50 - No, it's not going to stop, till you wise up

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Aredhel definitivamente era uma boa mãe. Mais uma vez dispensara as amas de leite e amamentava ela mesma Narfi. Ela afirmava que assim criava um forte laço com os filhos. De fato Aredhel era muito ligada a eles, seu carinho e dedicação em muito me lembravam de Frigga. Como eu tinha saudades dela... Minha mãe...

Minha esposa também continuava tendo alguns desmaios e eu não conseguia entender a causa. Comecei a acreditar que Aredhel era mais frágil do que eu imaginava e que as crianças a cansavam em demasia. Isso tudo me afligia. Ela era a primeira midgardian que comera a maçã de Iduna e eu não sabia como isso agiria a longo prazo.

Narfi já tinha três meses, Hela já completara três anos e Váli estava prestes a completar sete anos. Váli cada vez mais evoluía em magia, inclusive em transmutação. Váli e Hela, já passavam boa parte do dia estudando. O resto do tempo livre eles passavam em companhia dos amiguinhos ou com Aredhel e Thomas. O ator adorava as crianças e sua estadia em Asgard se alongava. Ele fazia sucesso entre as mulheres do reino com seu jeito cortês e se adaptou facilmente com os costumes locais. Sua presença já nem me incomodava, ele mostrou-se ser um bom amigo e era muito respeitoso com Aredhel. Pude notar que ele e Sif se davam bem, mas as coisas não avançaram muito. Aredhel logo perdeu as esperanças de uni-los. Thomas comentara com ela que não tinha maiores interesses em Sif.



Nesse mesmo período William apareceu e trouxe com ele, Mary. Eles foram recebidos por Aredhel e Thomas. Quando eu soube que William havia vindo, fui prontamente vê-lo. Eu tinha contas a acertar com ele. Ao entrar no salão Mary e Aredhel estavam se cumprimentando.

— Filha, que bom que você está bem! — Mary abraçou Aredhel. — Will contou-me o que houve — lançou-me um olhar de condenação. — E o bebê? Já nasceu, né? Você não o perdeu, certo? — perguntou aflita, olhando-a de cima a baixo.

— O bebê está bem — sorriu a filha se sentando em uma poltrona e indicando outra para a mãe. — É um menino, Narfi. Greta, pode trazer as crianças, por favor? — pediu à serva.

— Claro, Majestade — a jovem fez uma mesura e se retirou.

— Você! — rosnei e apontei o dedo para William. — Temos contas a acertar! — ameacei.

William arregalou os olhos assustado. Mary encolheu-se na poltrona nervosamente. Aredhel segurou meu pulso e Thomas se dirigiu a William.

— Você e eu temos que conversar sério. Agora — disse o ator, praticamente arrastando William do salão.

— Você vai ficar aqui — sussurrou Aredhel para mim.

Sentei-me na poltrona emburrado. Mary se recompôs e voltou a conversar.

— Filha, tem certeza que está tudo bem? — olhava incisivamente para mim. — Sabe que você pode voltar para casa, a hora que quiser. Vivemos em outros tempos, onde a mulher não é obrigada a continuar — fez uma pausa e fitou-me receosa — casada se o marido... — continuou falando.

— Mãe — interrompeu Aredhel, levantando a mão. — Eu estou bem, amo meu marido e não pretendo deixá-lo — foi seca. — Na verdade não estou entendendo o teor dessa conversa. Por que a senhora veio sugerir esse tipo de coisa? — perguntou com certa rispidez.

Era notável que William havia relatado sua teoria sobre o acidente de Phillip e Peter e influenciado Mary contra mim. Não pude deixar de sorrir satisfeito com a resposta de Aredhel.

— Minha filha, como você consegue viver ao lado do assassino de seu antigo noivo e de seu amigo? — pasmou-se e levou a mão ao peito. — Phillip era um bom rapaz, lhe amava. Pensei que você o amava também. E Peter? Ele era seu amigo há anos. Você já parou para pensar que se ele — olhou para mim — não tivesse causado o acidente, hoje você e Phillip estariam casados, vivendo perto de nós e...

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora