Partimos e em um piscar de olhos chegamos à casa de Aredhel. O silêncio imperava no local.
— Onde estamos? — perguntou-me o ator confuso.
— Estamos na antiga casa de Aredhel.
Enquanto eu juntava algumas coisas, Thomas explorava o local com certa curiosidade.
— Quantos livros! — exclamou olhando ao redor.
— É... Aredhel é ávida por livros. Possui uma sede implacável por conhecimento — comentei orgulhoso.
— Ela tem bom gosto — sorriu sacudindo alguns livros do tal de Shakespeare para mim. — Desculpe a minha curiosidade, mas quem é este rapaz? — apontou para um retrato de Aredhel e Phillip. — Tem muitas fotos dele aqui — olhou ao redor.
— É o ex-noivo dela — revirei os olhos. — Ele morreu em um acidente — sorri de leve.
— Er... — fez uma pausa, parecendo incomodado com algo. — Você teve algo com a morte dele? — indagou erguendo uma sobrancelha.
Todos pensavam e esperavam o pior de mim. Bufei. Ainda que na época eu realmente estivesse disposto a me livrar daquele idiota para ter Aredhel, eu não havia feito nada contra ele. Quando ele morreu eu nem sabia quem era Aredhel ou de onde viera, muito menos a enxergava como mulher.
— Não. Foi um acidente de carro — fui sucinto. — E deixe de ser tão curioso. Não foi para me encher de perguntas que eu o trouxe aqui. Vamos subir! — ordenei.
O ator me seguiu silenciosamente até o quarto. Quando entramos, Aredhel e as crianças ainda estavam dormindo. Aproximei-me da cama e acariciei o rosto dela. Sabia que teria problemas quando ela acordasse.
— Tem certeza de que ela está bem? — perguntou Thomas atrás de mim, empoleirado feito um corvo agourento.
— Tenho! Dei a ela uma poção, mas preciso de algumas ervas, que só existem em Asgard, para acordá-la — respondi meio irritado. — Agora me ajude. Pegue Hela — ordenei.
Hela dormia entre Aredhel e Váli. Thomas se inclinou sobre Aredhel, pegou e carregou Hela nos braços. Dei a volta na cama e abaixei-me ao lado de Váli.
— Váli... Acorde — sacudi-o de leve.
O menino acordou, se espreguiçou e olhou ao redor. Seus olhos pararam por um momento em Thomas e depois se virou para mim com um semblante confuso.
— Papai, ilusões podem carregar pessoas? — perguntou coçando os olhos.
— Não, filho. Ele não é uma ilusão — falei impaciente.
— Mas ele se parece demais com o senhor, papai! — exclamou Váli encarando Thomas.
— Olá, Váli. Meu nome é Thomas — sorriu. — Sou amigo de seus pais — estendeu a mão livre para cumprimentar Váli.
Váli o cumprimentou alegremente. Coloquei uma tigela sobre uma pequena mesa e coloquei a água da lagoa. Voltei para a cama e carreguei Aredhel nos braços. Voltei para próximo da mesa.
— Váli, segure a mão de Thomas e agarre meu braço.
Eles se aproximaram e Váli fez o que pedi. Mergulhei o rosto na tigela e fomos transportados para Asgard.
Assim que chegamos, chamei alguns servos e passei algumas instruções. Primeiramente pedi que levassem as crianças e que acomodassem Aredhel em nosso quarto. Os servos demoraram a se retirar, pois olhavam boquiabertos para Thomas. Presumi que perceberam que ele não se tratava de uma de minhas ilusões. Thomas olhava tudo ao seu redor atônito. Não pude deixar de rir de sua expressão.
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A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)
FanfictionLoki acaba de chegar a Midgard e minutos depois surge uma estranha mulher através de um novo portal. Esta mulher diz que pode ver o futuro e diz que pode ajudá-lo. Quem é essa mulher? Qual será o destino de Loki? Escrita em 2014 e sendo revisada.