— Aredhel, me perdoe... Eu... Eu não fiz por querer... — falei nervosamente, me ajoelhando ao seu lado.
Ela não disse nada e começou a chorar. Eu não pensei duas vezes, carreguei-a e levei às pressas para a sala de cura. Ada, ao ver o braço novamente machucado, começou a ralhar com Aredhel.
— Majestade, eu já lhe falei que tem que cuidar desse braço, senão ele nunca vai se curar por completo e... – dizia a serva, impaciente.
— Fui eu, Ada — interrompi-a. — Eu a puxei pelo braço — confessei.
Ada olhou de mim para Aredhel e ergueu a sobrancelha. Percebi o olhar questionador dela, mas nada comentou. Ela deu um suspiro irritado e atendeu Aredhel em silêncio. Depois de imobilizar novamente o braço de minha esposa, nos deixou a sós.
— Eu o estava ensinando a fazer um pedido de casamento — Aredhel disse de repente, limpando as lágrimas do rosto. — Ele vai pedir Jane em casamento — murmurou fitando o braço.
— Aredhel, eu sinto muito — fui sincero. — Eu não pensei na hora. Fiquei com ciúmes e nem vi qual braço eu havia puxado. Eu jamais quis te machucar — falei com tristeza.
— Tudo bem... — falou com a voz quase sumindo.
Eu a abracei e ela permaneceu calada. Ergui com uma das mãos seu rosto e a olhei nos olhos.
— Você me perdoa? — perguntei angustiado.
— Perdoo — deu-me um sorriso fraco.
Era a resposta que eu queria ouvir, não dos lábios dela, mas de mim mesmo. Ouvi-la dizer que me perdoava daquela maneira displicente chegou a doer. Havia algo errado, podia ver em seus olhos.
Deixamos a sala de cura e levei-a para o quarto. Ela se sentou na cama e silenciosamente pegou um livro. Eu a fitei com o coração apertado. Por causa de meus ciúmes eu havia machucado o braço dela novamente. Sentei-me ao seu lado e fiquei acariciando seus cabelos. Aredhel fechou o livro, me olhou e deu um sorriso meigo.
— Eu já disse que está tudo bem, meu amor — falou. — Foi um acidente.
— Aredhel... — dei um suspiro. — Eu deveria te proteger da dor, não te machucar —murmurei com pesar. — Não tente justificar meu erros... Ainda que seja um acidente, foi por causa de meu ciúme que isso aconteceu.
Ela baixou os olhos e exalou o ar lentamente.
— Eu sei, mas... — fez uma longa pausa. — Tom uma vez me disse "Não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso" — disse se aninhando em meus braços, encostando a cabeça em meu peito.
— Você sente falta dele, não é? — indaguei.
Aredhel pareceu ficar tensa. Percebi que tinha medo de me dizer a verdade. Comecei a entender o que estava acontecendo.
— Pode dizer a verdade, Aredhel.
— Sim... — franziu os lábios em uma linha. — Eu sinto falta dele. Tom e Thor são como irmãos para mim. São meus amigos — murmurou.
— Desculpe-me se meu ciúme às vezes te sufoca, lhe faz se sentir solitária e... — passei delicadamente meus dedos por seu braço machucado — ...te machuca. Prometo tentar mudar e não sentir tanto ciúme de você com seus amigos. Tudo o que quero é te ver feliz — confessei entristecido.
Aredhel me olhou, sorriu e acariciou meu rosto.
— Eu confio em você — prossegui — e quero que saiba que pode sempre confiar em mim. Que você pode se abrir comigo e me dizer como se sente. Não quero que tenha medo de mim — suspirei em desalento. — Eu sempre estarei ao seu lado quando precisar de mim. Eu vou te amar para sempre — afirmei.
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A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)
FanfictionLoki acaba de chegar a Midgard e minutos depois surge uma estranha mulher através de um novo portal. Esta mulher diz que pode ver o futuro e diz que pode ajudá-lo. Quem é essa mulher? Qual será o destino de Loki? Escrita em 2014 e sendo revisada.