38 - Home... Hard to know what it is if you never had one

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Olhei para Aredhel confuso. Ela me fitou com uma expressão que era um misto de medo e tristeza. Puxei uma cadeira e sentei ao seu lado.

— Aredhel qual o problema? — peguei sua mão entre as minhas. — Se for verdade, eu ficarei tão feliz — fui sincero.

— Loki — apertou minha mão —, acredita que conseguiremos dar um lar feliz aos nossos filhos? Acha que serei uma boa mãe? Eu.. Eu tenho tanto medo de falhar com eles... — encheu-me de perguntas, visivelmente angustiada.

— Aredhel você já é uma boa mãe. Nós já temos um filho e... — comecei a falar, mas parei. Só então entendi o medo de Aredhel. — Aredhel você está com medo de acontecer com nossos filhos o mesmo que aconteceu conosco? — fui direto.

Ela apenas baixou a cabeça e assentiu. Eu a abracei e passei uma das mãos sobre seus cabelos. "Lar" era onde a nossa dor residia. Aredhel e eu crescemos em famílias que dedicavam uma maior atenção a apenas um dos filhos. Sempre tivemos a sensação de que não pertencíamos à família, que não nos encaixávamos naquele lar e que éramos menos amados. Ela tinha medo que um de nossos filhos viesse a se sentir da mesma forma. Temia que um deles se sentisse preterido em relação ao outro.

— Aredhel — suspirei —, justamente por termos passado por esse tipo de situação, duvido que deixemos isso acontecer. Tenho certeza que nem você e nem eu amaremos um de nossos filhos mais do que o outro — afirmei com sinceridade. — Dessa forma, duvido que um de nossos filhos venha se sentir menos amado que o outro. Assim como você, jamais desejaria isso a um de nossos filhos e isso nos torna menos propensos a cometer tal erro. Nós sabemos como isso é doloroso e como aconteceu. Se por algum motivo um deles se sentir assim, perceberemos com facilidade e poderemos contornar a situação.

— Acha mesmo? — franzindo o cenho com os olhos marejados.

— Eu tenho certeza — beijei sua fronte. — Mas antes de qualquer coisa, acho que deveríamos ir descobrir se você realmente está grávida — sorri.



Fomos procurar uma das servas da sala de cura. Após um exame, a serva rapidamente confirmou a gravidez de Aredhel.

— Você me faz tão feliz, Aredhel. Um segundo filho! — beijei-a nos lábios.

— Também estou feliz — sorriu. — Temos que contar a Váli! — falou alegremente.

Naquele momento eu tinha uma certeza sobre os sonhos de Aredhel: ela podia realmente prever as coisas. Isso não poderia ser mais perfeito. Gloriosamente, eu tinha, de fato, uma vidente ao meu lado. Isso seria tão útil. Junto com as Gems e Aredhel eu praticamente teria poder ilimitado. A única coisa que temia era que Aredhel pudesse descobrir minhas reais ambições. Duvido que ela aprovasse que eu detivesse tantos poderes em minhas mãos.

Fomos até Váli e contamos a novidade a ele. Váli ficou muito feliz com a notícia. Disse que finalmente teria alguém com quem brincar. Aredhel ficou triste ao ouvir que nosso filho se sentia tão solitário. Sif, Fandral e Volstagg nos cumprimentaram pela novidade. Sif fez questão de lembrar a Aredhel de que teria de parar de treinar novamente.

— Sem sustos, ouviu majestade? — riu Fandral.

— Vou tentar — riu Aredhel de volta.


Dois meses depois eu estava ocupado criando uma nova forma de acesso ao salão das relíquias. A gravidez de Aredhel transcorria de forma tranquila e ela não tinha desmaios ou enjoos. Entretanto ela passou a ter um comportamento muito estranho. Havia dias em que acordava cheia de energia e outros em que ela passava muito tempo dormindo. Nestes dias, Aredhel levantava muito tarde e cochilava várias vezes durante o dia. Para completar, seu sono estava cada vez mais pesado.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora