Quando a espada atingiu o berço a ilusão se desfez. Váli não estava no berço. Aredhel havia criado uma ilusão. Voltei a respirar. Aproveitei a distração de todos e me livrei de um dos jotuns e em seguida de outro. Aredhel havia conseguido se soltar de Other, mas o vi avançar sobre ela.
— Não! Fiquei longe dela! — gritei.
Eu estava lutando com o último jotun quando vi Other cravar o punhal no abdome de Aredhel. Gritei em desespero. Ele puxou o punhal de volta e ela caiu de joelhos no chão. Em seguida ele deu uma bofetada nela, lançando-a ao chão. Eu senti o tempo parar. Uma dor imensurável tomou conta do meu ser. Ela não...
— Não! — berrei.
Podia ouvir a gargalhada estridente de Other. Ele e o soldado chitauri correram para a sacada e pularam dela. Livrei-me do jotun e minha pele começou a voltar ao normal. Aredhel se encolheu no chão e eu corri em sua direção.
— Aredhel! — joguei-me de joelhos ao lado dela.
Aredhel estava com uma marca que começava a arroxear no lado esquerdo do rosto e um pequeno corte no pescoço. Seus lábios estavam sangrando e ela estava toda encolhida com as mãos sobre a barriga. Havia muito sangue em suas mãos. Senti tanto ódio de Other. Matar ele seria pouco. Eu queria torturá-lo de todas as maneiras possíveis. Desejava profundamente fazê-lo implorar para que eu o matasse.
— Eu... Eu vou ficar bem... — murmurou visivelmente sentindo dor. — Acho que não pegou nenhum órgão vital... — gemeu voltando a se encolher.
Puxei a mão de Aredhel e pude ver que o corte fora do lado esquerdo. Estava sangrando muito. Puxei um lençol do berço de Váli e enrolei em volta de sua cintura. Fiz um nó e apertei. Ela gemeu de dor. Eu tremia de raiva.
— Onde está Váli? — perguntei preocupado.
— Ele está seguro — fez uma pausa tentando respirar. — A babá o levou para o local combinado. Quando cheguei ao quarto vi da sacada Greta saindo pelos jardins com ele nos braços — revelou com dificuldade.
Aredhel e eu sempre tivemos medo de uma retaliação dos jotuns. Temendo o pior, fiz um plano de fuga para o bebê, caso Asgard fosse invadida novamente. O combinado era que o primeiro que alcançasse o quarto do bebê o levaria para o esconderijo que eu havia determinado.
Olhei para Aredhel com tristeza. Ela estava muito machucada. Mais uma vez eu havia falhado em protegê-la. Eu estava a todo custo tentando conter minha fúria.
— Você fique aqui — ordenei. — Eu vou atrás deles. Eles não pegarão nem o Tesseract e nem a Casket — afirmei seriamente.
Mais uma vez olhei para Aredhel. Não queria deixá-la ali sozinha, mas eu tinha que ir atrás de Other. Não poderia deixá-lo escapar. Eu não teria misericórdia. Nada me faria esquecer o que ele tinha feito. Eu o faria pagar amargamente pelo que fez a Aredhel.
Deixei Aredhel no quarto de Váli e segui direto para a sala das relíquias. Chegando lá a batalha continuava. Parecia uma zona de guerra. Havia vários corpos ou parte deles espalhados pelo chão e partes das paredes já não existiam mais. Parecia que Thor e os demais andaram bem ocupados em nossa ausência. Saí golpeando todos que cruzavam meu caminho. Eu só tinha um objetivo: alcançar Other. Ele estava lutando com alguns guardas de Asgard, enquanto tentava alcançar o Tesseract. O Destroyer não deixava ninguém se aproximar nem da Casket e nem do Tesseract. Livrei-me dos últimos chitauris que estavam próximo a mim e fui em direção a Other. Eu teria minha vingança.
— Você deveria me agradecer — falou Other me encarando. — Ela nem deveria estar aqui. Pelo menos desfrutou de algum tempo. Ele tinha outros planos para ela.
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A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)
FanfictionLoki acaba de chegar a Midgard e minutos depois surge uma estranha mulher através de um novo portal. Esta mulher diz que pode ver o futuro e diz que pode ajudá-lo. Quem é essa mulher? Qual será o destino de Loki? Escrita em 2014 e sendo revisada.