46 - Have you seen my enemy? He looked just like me

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Na manhã seguinte, ainda meio dormindo, deslizei minhas mãos pela cama, tateando a procura de Aredhel. Abri os olhos e vi que estava sozinho, ela já havia levantado. Levantei, tomei um banho e segui para o salão. Lá fui informado que todos já haviam tomado seus respectivos desjejuns.

— E onde está Aredhel e Váli? — indaguei à serva.

— O príncipe está na biblioteca estudando e a rainha saiu com o seu convidado, senhor — informou-me.

— Disseram para onde iriam? — perguntei trincando os dentes.

— Não senhor. Tudo que sei é que saíram a cavalo — respondeu meio nervosa.

Bufei. Nem terminei minha refeição e me retirei irritado da mesa. Aredhel estava em algum lugar perambulando ao lado do atorzinho. Ela teria muito que se explicar quando chegasse. Inconformado, segui para meus afazeres, extremamente mal-humorado. Fandral notando minha irritação começou a tecer comentários.

— Meu rei — sorriu. — Vejo que está meio irritado e ontem parecia meio preocupado. Pensei que sua visita a outra Midgard fosse para resolver problemas e não arranjar outros — ironizou.

— Poupe-me de suas indiretas. O que você está querendo insinuar? — indaguei entredentes.

— Bom — manteve o sorriso cínico no rosto —, soube que Aredhel chegou aqui desmaiada, depois passou o dia distante de vossa majestade e, desde ontem, foi vista em companhia daquele homem estranhamente idêntico a vossa majestade. Há rumores de que vossa majestade e a rainha se desentenderam. Meu rei sabe que a criadagem fala demais — deu uma risada.

Sif e Volstagg deram risinhos.

— Sim. Todos falam demais por aqui — rebati sem muita paciência. — A criadagem e certas pessoas também. O que acontece entre mim e minha esposa, só dizem respeito a nós — rosnei.

Passei o resto da manhã extremamente irritadiço. Perto do horário do almoço, finalmente, Aredhel e Thomas apareceram. Chegaram conversando animadamente, o que aumentou meu mal humor.

— Olha quem resolveu dar o ar de sua graça... Minha esposa — não contive o sarcasmo.

— Estava mostrando o reino para Tom, Loki — ela ergueu uma sobrancelha. Eu conhecia aquele olhar. Obviamente ela não se dobraria diante de meu ciúme incontrolável.

— Os dois? Sozinhos? — Minha paciência se esvaiu. Dei um murro no braço da cadeira.

— Não comece, Loki — rosnou para mim, erguendo um dedo em minha direção. — Com licença, Tom, vou me trocar. Fique à vontade, logo o almoço será servido — falou toda melosa com o ator e, lançando um olhar condenatório a mim, retirou-se toda irritada.

— Aredhel! — chamei entredentes.

Ela me ignorou e seguiu pelo corredor. Olhei para Thomas e ele me encarava com um semblante sério. Aproximei-me dele furiosamente.

— Eu já lhe avisei! — apontei um dedo em sua face. — Fique longe de minha mulher! Detesto que se aproximem do que é meu! — alertei-o.

Thomas pareceu não se intimidar, na verdade ele me encarou e fechou a cara.

— Loki, me desculpe, mais uma vez, pela intromissão — começou secamente. — Aredhel não é um objeto. Ela é sua esposa e não sua propriedade — exasperou-se. — Vou lhe dar um conselho. Pare com esse seu ciúme doentio. Aredhel só tem olhos para você. O único rival que você tem em relação a ela é você mesmo! — levantou o tom da voz. — Temos conversado muito e ela acabou me desabafando sobre algumas coisas que aconteceram entre vocês. Confesso que fiquei chocado com suas reações. Eu chego a temer que um dia você faça algo contra ela, ou alguém, por conta de sua possessividade em relação a ela — falou com um semblante sério.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora