17 - Suddenly the world seems such a perfect place

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Na manhã seguinte acordei deitado ao lado de Aredhel. Ela já estava acordada e sentada na cama lendo um livro, despreocupadamente.

— Bom dia Loki — disse com um sorriso meigo nos lábios.

— Bom dia Aredhel — respondi meio sem jeito.

Sentei-me na cama e a fiquei encarando por um tempo.

— Você é tão linda — acariciei seu rosto.

Aredhel ficou vermelha e sorriu para mim. Dei um beijo de leve em seus lábios.

— Eu já posso sair desse quarto? — perguntou com um olhar suplicante.

— Pode — afirmei com um aceno de cabeça. — Acredito que já está recuperada — dei um meio sorriso.

— Se nos apressarmos, ainda pegamos o café da manhã — pôs-se de joelhos na cama, fechou o livro e se levantou toda animada.



Descemos e fomos para o salão. Estávamos tomando café sozinhos. Já era tarde e os demais já haviam feito a refeição mais cedo.

— Quais são as novidades em Asgard? — perguntou despreocupadamente.

Contei a Aredhel que Thor seria o novo rei de Asgard. Também relatei a ela a conversa que tivera com Thor na qual ele me contara sobre o resto de minha sentença. Expliquei a ela que fora seu depoimento que o convencera a não me condenar pela farsa e a revogar as últimas ordens de Odin sobre minha prisão.

— Ainda bem que no fim deu tudo certo — suspirou e afagou minha mão.

Repentinamente Aredhel ficou pensativa. Olhava para seu reflexo em um bule de prata com uma expressão preocupada enquanto passava a mão sobre a linha fina, que tinha restado de sua queda, em sua testa.

— Não se preocupe. Não ficará cicatriz — afirmei, ao perceber o motivo de sua preocupação.

— Tem certeza? — fez uma careta. — Já bastam as marcas de expressão que tenho — resmungou.

— Você fala como se fosse velha — fiz muxoxo. — Você parece uma garota ainda. Quantos anos você tem? — perguntei por curiosidade.

— Er... — crispou os lábios. — Eu não tenho certeza — encolheu os ombros. — Com a diferença de tempo entre os dois mundos eu fiquei meio perdida — franziu o cenho.

— Leve em consideração o tempo que você viveu — simplifiquei.

— Esse é o problema — balançou a cabeça. — Eu não tenho certeza do tempo que passou. Eu nem sei há quanto tempo estou aqui em Asgard — parecia confusa.

— Bom, você passou um ano e três meses em Asgard antes de retornar ao seu mundo — expliquei. — Lá você passou só um dia e meio, certo? Aqui havia se passado um ano e seis meses. Mas só contou para mim e não para você — lembrei-a.

— Um ano? — fez uma pausa pensativa. — Então tenho vinte e oito anos aqui e vinte e sete em meu mundo — concluiu. — É bizarro. Mas de qualquer forma estou ficando velha — disse em tom de brincadeira.

— Você acha isso muito? Eu tenho mais de mil anos — comentei rindo.

— Mas vocês vivem milhares de anos. Nós humanos vivemos em média menos de uma centena — retrucou despreocupadamente.

Fechei a cara. As palavras dela foram quase como um soco em meu estômago.

— Vamos encerrar esse assunto, certo? — falei friamente.

— Certo — olhou-me de esguelha, meio desconfiada.

Senti um nó se formar em minha garganta. Aredhel voltou a comer de forma despreocupada e eu a fiquei observando com tristeza. Eu não conseguia aceitar que teria ela ao meu lado por tão pouco tempo. "Menos de uma centena". Era pouquíssimo tempo. Tão frágil e efêmera. Viveria o tempo de um único pulsar de meu coração.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora