27 - Surgissent les fantômes de notre lit

2.3K 131 42
                                    

Na manhã seguinte eu acordei com Aredhel sentada ao meu lado na cama. Ela me olhava ansiosa, parecia estar me esperando acordar.

— Bom dia meu príncipe — falou sorrindo para mim.

— Bom dia — sorri de volta.

— Estava esperando você acordar para conversarmos — disse de supetão. — Eu não consigo tirar da cabeça as coisas que me falou ontem — fez uma pausa ficando rubra. — Você sempre disse que me amava, mas eu não fazia ideia de como se sentia em relação a mim — murmurou.

— Verdade? — sentei-me na cama. — Sou tão frio assim? — perguntei ironicamente.

— Bom... Você era — ergueu os ombros. — Na verdade foi isso que me fez esconder o que sentia por você — franzindo o cenho.

— Como assim? — questionei curioso.

— Bem — empertigou-se na cama —, lembra-se do dia em que me perguntou por que eu me arriscava por você? Pouco antes de retornamos do mundo sombrio?

— Lembro. Eu estava tentando entender o porquê de você se importar tanto comigo.

— Pois é — mordeu os lábios inferiores. — Naquele dia eu descobri que estava apaixonada por você. Depois que você me perguntou aquelas coisas, eu fiquei pensando e foi então que eu entendi — murmurou meio sem jeito.

— É... Pensando bem, eu não fui muito esperto. Estava escrito na sua testa que você estava apaixonada por mim — comentei meio rindo. — Cheguei a desconfiar, mas ignorei a possibilidade. Mas por que você não falou nada até a partida? Convivemos por meses aqui em Asgard. Você continuou agindo como se fosse apenas minha amiga. Por que não falou nada na noite em que te beijei?

— Ah, eu tinha bons motivos para isso... — arqueou as sobrancelhas. — Primeiro, estava noiva de Phillip. Fiquei confusa com a situação, ainda gostava dele e me sentia culpada por repentinamente me ver apaixonada por outro homem. Segundo... Não era nada prudente que você sequer imaginasse que eu poderia estar apaixonada por você. Apesar de te amar, sabia que se soubesse disso, riria de mim ou apenas me usaria — pareceu entristecida. — Sejamos francos, que chances eu teria com você? Eu te conhecia. Acreditava que você jamais se interessaria por uma humana. E quando você se declarou, você me beijou e depois saiu correndo. Quase dois dias depois foi falar comigo como se nada tivesse acontecido. Eu pensei o óbvio. Que você poderia até estar apaixonado por mim, mas que achava melhor me mandar de volta e esquecer isso — fez uma pausa, com uma expressão confusa no rosto. — Foi tão estranha aquela noite. A maneira como você estava descontrolado. Parecia indeciso se me matava ou não. Cheguei a pensar que o faria... Mas não consegui me mexer... Algo me dizia para continuar confiando em você... Que você jamais me machucaria — encarou-me e franziu a testa. — Foi ali que você pensou em me matar, não foi?

Aredhel me conhecia bem demais. Por um momento pensei no que ela havia dito. Os receios que ela teve faziam todo sentido. De fato, se eu não estivesse apaixonado por ela, teria rido dela se ela tivesse se declarado para mim. Na verdade, certamente teria me aproveitado dos sentimentos dela, a usaria e depois a descartaria como se fosse nada. Por muito tempo eu a enxerguei dessa forma. Um ser descartável que apenas serviria aos meus propósitos e que me livraria assim que fosse possível. Como eu me arrependeria...

— Sim, foi — anuí envergonhado. — Você estava certa. Eu achava absurdo me apaixonar, ainda mais por uma midgardian. Pensei por um momento que talvez fosse mais fácil... — fiz uma pausa, me doía lembrar que tinha pensado nisso. — Matar você... Acreditava que assim poderia me livrar de uma vez do que sentia — confessei envergonhado.

Ela me olhou e deu um sorriso fraco. Com uma das mãos ergui seu rosto para que me encarasse.

— Eu teria me arrependido para o resto da vida — murmurei com tristeza.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora