49 - It's just love, how hard can it be?

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Tentando me manter calmo comecei a narrar como foi a "visita" de William e suas trágicas consequências. Mostrei as fotos a Thomas e ele me fitou meio indignado e em seguida ficou extremamente irritado.

— Independente de ser verdade ou não, o irmão de Aredhel foi imprudente! — disse irritado, largando as fotos sobre uma mesa. — Como ele pode tocar em um assunto tão delicado estando a Aredhel grávida? Ela poderia ter perdido o filho! — bufou exasperado.

— Eu tive que expulsá-lo daqui antes que eu o matasse — confessei. — Eu estava furioso demais para me conter.

— Mas afinal você o matou ou não o noivo dela? — indagou, me encarando seriamente.

Contei a ele que havia negado que o tinha matado. Falei sobre minhas suspeitas e toda a minha linha de raciocínio que me levaram a pensar em usar a Gem do Tempo para descobrir quem tinha sido o real responsável. Relatei minha volta no tempo para o dia do acidente, sem me esquecer de mencionar que aparentemente perdera meus poderes temporariamente. Ele ouviu a narrativa de minha viagem no tempo com uma expressão impassível. Temi que não acreditasse em mim. Resolvi confessar que tinha pensando em sequestrar Aredhel anos atrás, que faria tudo para tê-la e que pela situação atual, temia que ela me deixasse. Enfim, contei tudo.

— Eu simplesmente não posso perdê-la. Aredhel e as crianças são tudo para mim — senti um nó se formar em minha garganta. — Poder, um trono, nada disso me importa se eu não tiver Aredhel e nossos filhos ao meu lado — confessei com tristeza.

Depois de toda a narrativa ele ficou pensativo por um tempo. Parecia ponderar e, passado mais algum tempo, Thomas finalmente me olhou franzindo o cenho.

— Você não tem sorte mesmo — murmurou com tristeza.

— Aredhel e eu somos brinquedos do destino — comentei dando um suspiro triste.

— Tão shakespeariano... — suspirou também. — É... "Em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos." Em outros momentos não — deu um sorriso fraco. — Você sem querer foi responsável pela morte do noivo de sua esposa. Isso é irônico demais. Trágico. Parece até um enredo das peças de Shakespeare.

— Então você acredita em mim? — perguntei perplexo.

— Sim. Sei que eu não deveria — crispou os lábios —, mas acredito — deu um sorriso torto. — Só não sei como eu posso ajudar você nisso tudo — falou coçando a nuca.

Era o momento. Eu realmente estava muito desesperado para pedir justamente a ele aquilo.

— Eu quero que você interceda por mim — pedi com franqueza. — Fale com ela e a acalme. Diga a Aredhel que quero conversar com ela para esclarecer isso tudo. Tenho medo de que ela volte a ficar alterada se eu tentar falar com ela diretamente. Ela ficou tão abalada com a situação que a até ficou febril... Também temo pelo bebê. Eu pensei em usar uma ilusão, fingir que era você ou qualquer outra pessoa para fazer isso, mas não quero enganá-la. Foram mentiras assim que me colocaram nessa situação. A confiança que Aredhel possa ainda ter por mim, está por um fio — lamentei.

— Entendo — passou a mão pelo queixo. — Quem sabe agora, que ela está mais calma, ela lhe ouça. Pelo que falam, a gravidez geralmente deixa as mulheres mais sensíveis. Então por isso ela deve ter ficado tão nervosa — levantou-se e veio em minha direção. — Eu vou falar com ela. Farei o possível para ajudar — sorriu e me deu um tapinha nos ombros. — Tudo vai se resolver.

— Obrigado — falei meio surpreso.

— De nada — disse sorridente. — Amigos são para essas coisas.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora