azul violeta

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Notas iniciais: Mals pela demora, agora sou um escravo assalariado que trabalha 8h por dia e faz faculdade a noite 😭😭😭 tenho tempo nem de cagar 😭😭😭😭😭
Vou tentar encurtar a fic pra terminar sabosta, senão não vai ter final kkkkkk daqui a pouco posto o próximo.
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Acordara com o toque irritantemente incessante de seu despertador, espreguiçando-se cansadamente antes de levantar seu tronco, mantendo-se deitado por alguns instantes, somente encarando o teto de seu quarto enquanto a música que emanava de seu celular se tornava cada vez mais distante conforme era invadido com as memórias da noite anterior. Diana entrara curiosa no cômodo, aproximando-se de seu corpo estirado no colchão em busca de atenção, forçando-o a acariciar sua cabeça ao senti-la deitar ao seu lado. Suspirando muito mais sério e exausto do que gostaria, Ryuk se levantou, finalmente desativando o despertador, não saindo de seu quarto antes de cobrir Diana com o cobertor que até então lhe aquecia. Os pacotes vazios de lanches cancerígenos e latinhas de cerveja se acumulavam nos corredores, bem como as migalhas e farelos de comida se encontravam esparramados do chão manchado e imundo, além da desordem que predominava sobre os poucos móveis. O que podia fazer? Trabalhava a noite toda e quando chegava em casa já era madrugada, tudo o que queria fazer era comer alguma porcaria calórica e cair no sono. Era justamente por isto que não queria que Martim, seu irmão que em breve sairia da cadeia, fosse morar consigo. Tinha problemas demais, tarefas demais, mal dava conta das responsabilidades que a autossuficiência implicava, quem dirá tendo de sustentar mais alguém além de sua cachorra. Ademais, bem sabia que Martim não tinha correção. Cedo ou tarde ele voltaria para o tráfico, uma vez que provavelmente não teria se desligado de sua facção e indubitavelmente não queria aquela merda dentro da sua casa. Passara por muita dificuldade e sacrificara muitas coisas para se desvincular daquele tipo de atividade e não voltaria atrás naquele momento, justo quando tudo se encaminhava e entrava no eixo. Estava a pouco de conseguir sua moto, esta que seria uma conquista exclusivamente sua, com dinheiro limpo e suado. Não iria abdicar de tudo por pó e maconha, por mais tentadoras que estas pudessem ser.

Após um banho breve, retornara ao cômodo para se vestir, não podendo ignorar a falta de roupas limpas em seu armário. Porra, além de limpar a casa ainda tinha de lavar roupa. Caralho, sua vida era um lixão... Colocando a blusa mais decentemente limpa e as mesmas calças do dia anterior, Ryuk apanhou seus inseparáveis fones de ouvido do canto em que havia os jogado na noite anterior, quase saindo do quarto ao esquecer que Diana repousava quietinha em sua cama improvisada. Conquanto estivesse atrasado, dado o tempo em que enrolara para se levantar, aproximou-se da cachorra cada dia mais velhinha e cansada para se despedir, lutando para ignorar o fato de que, provavelmente, seu tempo estava acabando. Ela tinha de viver mais um pouco, pelo menos até terminar de ajeitar sua vida, daqui três ou quatro anos. Não suportaria perde-la naquele momento, sem ela acabaria se matando de um jeito ou de outro... Saíra de casa, atravessando o quarteirão velozmente, tendo de correr na última rua para pegar o ônibus que já partia de seu ponto. Felizmente, o motorista o conhecia a tempo suficiente para espera-lo.

O caminho até a escola era longo e entediante, morava no outro lado da cidade, na parte pobre e periférica, onde se amontoavam os imigrantes, enquanto a instituição se localizava no centro, próximo aos bairros de classe média e nobres. Desta forma, era mais fácil parar no ponto do lado do bairro onde se encontrava a casa de Light, para que pudessem ir juntos ao colégio. Durante o percurso, tentara desconsiderar as incessantes e inoportunas mensagens de seus irmãos, que a cada segundo indagavam a respeito de Martim, que logo mais seria liberto e necessitaria de moradia temporária. Aliás, deve-se salientar que aquele parecia ser o dia em que todos os parentes possíveis iriam o importunar, pois até sua mãe vigarista resolvera lhe mandar mensagens. Aquela mocreia lhe abandonara e sempre fora negligente, ela não dava a mínima para si e só lhe procurava quando era conveniente. Certamente estava com dividas e/ou queria dinheiro “emprestado” (que jamais seria devolvido) para se drogar, supôs ao ler seus textos pela barra de notificação, não ficando surpreso ao acertar. Exausto tanto física quanto emocionalmente, Ryuk bloqueara sua tela, pedindo para sabe-se lá que entidade para que Yagami não viesse com aquelas viadagens e planos esquizofrênicos relacionados aquele sapo. Naquele dia não teria saco para ouvi-lo sem lhe arrancar os dentes.

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