41 - The heart is a bloom shoots up through the stony ground

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Após terminarem de examinar Aredhel, levaram-na para nosso quarto. Váli correu para ver a mãe e foi logo agarrando à mão dela.

— Por que a mamãe não acorda, papai? — perguntou-me com o semblante triste.

— Eu não sei, filho — respondi com sinceridade.

— Será que ela vai demorar muito pra acordar? — indagou com inocência.

— Espero que não — murmurei passando a mão pelos cabelos de Váli – Ela vai ficar bem. Não se preocupe — tentei confortá-lo.

Tentava também convencer a mim mesmo do que dissera. Mas na verdade eu temia que seu estado piorasse. Uma angustia crescia dentro de mim e eu começava a temer pelo pior.

Eu saí do lado de Aredhel por alguns momentos e, quando voltei, encontrei Váli deitado ao lado dela, todo encolhido. Deixei escapar um suspiro triste. Éramos dois homens dependentes do amor daquela mulher.



Nos dias em que se seguiram, o estado de Aredhel permaneceu inalterado. Lembrei-me daqueles dias em que ela ficou dormindo depois de nosso julgamento e eu apenas velava seu sono. Naquela ocasião ela estava esgotada e ainda tinha batido a cabeça. Dessa vez não sabíamos os motivos que a deixaram nesse estado. Váli andava todo tristonho, nem seus amiguinhos conseguiam animá-lo. Ele passou a visitar várias vezes no dia o nosso quarto e quando ficava sozinho, acabava se aninhando ao lado da mãe. Eu mal saía do lado de Aredhel, não comia e não dormia direito. A preocupação me consumia dia após dia. Era por Váli que eu tentava manter o resto de sanidade que me restava.

Passada uma semana as servas me procuraram para avisar que dali a três dias fariam o parto de Aredhel, mesmo ela estando naquele estado. Segundo elas, estava passando da hora do bebê nascer. Eu pensei que enlouqueceria de tanta angústia. Temia pela saúdo do meu filho que ainda não tinha nascido, mas também por minha esposa.



No dia seguinte eu estava cochilando na cama, ao lado de Aredhel, quando fui acordado por um grito. Acordei sobressaltado e atônito, vi minha esposa acordada com a mão sobre a barriga e uma expressão de dor no rosto.

— Aredhel? Você acordou, meu amor! — eu a abracei emocionado.

— Loki, vai nascer — gemeu ofegante, me afastando com o braço. — O bebê vai nascer — repetiu com urgência.

Ainda surpreso com a recuperação dela, carreguei Aredhel e segui direto para a sala de cura. As servas olharam espantadas para ela, quando entrei. Percebi que não era o único chocado com aquela recuperação repentina. Rapidamente acomodaram Aredhel em um dos leitos e a prepararam para o parto.

As contrações se aceleraram e ela gritava a cada uma que chegava. Beijei a fronte de Aredhel e afaguei a sua mão. Eu lutava para me acalmar também.

— Vai ficar tudo bem, meu amor — sussurrei ao seu ouvido.

Eu disse isso a ela para tranquilizá-la, mas na verdade tentava convencer a mim mesmo disso. Depois de uma semana em sono profundo, eu temia que algo mais pudesse acontecer a ela. Eu estava tentando manter a calma.

Aredhel agarrou a minha mão e tentou esboçar um sorriso. A serva pediu para que eu me retirasse. Fiquei meio apreensivo, mas Aredhel me disse que estava tudo bem.

— Eu te amo — murmurei depositando um beijo na cabeça dela.

— Eu... Também... Te amo... — ela respondeu com dificuldade e com uma expressão de dor no rosto.

— Se eu pudesse passar por isso em seu lugar... Eu passaria... Eu juro... — fui sincero.

— Eu sei... — sorriu-me.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora