Recomeço... Essa era a palavra para mim e Aredhel. Como consertar o que não tem conserto? Como desfazer todo mal feito? Se eu pudesse pegar de volta toda a dor que causei, eu pegaria. Se eu pudesse refazer cada passo errado que dei, eu refaria. Mas nem reunindo todas as Infinity Gems eu poderia desfazer o que fora feito. Talvez até existisse uma forma de quebrar o paradoxo temporal da Gem do Tempo, de voltar para o passado e desfazer todo o mal, mas ainda assim não mudaria alguns fatos... Ninguém se lembraria do ocorrido, mas eu sim. Eu sempre saberia o que tinha feito... Sempre recordaria daquela cena: Aredhel morta em meus braços.
Não se pode fugir da verdade. Ela podia ter me perdoado, mas eu jamais me perdoaria. Nada seria como já fora um dia.
Eu nunca tive a intenção de machucá-la. Tudo o que eu sempre quis foi amá-la. Quando a puxei pelo braço, peguei o braço errado. No momento a empurrei em direção ao espelho, em meio a raiva, não medi a força. Eu nem mesmo recordava de haver um espelho lá. Quando a ergui do chão pelo pescoço, deixando-me levar pela ira por alguns segundos, mas nunca desejei matá-la. E jamais imaginei que ela se teletransportaria para minha frente naquele instante. Naquele momento de ódio, mesmo acreditando que ela havia me traído, eu não queria machucá-la e muito menos matá-la. E mesmo que tudo aquilo ainda fosse verdade, eu nunca teria coragem de lhe desejar algum mal. Sempre tive a certeza de que eu jamais levantaria a mão para Aredhel, mas no final eu a machuquei do mesmo jeito.
A obsessão que nasceu de minha necessidade de tê-la ao meu lado, para o resto da vida, virou um monstro. No começo era um animalzinho inofensivo que começou sendo alimentado pelo desejo de prolongar a vida de Aredhel, mas depois passou a se alimentar de meu medo. Medo de que a vida, o destino ou a morte a tirassem de mim. Medo esse que ficou maior que o amor que sentia por ela. O medo também mata e destrói.
A redoma que construí ao redor de Aredhel a isolou, reprimiu, sufocou e, por fim, partiu-se em pedaços e caiu sobre ela. O vaso com a minha rosa da redoma, tinha caído no chão e se espatifado. A rosa se salvou por puro milagre... Eu não queria lhe causar dor, mas a culpa do acidente foi minha. O lugar da rosa era no jardim, livre e não presa em um vaso sob a ilusória proteção de uma redoma.
Demorei muito para entender que tudo o que tinha que fazer era confiar. Crer no amor de Aredhel por mim e deixá-la livre. A liberdade dela a manteria a salvo e feliz. E o amor que ela sentia, sempre a faria voltar para mim no final do dia. Era assim que deveria ter sido desde o começo e assim que seria dali em diante.
Jane e Thor fizeram as pazes. Jane o perdoou pelas palavras duras que proferiu a ela quando estava sob o domínio de Thanos. Estranhamente, Thor não se lembrava de tudo que Thanos o obrigou a fazer. Descobriu que ele fora rude com os amigos de Jane e Selvig. Ele também não lembrava de algumas coisas que falara comigo e com Aredhel.
Eles retornaram a Midgard depois de dois dias. Antes de partirem, Jane tomou uma importante decisão: ela comeu a maçã. Ela e Aredhel conversaram muito em uma tarde e, depois dessa conversa, Jane deu a boa notícia a Thor. Eles se casariam em dois meses, pois Jane havia aceitado a proposta de casamento de Thor. O casamento seria em Midgard. Aredhel e eu seríamos os padrinhos que, segundo Aredhel me explicou, era um costume dos casamentos de Midgard.
Sif nem imaginava o que estava acontecendo. Ela, Fandral, Volstagg e Hogun ainda estavam à procura de Lorelei e Amora. As últimas notícias trazidas por um guarda mensageiro era de que tinham partido para a Midgard da outra realidade. Pelo que aconteceu à Aredhel, resolvi deixar a missão nas mãos deles e adiar meu plano de me vingar de Thanos. Quanto a William, eu ainda não havia falado para Aredhel. Resolvi esperar passar alguns dias. Queria poupá-la de mais um desgosto. Thomas concordou e também não tocou no assunto com ela.
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A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)
FanfictionLoki acaba de chegar a Midgard e minutos depois surge uma estranha mulher através de um novo portal. Esta mulher diz que pode ver o futuro e diz que pode ajudá-lo. Quem é essa mulher? Qual será o destino de Loki? Escrita em 2014 e sendo revisada.