3 - E o que me importa é não estar vencido

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Passado algum tempo, o local todo foi abalado por uma explosão. Presumi que meu plano de ação continuava em andamento. Barton e a sua equipe finalmente vieram me resgatar. Minutos depois eu ouvi o rugir da criatura. Deixei escapar um sorriso de vitória. Tudo estava saindo conforme o planejado.
Um dos soldados que Barton havia recrutado veio abrir a minha cela. Neste mesmo momento Thor chegou. Ele veio correndo em direção a mim. Bom, não exatamente eu. Ele correu em direção à porta da cela e passou através de uma cópia minha e caiu dentro da cela. Eu, que já havia me teletransportado para fora da prisão, o tranquei lá dentro.
- Você nunca vai parar de cair nessa? - perguntei com ironia.
Thor tentou quebrar o vidro da cela com o martelo, mas surpreendentemente o vidro apenas rachou. A jaula ameaçava desabar. Eu comecei a rir.
- Os humanos acham que somos imortais. Deveríamos testar isso? - perguntei a Thor me aproximando do painel de controle da cela.
De repente o soldado que havia me libertado caiu feito uma árvore no chão. Olhei e vi o agente Coulson apontando uma arma estranha para mim. Ele mandou eu me afastar do painel e explicou que a arma era um protótipo criado depois que enviei o Destroyer para Midgard. Como se aquilo fosse me impressionar.
Mal ele sabia que era outra vítima de mais uma ilusão minha. O tolo não sabia de minhas habilidades de teletransporte. Eu o apunhalei com o cetro pelas costas. Thor gritou. Joguei o tal agente contra a parede, um inseto a menos. Segui para o painel de controle e abri a escotilha. Dei uma última olhada em Thor, que me fitava com receio. Aquilo era uma visão muito empolgante. Apertei o botão e a cela caiu da aeronave. Um a menos para me atrapalhar naquele momento. Olhei para baixo vendo a jaula de vidro cair, fechei a escotilha e segui para partir.
- Você vai perder... - falou Coulson agonizando.
- Irei? - perguntei me voltando para ele.
- Está na sua natureza - respondeu.
- Seus heróis são dispersos. Sua fortaleza flutuante está caindo do céu... Onde está a minha desvantagem? - perguntei com ironia.
- Você não tem convicção... - respondeu.
- Eu não acho que eu... - comecei, mas fui interrompido.
Coulson disparou a tal arma contra mim me arremessando através da parede. Levantei-me furioso, mas eu não tinha mais tempo a perder com bobagens e aqueles idiotas. Logo a fortaleza deles cairia. Recuperei meu cetro e segui para embarcar na aeronave que me aguardava e parti com o que sobrara da equipe de Barton. Quanto a ele, deixei-o para trás, não precisava mais dele.

Ao retornamos para a base apressei Selvig para a nossa partida. Fui até um dos corredores e encontrei Aredhel sentada no chão. Estava meio torta, com o braço pendurado e todo esticado. As algemas eram a que mantinham o rosto dela distante do chão. Ela estava dormindo.
Sorri. Eu não podia esconder a minha satisfação de que meu plano havia sido bem-sucedido até aquele momento.
- Aredhel... - murmurei empurrando sua cabeça.
Ela continuou dormindo. Chamei-a pelo nome uma segunda vez e então ela acordou.
- E ai? Como foi? - perguntou meio sonolenta.
- Exatamente como você havia dito e conforme o planejado - respondi sorrindo.
- Será que poderia me soltar ou trocar as algemas de pulso? - fez um careta e ergueu a mão algemada. - Afinal agora nada e nem ninguém conseguirá impedir a abertura do portal - deu um longo suspiro.
Ela não havia mentido. Tinha sido muito útil até aquele momento e não teria como fugir de mim. Não seria problema deixá-la sem as algemas. Retirei as algemas e não pude deixar de notar que haviam feito certo estrago em seu pulso, ele sangrava. Lembrei-me do quanto ela havia me desafiado. Esperava que aquele ferimento servisse de lição a ela por me desafiar. Ela olhou o ferimento por um tempo, puxou a manga do vestido, o cobriu e não falou nada. Isso me surpreendeu, pensei que fosse choramingar.
- Vamos! Tenho um reino para conquistar - peguei-a pelo braço.
Aredhel revirou os olhos e me acompanhou sem reclamações. Seguimos de volta a aeronave. Selvig já havia preparado tudo para nossa partida. O nosso destino era a Torre Stark, como era chamada. O único local capaz de fornecer energia para o equipamento construído por Selvig abrir o portal e que serviria de palco para minha ascensão.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora