14 - Come what may

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Já passava da metade da manhã quando fui procurar Aredhel. Ainda estava meio sem jeito pelo que havia feito, mas me esforcei para parecer natural. Resolvi fingir que nada havia acontecido. Seria melhor assim. Logo ela iria embora e esqueceria toda aquela besteira sentimentalista. O beijo fora um erro.

Bati a porta do seu quarto. Aredhel abriu e ao entrar eu fui falando rapidamente.

— Eu acho que entendi como você veio parar aqui — falei de supetão, ao passar pela porta. — Quando você chegou naquele dia, você surgiu de uma bola de energia — finalmente olhei para ela.

Aredhel me olhou meio chocada e parecia ponderar sobre o que eu havia dito. Baixou a cabeça, deu alguns passos pelo quarto e voltou a me encarar.

— Acha que pode ter sido o Tesseract? — franziu a testa. — Acredita que foi ele que me trouxe? — pareceu confusa.

— Não sei — fui franco. — Ainda não estou certo, mas o que tenho certeza é que foi aberto um portal para que você viesse para cá. Não sei como e nem quem o fez. Quem sabe uma energia residual, um efeito colateral de meu portal, gerado pelo próprio Tesseract. Mas a energia tinha um brilho diferente... — quase sussurrei. — Talvez o Tesseract pudesse também lhe mandar de volta para seu mundo — ponderei.

— Certo. Mas tanto faz... — ela ergueu os braços. — De qualquer forma, não podemos utilizá-lo para me mandar de volta. Ele está muito bem protegido. Ainda que você usasse a imagem de Odin, poderia levantar suspeitas. E mesmo que o tivéssemos, não saberíamos como fazê-lo abrir um portal específico para minha Terra, ou você sabe? — indagou.

— Não. Eu ainda não sei controlar o Tesseract. Foram os Chitauri que me enviaram para Midgard. E eu não estava presente quanto Odin e Heimdall reconstruíram a Bifrost. De qualquer forma, saber deste processo não garantiria abrir um portal para outra realidade — expliquei. — Mas eu ontem passei o dia todo procurando na biblioteca e finalmente achei, em um livro, uma citação sobre uma passagem que pode levar você para seu mundo — revelei.

— Então você encontrou uma forma... — ela ficou pasma.

Aredhel me deu as costas, ficou calada por um tempo e eu a fiquei observando. Parte de mim desejava que ela dissesse que não iria mais partir. Que ela dissesse que me amava. Outra parte desejava que ela partisse rapidamente.

— Eu não imaginei que acharia tão rápido... — murmurou repentinamente e se virou em minha direção. — Obrigada pela ajuda. Você sempre cumpre suas promessas — sorriu timidamente. — Como e quando posso partir?

Senti algo se partindo dentro de mim.

— Hoje mesmo, se assim quiser — respondi calmamente. — Vou lhe explicar como.

— Certo — afirmou voltando a ficar séria.

— Acho melhor você partir a noite e evitar se despedir dos amigos de Thor — alertei. — Acredito que isso possa levantar muitas perguntas sobre como você descobriu como retornar.

— Ok. Eu também detesto despedidas. O que sugere que eu faça? — inquiriu.

— Acho melhor você deixar uma carta endereçada a Odin. Nela você se despede e fala o que achar melhor.

— Certo. E onde encontro essa passagem?

— Em uma caverna próxima daqui. Na verdade sua passagem é a água de uma lagoa. Essa água tem o poder de transportar a pessoa para onde ela desejar ir. Está tudo aqui nesse livro — expliquei lhe entregando o livro.

Aredhel escreveu uma carta cheia de agradecimentos, na qual explicava que encontrara sozinha a forma de retornar para casa. Na carta contava que eu havia ensinado ela a ler nosso idioma enquanto esteve na prisão. Chegou a falar da água da lagoa conforme eu havia explicado. Após ajudá-la a escrever a carta eu a deixei a sós, combinando de nos encontrarmos à noite próximo à saída das aeronaves.



A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora