66 - Feelings, for all my life I'll feel it. I wish I've never met you, girl.

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 — Por favor, respire Aredhel, eu te imploro.. — sussurrei desesperado, sentindo as lágrimas descerem por meu rosto.

Tentei mais uma vez e Aredhel deu um suspiro alto, voltando a respirar, mas ainda com muita dificuldade. Deixei escapar um assobio de alívio. Inclinei a cabeça de Aredhel para trás para que ela conseguisse respirar melhor. Minutos depois, Ada chegou e a examinou. Perguntou-me o que tinha ocorrido e então expliquei a situação.

— Meu rei... — fez uma pausa parecendo ponderar. — Sua esposa está se recuperando de um ferimento grave em seu pulmão. Então ela deve evitar se cansar. Ela ainda não está em condições de respirar normalmente. Portanto deve evitar fazer certas coisas — falou meio sem jeito.

— Er... Entendo — falei sentindo meu rosto corar.

Depois de fazer alguns procedimentos em Aredhel, ela se retirou. Pouco tempo depois Aredhel acordou e deu um sorriso fraco para mim. Dei um suspiro aliviado de vê-la viva e acordada. Passei os dedos por seu rosto, arrumando seu cabelo atrás de sua orelha. Aredhel reclamou que deitada era pior para ela respirar, então eu a ajudei a sentar. Coloquei-a sentada entre minhas pernas e apoiei suas costas em meu peito.

— Nada... De... Beijos... Certo? — falou com dificuldade.

— É amor... Estamos de castigo. Nada de beijos ou outras coisas — sorri de leve. — Você teve o pulmão perfurado por uma de suas costelas quebradas. Ainda está se recuperando do ferimento, então você ainda vai levar algum tempo para recuperar seu fôlego — contei. — Que susto que levei... Pensei que não conseguiria fazer você voltar a respirar — murmurei com tristeza.

— Desculpe-me... Meu amor... Eu tentei respirar... Mas parecia que não tinha ar... Que não tinha... Oxigênio ao meu redor... Eu puxava e... Parecia que não... Entrava nada... — disse com a voz entrecortada, visivelmente cansada.

— Se perder o fôlego tem que tentar manter a calma. Sei que é desesperador ficar sem ar e que se deseja respirar o mais rápido o possível, mas tem que puxar o ar devagar e soltá-lo também lentamente. Só assim conseguirá voltar a respirar normalmente — expliquei. — Vou lhe mostrar como fazer. Você vai respirar junto comigo. Quando eu inspirar você fará o mesmo e soltará ar junto comigo, certo?

Aredhel afirmou com a cabeça e então eu coloquei uma das mãos em seu peito. Inspirei lentamente e ela me acompanhou com um pouco de dificuldade. Depois soltei o ar lentamente e ela fez o mesmo. Ficamos repetindo o exercício e aos poucos a respiração dela foi melhorando.

Pedi para trazerem o jantar no quarto. Aredhel levou muito tempo para comer, perdia o fôlego com facilidade durante a refeição. Várias vezes se engasgou com a comida. Ajudei-a com o banho e também tomei um. Depois a deitei na cama e esperei que dormisse. Notei que tanto ela quanto eu estávamos ainda sem as alianças. Peguei-as onde havia guardado e coloquei a minha e depois a de minha esposa, dando um beijo em sua mão. Fiquei olhando ela dormindo, ainda meio preocupado. Como a respiração dela ainda era muito irregular, passei a noite acordado velando o sono dela.



Na manhã seguinte, Mary e Thomas vieram ver Aredhel. Mary se sentou na poltrona ao lado da filha e as duas começaram a conversar. Minha esposa, sofrida, ainda falava com dificuldade.

— E então? Como ela está? — perguntou-me Thomas.

— Está se recuperando, mas ainda respira mal. Ontem à tarde me deu um susto. Desmaiou por falta de ar. Fiquei tentando fazê-la voltar a respirar e quase não consegui. Às vezes esqueço o quão frágeis vocês midgardians são — falei vencido.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora