• Capítulo 2 | Exames de Admissão - Parte 2

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Quando percebi o robô preparar um soco certeiro contra mim e se aproximar ainda mais, ativei a minha individualidade de Manipulação do Ar, onde deixei o chão e desviei com êxito do seu golpe. No entanto, aquele robô não era nenhum idiota, embora não passasse de uma peça ridícula de metal. Ele, com sua notável tecnologia, calculou os meus próximos movimentos e logo se virou para mim, antes mesmo que eu pudesse tocar o chão com os meus pés e ter algum equilíbrio melhor para um golpe preciso.

Porém, algo que esse robô não conseguiu calcular, é que eu não me dou por vencida tão fácil.

Com a minha primeira individualidade ativada e, superando minha força atual, ativei a segunda ― de Manipulação das Plantas ―, conseguindo laçar aquele maldito robô com todas as raízes que pude criar no momento. E, com um simples movimento, o quebrei em diversos pedaços, garantindo os meus dois pontos iniciais.

Emy: isso! — comemoro para mim mesma, ignorando a dor de cabeça que sentia por ter usado as minhas duas individualidades simultaneamente.

Continuei prosseguindo por aquela cidade falsa em passos rápidos, procurando mais robôs e até atraindo-os, armando táticas especiais para garantir mais e mais pontos. Afinal, eu não sou idiota de deixar a chance de estudar em uma das melhores academias de heróis do mundo apenas para a sorte, desprezando a minha esperteza.

Present Mic: ATENÇÃO! RESTAM APENAS 5 MINUTOS! ENTÃO CORRAM!

Apesar desse aviso, eu não estava preocupada com o tempo. Até porque, pela minha contagem incerta, já tinha entre 30 a 40 pontos, sem contar que acredito fielmente na ideia de que outras coisas também serão avaliadas além dos robôs que destruímos. Por isso estou um tanto relax. A minha dor de cabeça já havia passado, pois não usei mais as minhas duas individualidades ao mesmo tempo. Então, agora, podia apenas me concentrar em escutar sons altos e movimentos bruscos.

Afinal, quantos mais pontos, melhor.

Todavia, pelo o que podia observar enquanto percorria as ruas, a maioria dos robôs já tinham sido destruídos, e como não fiquei sabendo qual era a quantidade em cada Centro de Batalha, terei que ir pela lógica.

Subitamente, enquanto acreditava que todos os robôs já estavam ao chão, despedaçados, avistei um robô vindo de encontro a mim. Prontamente, criei algumas raízes, preparando-as para destruí-lo em menos de segundos. Só não imaginava que outra pessoa também estava querendo acabar com aquele robô imbecil.

Bakugou: SAI DA MINHA FRENTE! — grita, me empurrando para fora da rota daquele robô. — VOCÊ É MEU! PEDAÇO DE METAL IDIOTA!

A parte boa é que uma raiz de planta me segurou. Ou, caso contrário, teria caído de bunda no chão, por culpa desse garoto ridículo e descortês.

Okay...talvez eu esteja um pouco "cega" de raiva, mas eu não vou, de forma alguma, deixar esse idiota sair vencedor dessa.

Usando aquela mesma raiz que havia me segurado como impulso, me coloquei no ar e, após pisar sobre as costas daquele loiro idiota, garanti uma melhor proximidade com aquele pedaço de metal tecnológico. Por mais que a minha curiosidade em ver o Bakugou cair de cara no chão, graças a mim, fosse grande, eu rejeitei tal tentação e me concentrei em acabar com o "vilão", assegurando mais três pontos nesse teste. Sendo veloz nos movimentos, preparei uma forte corrente de ar e lancei aquele robô contra uma pilastra de concreto reforçada mais a frente, conseguindo despedaçá-lo com facilidade.

ISSO! É ASSIM QUE SE FAZ, P*RRA!

Bakugou: EI, SUA DESGRAÇADA! — esbraveja, vindo até mim em passos rápidos e eu, ainda de costas para ele, bufei. — QUEM VOCÊ PENSA QUE É, HEIN?!

Meu Explosivo | 1ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora