Mariposa 2

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Notas iniciais: A parte final 😭😭😭 desculpem se esperavam outra coisa, o pov do L vai mostrar um pouco da perspectiva dele. Infelizmente, como já tinha dito no último capítulo, tive de suavizar um pouco a narrativa e enfiar juízo na cabeça deles à força.
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Quando se dera por si, notara que estava segurando seu celular com a mão direita, estando tão distraído (e talvez um pouco bêbado) provavelmente, que movera a esquerda para debaixo da mesa, acabando por agarrar a perna errada, a perna a sua esquerda e não a sua direita, a perna do LAWLIET. De todas as pessoas do mundo, tinha de ser ELE. Como se não bastasse, L havia apertado o botão azul e todos aguardavam sua resposta, esta que ele simplesmente não era capaz de processar.

— Quer que eu repita a pergunta? – Indagou Tatsuo gentilmente, aguardando uma réplica que nunca chegaria.

Somente naquele momento, Light percebeu o quão transtornado ele parecia estar, completamente imóvel, incomodado demais com o contato não solicitado para responder ao apresentador provisório ou mesmo protestar contra o assédio que estava sofrendo, se limitando a tremer e segurar o botão a sua frente fortemente, mantendo-o pressionado, apesar de tudo. Conquanto, apenas quando Iori tocara em seu braço para perguntar se ele estava bem que notara, segurando-se para não sorrir com a terrível e cruel ideia que aquele desentendimento lhe proporcionara, que continuava segurando sua coxa e não possuía a menor pretensão em solta-la.

— O tempo limite é de dez segundos e você não respondeu a pergunta. Terei de passar a vez para o outro time. – Anunciou Tatsuo pacientemente, voltando-se para o time vermelho para repetir a questão. Se eles acertassem, ganhariam o dobro de pontos, lembrou ao observar Mikami responder, certo de que sua replica estaria correta.

— O que foi isso!? – Indagou Kiyomi ao seu lado com nítida frustração e implícita hipocrisia, afinal ela estava ocupada demais em ser promíscua, assim como o japonês, para ouvir a pergunta e ter a decência de respondê-la em seu lugar.

— Tudo bem, foram só alguns pontos... Podemos nos recuperar... – Apaziguou Mayumi covardemente.

Pobre Lawliet... Pobre indefeso e inocente sapo... Permanecia tão pequeno e mudo. Sabia que ele era hipersensível e compreendia sua reação. Aquilo era demais para ele, o máximo que podia suportar, tudo o que podia fazer era esperar a boa vontade do japonês em lhe soltar, e ambos sabiam que aquilo não ocorreria. Não, muito pelo contrário, Light estava apenas começando... Certamente não pretendia ir tão longe, quando pensara em lhe esmagar com o punho, jamais imaginara que teria de recorrer a isto, ao menos não de forma literal, no entanto, o que mais podia fazer? Gradativamente, se perdia em meio ao misto de sentimentos que se emaranhava em seu peito, descendo em forma de formigamento até seu baixo ventre, ouvindo seus fios de sanidade se romperem um a um. Sua mente ficara nublada, sua boca seca, sentia-se cego e surdo, com exceção de um terrível zumbido que teimava em ecoar por seu crânio, tão longínquo, ainda que demasiadamente insistente, como se pudesse inebriar seus sentidos. Antes que pudesse perceber, sua mão estava na coxa alheia de forma tão proposital que chegava a ser descarado. Seus dedos finos e longos acariciaram a região de seu joelho com uma ternura que Yagami sequer compreendia possuir, avançando por sua perna com extrema apetência. Lawliet segurou um gemido conforme apertara sua perna, avançando sobre suas coxas de forma lenta e terrivelmente lasciva, esmagando sua pouca e lisa carne entre os dedos. Quando se dera por si, já estava se aproximando dele novamente, para que apenas ele pudesse ouvir, acariciando-o com certo carinho.

— Eu não vou parar até você pedir.

Seus dedos fizeram movimentos amenos e circulares por sua coxa, sentindo-o estremecer conforme se aproximava de sua virilha, sendo obstruído por L que timidamente segurara seu pulso, limitando-se a afastar sua mão daquela região, ainda que não o impedisse de alisar a parte mais externa e próxima do joelho, não sabendo Light se aquele era um pedido mudo para que parasse ou apenas mais uma forma doentia de consentimento, ainda que com ressalvas. Afinal, por mais imoral e antiético que estivesse sendo, Lawliet poderia pedir para que parasse a qualquer momento, e mesmo se fosse orgulhoso demais para perder a aposta, ele poderia tirar sua mão de cima de si quando quisesse e, até então, ele não havia tentado nenhuma das duas opções. Isto só poderia significar uma coisa: Lawliet queria isso. Seu coração disparou completamente extasiado e enlouquecido com a possibilidade, aquecendo seu corpo e exacerbando a circulação de sangue em seu organismo enquanto seu cérebro em seu último fio de sanidade implorava para que parasse antes que fosse tarde demais. Jamais o enxergara desta forma, jamais sentira qualquer tipo de atração física por ele antes, no entanto, não pode se controlar, ele era tão delicado, tão macio, estava tão tímido e trepido que não pode resistir a tentação de voltar a enterrar seus dedos na região interna de sua coxa, apalpando sua carne fortemente. Lawliet sempre fora tão terrível, tão difícil, mas ali estava ele, tão submisso e adorável, como se estivesse pedindo para que o fizesse, implorando por aquilo. Talvez Ryuk estivesse certo, realmente estava maluco, havia passado de todos os limites, ultrapassado as fronteiras da sanidade e caído no abismo da luxuriosa demência.

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