58 - I'm not calling for a second chance... I'm screaming at the top of my voice

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Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Aredhel respirava e seu coração estava batendo novamente. Thomas parecia igualmente pasmo, pois me encarava boquiaberto. Minha esposa, embora viva, ainda estava pálida e continuava sangrando. Desesperei-me e a tomei em meus nos braços.

— Aredhel está viva, mas está sangrando! — gritei para o outro. — Rápido, Thomas! Leve Hela para a sala de cura, levarei Aredhel! — ordenei.

Ele nem pestanejou, tomou a menina nos braços e saímos apressadamente em direção à sala de cura. Ao entrarmos lá, Ada, Eir e as outras servas me olharam chocadas. Olhavam de mim para Aredhel com uma expressão assustada no rosto, como se eu estivesse louco.

— Meu rei, o que fez? — indagou Ada aturdida.

— Aredhel está viva, mas está muito ferida! — falei rapidamente.

— Hela desmaiou... — completou Thomas, todo afoito.

— Vocês precisam salvar as duas... — deveria ser um pedido, mas saiu como uma ordem.

Thomas colocou Hela na cama e prontamente Eir e mais uma serva foram examiná-la. Deitei Aredhel em outra e Ada me olhou incrédula. Ela, ao constatar que Aredhel respirava, chamou outras servas e pediram para que nós nos retirássemos. Resignados, Thomas e eu ficamos aguardando nervosos do lado de fora.

— Como? — ele murmurou, balançando a cabeça. — Como isso é possível? Ela estava morta... — parecia perplexo.

Eu não respondi. Estava com meus pensamentos divididos entre o fato extraordinário que presenciei, a preocupação com o estado de minha filha e felicidade de ter Aredhel de volta. Eu mal conseguia raciocinar.

Passado algum tempo Eir nos deixou entrar. Hela já estava acordada e sentada na cama. Minha pequena filha estava assustada e olhava para a mãe parecendo confusa. Eu a abracei apertado, enquanto as servas terminavam de enfaixar os ferimentos de Aredhel. Tinham coberto os braços, pernas, joelhos, pés, mãos e costas de Aredhel. As marcas no pescoço dela estavam roxas. Ao ver a minha esposa naquele estado senti um nó na garganta.

— A princesa está bem, meu rei — começou Ada. — Foi apenas um desmaio. Pode ter sido a emoção. E quanto a rainha, vossa majestade está viva milagrosamente e fora de perigo — meneava a cabeça. — É como se ela nunca tivesse sido atingida no abdome. Possui apenas os ferimentos causados pelo vidro e alguns hematomas — explicou. — Ela está dormindo, ainda não acordou e sinceramente não sei quando acordará — encarou-me pasmada. — Eu francamente nunca tinha visto tal coisa... — ergueu os ombros.

Eu me aproximei de Aredhel, ela estava recuperando a cor e respirava de forma compassada. Inclinei-me, a beijei nos lábios e eles estavam quentes novamente. Não contive um suspiro de alívio. Hela e Váli correram e agarraram a mão da mãe. Thomas ficou olhando para Aredhel por um tempo, perdido em pensamentos. Parecia tão chocado quanto qualquer um de nós. Ele passou uma das mãos de leve pelo rosto dela, murmurando palavras inteligíveis e se sentou em uma cadeira do outro lado da cama.

Sentei-me em outra cadeira próxima e fiquei acariciando os cabelos de Aredhel. Ficamos por um longo tempo em silêncio. Cada um com seus pensamentos e sentimentos, todos aturdidos com o fato. Eu mal podia me conter de tanta emoção. Lágrimas de felicidade desciam por meu rosto. Era inacreditável mesmo... Ainda não conseguia abstrair como aquilo era possível.

De repente Thor entrou na sala todo afobado.

— Por Odin! Então é verdade? A pequena está viva! — ele exclamou.

— Está, Thor... — limpei as lágrimas de forma desajeitada. — Aredhel está viva... — murmurei em meio a um sorriso.

— Mas como isso é possível? — indagou claramente assustado.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora