• Capítulo 37 | Retorno e Confissões - Parte 1

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__ Dois Dias Depois __

[ Domingo ]

Após passar o resto dos meus dias de estágio na cidade da minha avó, treinando com ela e adquirindo habilidades que me ajudariam muito na minha futura carreira de heroína, retornei para casa.

Estava contente com tudo que aprendi e consegui dominar.

Tudo o que queria aprender, ou simplesmente compreender, tinha sido ensinado à mim com uma paciência e cuidado incomparáveis.

Por isso, acredito que quando tiver alguma batalha ou treino ― como nos exames finais da U.A ― me sairei muito bem.

Essa estadia na casa da minha avó, recebendo os seus cuidados, conselhos e ensinamentos, me rendeu uma ótima confiança e determinação própria. A partir de agora, não me deixarei levar pelas barreiras que surgem em minha trajetória.

Seguirei firme e forte. De cabeça erguida à frente do medo e da insegurança.

Isso aí, Emy!
Como a sua avó disse, tenha mais fé e confiança em si mesma.
Você consegue!
Você é uma Yoshida, p*rra!

[ 13:30 ]

Assim que notei o avião aterrissar na pista, desconectei os meus fones de ouvido do meu celular e me preparei para pisar novamente na minha problemática, mas amada, cidade natal.

Peguei as minhas malas no bagageiro e desci do avião, me dirigindo até o aeroporto com uma tremenda ansiedade. Afinal, não podia negar que sentia falta dos meus pais mesmo estando com a minha avó em Hokkaido e os meus colegas em Hosu.

Enquanto caminhava com as minhas malas pelo gigantesco aeroporto, um pensamento me veio à minha cabeça. Acredito que hoje, todos os meus colegas de turma já estejam retornando dos seus estágios de heróis.

Como as minhas amigas e até...aqueles dois garotos.

Se duvidar, já até devem estar na cidade. Só espero que esses dois em especial não estejam a minha procura. Não hoje.

Mãe: EMY! ― a ouço ao longe e logo sou cercada pelos seus braços. ― meu amor! Que bom que voltou! Senti tanto a sua falta! ― declara emocionada, intensificando ainda mais a força do seu abraço.

Emy: 't-tá bom, mã-mãe. E-eu... Estou... Ficando sem ar. ― a alerto e logo sou solta do seu abraço, recebendo em seguida o do meu pai, que é mil vezes pior. ― o-oi, pai. ― gaguejo, voltando a perder o ar nesses abraços de família.

Pai: da próxima vez que decidir viajar assim, nos avisa com antecedência, tudo bem? ― comunica e me solta, deixando-me retomar a minha respiração habitual.

Emy: 'tá bom. Foi mal por isso. ― respondo, sorridente.

Com esse encontro mais que aguardado por mim, eu e os meus pais caminhamos até o carro no estacionamento e, após guardar as minhas malas no bagageiro, seguimos finalmente para casa. Chegando lá, a primeira coisa que fiz foi correr até o meu quarto, com uma vontade enorme de tirar uma longa soneca naquela minha cama abençoada.

Até pensei em fazer isso, só que ainda tinha uma mala inteira para desfazer e organizar no meu guarda-roupa. Com uma ajudinha da minha mãe, rapidamente terminei aquela arrumação e pude enfim relaxar depois de horas sentada em uma poltrona de avião.

Tomei um demorado banho, lavei o meu cabelo, o penteei de maneira "correta" e fiz algumas outras higienes. Quando me senti verdadeiramente cuidada, me vesti com uma roupa digna de "domingo da preguiça". ― um short moletom curto e o suéter mais gigante que tinha.

Meu Explosivo | 1ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora