12 - Don't you see that what you need is standing in front of you?

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Passado algumas semanas, em uma manhã chuvosa, eu estava procurando por Aredhel. Precisava saber se ela tinha tido sucesso ou feito algum avanço em mais um dia de buscas na biblioteca. Havia pouco movimento no palácio neste dia, então eu não estava usando meu "disfarce" de Odin. Procurei Aredhel por todo o palácio, inclusive na biblioteca, mas não a encontrei. Pensei que se não estivesse chovendo ela deveria estar na área externa de Valhala. Passado mais da metade do dia, eu ainda não a havia visto, sendo assim, resolvi arriscar o jardim. Chegando lá encontrei Aredhel brincando na chuva. Ela estava cantarolando uma música enquanto dançava.

Fiquei paralisado.

Esta foi a primeira vez que realmente notei Aredhel fisicamente. Ela estava com um vestido verde escuro e estava descalça. A roupa molhada deixava evidentes as curvas de seu corpo. Seu cabelo escuro e solto alcançava um pouco além da metade de suas costas. Ele e seus olhos escuros contrastavam com a sua pele clara. Eu tinha que ser sincero. Aredhel era muito bonita.

Fiquei por um tempo observando-a até que ela notou minha presença. Parou de cantar, sorriu e acenou para mim.

— O que está fazendo? — perguntei me aproximando, mas evitando sair da área coberta.

— Nada de especial... — deu de ombros. — Estou aproveitando esse lindo dia. Eu gosto da chuva. Somos amigas — sorriu e rodopiou com os braços abertos.

— Está se arriscando a ficar doente — alertei. — Vocês midgardians têm a saúde muito frágil.

— Nada... — meneou a cabeça negativamente. — Eu sempre gostei de tomar banho de chuva. Nunca adoeci por isso. Eu não tenho medo.

— Você parece não ter medo de nada... — murmurei.

Fiquei pensando por um momento em minhas próprias palavras. Notei que Aredhel também nunca demonstrou me temer, mesmo sabendo de quase tudo sobre mim.

— Aredhel... — fiz uma pausa e dei um pigarro tentando limpar a garganta. — Você nunca temeu o fato de eu ser um Jotun? Depois de tudo o que lhe contei sobre eles e de saber sobre minha origem, nunca me temeu? Nunca achou que eu seria... — comecei a indagar.

— Que você seria um monstro? — completou o que eu ensaiava inquirir.

Senti-me congelar com as palavras dela, mas anui silenciosamente, movendo minha cabeça. Ela se aproximou de mim, saindo da chuva e me encarou com um olhar calmo. Pude notar que a roupa estava semitransparente e revelava mais detalhes dela. Senti meu rosto corar e desviei o olhar de seu corpo.

— Não mesmo... — ela abriu um sorriso tímido. — Depois de todo esse tempo convivendo comigo na prisão, acredita que eu realmente julgaria você por sua origem? — fez uma careta, visivelmente indignada.

— Bom... Eu... — enrolei-me.

— Loki — interrompeu-me —, para mim, o que define as pessoas não são suas origens ou suas aparências, mas sim os seus atos — arqueou as sobrancelhas.

— Mas o que fiz em Jotunheim e em Midgard não foi monstruoso? — lembrei-a.

— Foi... — mordeu os lábios e franziu o cenho, exibindo um semblante triste. — Mas há sempre a chance de poder mudar. Você não era mal... Ou nem tanto assim... — riu — Era apenas mal compreendido e acabou descontando suas magoas nas pessoas erradas... Eu sempre tive a esperança de que voltasse a ser o que era — sorriu de leve.

Vi que Aredhel tinha a mesma esperança que Thor já havia perdido, a de que eu voltasse a ser o mesmo de antes. Ela ainda confiava em mim. Isso era surpreendente.

Ela ficou pensativa por um tempo e então me olhou novamente.

— Por que você tentou destruir os Jotuns? — perguntou repentinamente. — Não foi só para impressionar Odin, não é? Afinal, você já tinha matado Laufey pelo que ele fez a você e "salvo" Odin. Você queria apagar qualquer ligação sua com suas origens ou queria se vingar deles por achar eles tão cruéis quanto Laufey? Era uma vingança por ter sido abandonado ou queria provar que nunca foi um Jotun? — franziu a testa e fitou-me nos olhos.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora