No caminho para a ponte gritei por seu nome, mas não ouvi resposta. Um calafrio percorreu minha espinha. Ao chegar na ponte pulei do cavalo. Aproximei-me da beirada e tentei ver se avistava Aredhel, mas nem sinal dela. Não pensei duas vezes e mergulhei no rio. Não achei nada no primeiro mergulho e o meu desespero só aumentava. Mergulhei a segunda vez e a encontrei. Agarrei-a pelo braço e nadei para a margem. Deitei-a no chão e notei que estava desmaiada e não respirava. Meu coração quase parou. Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Tapei seu nariz e abri sua boca e comecei a impelir ar, tentando fazê-la voltar a respirar.— Vamos Aredhel, respire! — murmurei desesperado.
Repeti a ação. Cada vez que repetia e Aredhel não reagia, pensava no pior. Lágrimas desceram por meu rosto e trinquei os dentes de frustração. Perderia a mulher que amava da maneira mais estúpida.
— Por favor — falei entredentes —, Aredhel, não me deixe — implorei em meio às lágrimas.
Continuei tentando até que ela tossiu, cuspindo a água. Dei um suspiro aliviado. Ela acordou meio confusa, mas logo se encolheu colocando as mãos sobre o tornozelo esquerdo.
— O que houve?
— Está doendo muito — indicou o tornozelo e começou a chorar.
Tentei examinar, mas ela gritou quando toquei levemente a bota. Parecia estar quebrado.
— Aredhel, acho que você quebrou o tornozelo — informei com tristeza. — Vou te carregar e te colocar em meu cavalo. Certamente seu tornozelo vai doer muito, mas sua bota vai conseguir mantê-lo razoavelmente no lugar. Você precisa aguentar firme, certo? — passei um de seus braços por meu pescoço.
Aredhel assentiu com a cabeça. Eu a carreguei e ela gemeu. Coloquei-a no meu cavalo, peguei as rédeas do outro e depois montei atrás de Aredhel. Seguimos devagar para o palácio. No caminho vi no rosto dela estava sofrendo com o movimento do cavalo, mas não se queixava. Ela não se deixava abater. Eu fiquei o caminho todo me culpando, amaldiçoando a hora que tive a brilhante ideia de propor a corrida. Remorso era o que eu sentia. Fora eu quem insistira para que ela aprendesse a montar. Sempre temi que Aredhel se machucasse gravemente em seus treinos de luta ou com magias, mas ironicamente ela se machucou montando. E pior, quase morreu afogada.
Depois de deixar os cavalos no estábulo, segui com Aredhel nos braços. Ao entrarmos no palácio encontramos com Thor e Fandral, que nos olharam preocupados.
— O que houve com a pequena? — perguntou Thor caminhando ao nosso lado.
— Ela caiu do cavalo. Acho que quebrou o tornozelo — fui direto.
— Nossa! Você só vive se metendo em encrenca, né Aredhel? — comentou Fandral, que também nos acompanhava.
— E por que estão molhados? — inquiriu Thor.
— A queda do cavalo ocorreu na ponte. Quase se afogou — respondi sentindo um nó na garganta.
— Encrenca em dobro — murmurou Fandral.
Lembro-me de ter pensado que, de fato, Aredhel parecia ter uma atração quase magnética com o perigo. Deixei escapar um suspiro de frustração.
— Acho que dei um comando errado ao cavalo — ela me olhou toda sem graça. — Em vez de acelerar, ele freou bruscamente — deu de ombros. — Na queda eu primeiro bati na beirada da ponte com minha perna esquerda, depois caí no rio. Tentei nadar, mas a dor era tão grande que não conseguia. Comecei a afundar e depois não lembro de mais nada — explicou dando um meio sorriso.
Entrei na sala de cura e os dois ficaram do lado de fora. Deitei Aredhel em uma das camas e uma serva, Ada, veio atendê-la. Expliquei o ocorrido e ela chamou outra mulher para ajudá-la. Segurei a mão de Aredhel e as duas começaram a tentar tirar a bota do pé de Aredhel.
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A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)
FanfictionLoki acaba de chegar a Midgard e minutos depois surge uma estranha mulher através de um novo portal. Esta mulher diz que pode ver o futuro e diz que pode ajudá-lo. Quem é essa mulher? Qual será o destino de Loki? Escrita em 2014 e sendo revisada.