tinha cabelos e olhos escuros. Não parecia pertencer à Asgard ou outro mundo, apesar das roupas estranhas que usava. Na verdade parecia uma midgardian.
- Afinal... Quem é você e de onde veio? Quem trouxe você? - perguntei.
- Meu nome é Aredhel... - apresentou-se novamente. - Vim de um mundo parecido com este, também chamado Terra. Não sei como vim parar aqui. Até onde sei, ninguém me mandou para cá - meneava a cabeça. - Uma luz roxa na floresta me chamou atenção e fui puxada para dentro dela. Quando abri os olhos estava diante de vocês - deu de ombros.
Obviamente não acreditei nela. A história era ridícula em demasia.
- Então você quer que eu acredite que você veio para cá por acidente? - comecei. - Que você não trabalha para ninguém e que, quando me viu, decidiu que iria me ajudar? Por que tolo me tomas? Como você sabe sobre os Chitauri?
- Eu já falei que posso ver o futuro - ela insistiu. - Decisões que já foram tomadas. Vejo também algumas coisas do passado das pessoas que conheço. Isso ocorre a partir do momento em que conheço a pessoa - explicou.
Isso era muito interessante. Se o que ela afirma fosse real, eu tinha um tesouro em minhas mãos. Entretanto, eu precisava de provas e de mais fatos. Então comecei a questioná-la sobre o que tinha mais a revelar.
- E o que vê? - estreitei os olhos, encarando-a.
- Vejo algumas coisas que você pretende fazer em breve - ela me encarava sem temores - Sobre o futuro mais distante... - crispou os lábios. - Ainda é meio vago, mas vejo você algemado. Derrotado - revelou.
Cerrei os punhos com raiva. Verdade ou não, era muita petulância dela fazer tal afirmação.
- Nessa sua suposta visão... - continuei. - O que me levaria a esta derrota?
- Ainda não está claro, mas vejo que seus inimigos formarão um grupo. Vejo também que você os conhecerá em breve - respondeu vagamente.
Ela havia chegado a um ponto interessante. Eu precisava saber mais.
- Conhecerei em breve? - sorri abertamente - O que farei em breve? - perguntei encarando-a novamente.
- Você partirá em breve para a Alemanha e irá em busca de um globo ocular - Aredhel se encolheu, fazendo uma careta. - Que será solicitado pelo Barton para conseguir um metal fundamental para abrir o portal que você tanto deseja. Essa sua aparição em público causará tumulto, a S.H.I.E.L.D. irá localizá-lo e enviará alguns de seus inimigos, entre eles o Capitão América e o Iron Man. Você aceitará pacificamente sua captura e seu irmão Thor virá a terra por sua causa, mas você contornará a situação. Você será preso em uma cela de vidro no quartel-aeronave da S.H.I.E.L.D e de lá manipulará todos. Depois fugirá com a ajuda de Barton - falou com tranquilidade.
Eu não podia acreditar no que ouvia, ela conseguira descrever boa parte de meu plano e, pelo que pareceu, revelou-me muito do que aconteceria. Aquilo era formidável! Eu tinha em mãos outro trunfo. Com Aredhel sob meu controle, minha vitória seria certa. Ninguém seria uma ameaça se eu sempre soubesse sobre o futuro. Aredhel era minha nova arma!

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora