36 - Your love is teaching me how, how to kneel

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Thor partiu e voltei para perto de Aredhel.

— O que você entregou para Thor? — ela perguntou curiosa.

— Uma maçã de Iduna — respondi meio sem jeito.

— Você tinha outra? — encarou-me surpresa.

— Sim — anuí. — Peguei duas. Eu estava guardando para outra oportunidade.

Na verdade sempre imaginei que usaria a maçã como uma forma de barganhar com Thor. Todavia, jamais imaginei que a entregaria tão facilmente.

— Mas Thor salvou sua vida... — crispei os lábios. — Então tinha que fazer isso. Vou ser eternamente grato a ele pelo que fez.

— Será que eu teria morrido na queda? — ela murmurou meio pensativa. — De qualquer forma, fico tão feliz de saber que fez isso por seu irmão — sorriu e em seguida me abraçou.

Dei um suspiro e sorri. Aredhel não tinha noção do perigo que correu. Pelo jeito, ela não tinha ideia da sua fragilidade. Supervalorizava as vantagens da maçã de Iduna.

— Você apenas ficou um pouco mais resistente e forte — encarei-a preocupado. — Viverá o mesmo que eu, mas ainda é mortal. Lembre-se de que sua origem é midgardian. Mesmo com a maçã, você é naturalmente mais frágil. A maçã é da longevidade, ela não dá superpoderes. Com muita sorte sairia mortalmente ferida de uma queda daquela altura. Ele salvou sua vida — afirmei.

— Oh... — entreabriu os lábios. — Sinto-me tão forte, aprendi muita coisa e treinei tanto, que as vezes esqueço que ainda sou humana.

— Eu nunca me esqueço... — comentei baixinho.



Partimos para a casa dos pais de Aredhel. Tínhamos que buscar Váli antes de retornarmos para nossa realidade. Mas a recepção estava longe de ser agradável naquela casa. Não fomos recebidos com o mesmo entusiasmo com o qual fomos agraciados no evento.

— Ah! Como você ousa trazer esse louco para nossa casa, Aredhel? Will nos contou o que o seu marido fez com ele! Imagine só! Obrigou nosso filho a ajudá-lo a sequestrar dois homens! E pior, para matá-los! — berrava Wilson. — Deus, o que fiz para merecer tamanho castigo?

Lancei um olhar furioso para o fofoqueiro do William. O covarde apenas se encolheu. Que necessidade tinha de contar tudo para aquele velho maldito?

— Papai, eu... — tentou falar Aredhel.

— Já pensou que seu irmão pode ser preso? — o velho a ignorou e prosseguiu. — Ser acusado de ser cúmplice de sequestro? Você nunca faz nada direito, mas sempre consegue se superar! Fez a maior besteira de sua vida quando se casou com esse lunático! Esse psicopata! Será que meu neto vai ser igual a ele? Fico imaginando como esse menino será se puxar esse sangue ruim e...

— Chega! — Aredhel gritou. — Basta! Já estou de saco cheio de suas reclamações! — desabafou.

— Ora! Mas que abusada! — indignou-se Wilson. — Não tem respeito mesmo! Sua filha Mary é uma ingrata!

— Filha! Respeite seu pai! — advertiu Mary.

— Se ele quer respeito, que se dê o respeito então! — retrucou Aredhel. — Ele pode falar de mim o quanto quiser, mas não do meu marido e muito menos de meu filho! — vociferou enfurecida. — Will, eu te aguardo em Asgard. Não esqueça o que lhe pedi!

Aredhel pegou Váli no colo e saiu batendo a porta furiosamente. Fiquei surpreso com a reação dela. Ela sempre se mostrou ser passiva aos comentários do pai, então jamais imaginei que reagiria de forma tão explosiva. Foi a primeira vez que a vi enfrentá-lo.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora