Macacos caubóis pistoleiros

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Olá, miguitos de mi coración, acabei de descobrir que alguém lê e gosta desta história, ao menos nesta plataforma kkkkkkk então, para vc, que comentou e favoritou esta flopada fanfic, dou-lhe meu mais profundo amor. É nois irmão 😬♥️

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"Vamos hoje, depois da escola". Lia pela, que deveria ser, vigésima vez a mensagem em seu telefone celular. Estava deitado em sua cama, abraçando seus joelhos com o braço esquerdo enquanto utilizava o direito para segurar o aparelho, encarando o objeto com extrema atenção. Havia passado seu número para Light, para que pudessem conversar sobre os trabalhos escolares sem que tivesse de incomodar, tanto Ryuk para indagar a ele onde o japonês estava, como o próprio Yagami. No sábado, falaram do trabalho de história americana que teria de ser entregue ainda naquela semana. Como era uma espécie de maquete, alguns itens necessários para sua confecção deveriam ser comprados e discutiram sobre qual seria a data mais adequada para ambos. No final, não entraram em acordo e L esqueceu-se da conversa, acabando por, acidentalmente, ignorar o maior durante o fim de semana inteiro. Beyond sairá no sábado e, no domingo, não poderiam comprar nada já que a maioria das lojas estariam fechadas. Provavelmente, Light estava irritado consigo e, indiferente à sua vontade, afirmou que iriam após as aulas. Todavia, por mais inusitado que pudesse parecer, não estava aborrecido com tal gesto. A verdade era que não estava facilitando... Não queria ter de ir comprar os materiais pois B teria de levá-lo ou iria de ônibus, ou pior, a pé pois não saberia voltar da papelaria. Isto se fossem em apenas uma loja... Caso contrário poderia se perder...

Dirigiu sua atenção até então absoluta e constante na mensagem para os pequenos números na parte superior da tela que indicavam o horário. Teria de levantar e ir para o colégio... Sentou-se em sua macia cama para novamente vestir suas odiosas meias e calçar seus incômodos tênis, enfiando seus cadarços para dentro dos mesmos. Pegou sua amarrotada mochila e, por um milagre, lembrou-se de seu celular, voltando-se para os lençóis onde o aparelho estava disposto e o apanhando. Abrira a porta enquanto guardava o telefone no bolso, assustando-se ao se deparar com a figura amedrontadora que lhe esperava do outro lado, fora do cômodo. As orbes rubras lhe encaravam muito mais seriamente do que de costume, todavia, não lhe intimidaram. Sabia porque ele estava lá... Esperaria em silêncio, aguardando os gritos descontrolados ou as súplicas quase carinhosas. Beyond conseguia ser previsivelmente imprevisível.

- Eu vou perguntar uma vez. - Afirmou em uma falsa calma, adentrando seu quarto e fechando a porta, o obrigando a vacilar para trás para permanecerem minimamente afastados. - Quem? - Referiu-se obviamente a quem havia lhe agredido.

Sei o que está pensando... Por que raios L não queria que B soubesse? Ele indubitavelmente resolveria a situação muito mais rápido e eficientemente do que Light. E a resposta é tão nítida e clichê quanto... Pelo mesmo motivo que Near. Lawliet era, de fato, orgulhoso, contudo eram irmãos e já havia se acostumado, mesmo que se odiasse por isso, a ser protegido. Dizia a si próprio, como espécie de consolo para não se sentir tão patético, que irmãos mais velhos cuidavam de irmãos mais novos. A verdade, era que tinha medo. Medo do que Beyond poderia fazer, medo do que poderia acontecer a ele como consequência e medo por sua família, pois certamente não sobreviveriam sem ele.

Tinha ciência de que se mentisse ele perceberia, e que se dissesse somente que não iria lhe contar, ele surtaria. Não sabia manipular as pessoas, ao menos, não com fragilidade, mas que escolha obtinha? Não tinha tempo, paciência ou disposição para suportar um chilique e ainda assim ir para escola... Não precisava desabar em lágrimas, apenas demonstrar, sutilmente, dor e melancolia o suficiente. Somente o mínimo para que o afeto que sentia por ele em conjunto com o instinto de superproteção fossem mais fortes que o ódio e a zanga que, no presente momento, lhe dominavam. - Sabe que não vou te contar. - Tentou soar da maneira mais educada e gentil que conseguia dadas as circunstâncias. - Sabe que não posso. - Simulou tristeza. Ao menos, não depois da última vez... Completou em pensamento.

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