• Capítulo 11 | USJ e Vilões - Parte 1

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Finalmente, todos os dias em que a Recovery indicou que eu ficasse em casa, de repouso, se passaram e já fazia mais de uma semana que me encontrava de volta a U.A.

No dia em que retornei oficialmente para a academia, fui recebida pelos meus colegas de turma de uma maneira excessivamente afetuosa. Com direito a gritos eufóricos, cartazes criativos e abraços sufocantes. Tudo bem, eu admito que gostei, mas...não vou negar que foi um tanto constrangedor ser o centro das atenções, tanto da turma quanto das demais daquela instituição.

Apesar disso, toda aquela demonstração de carinho valeu a pena. Me deixou mais leve. Com uma alegria contagiante para encarar os próximos dias.

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Agora que tudo está entrando em seus devidos eixos, criei a meta de acompanhar e me concentrar totalmente nas aulas teóricas que a U.A oferta diariamente. Sinto que preciso me empenhar mais e recuperar todo o tempo que perdi "vegetando" em casa, sobre os exagerados cuidados da minha mãe.

Embora eu recebesse todos os conteúdos trabalhados no dia em casa, não era a mesma coisa do que estar na sala de aula, frente a frente com o professor. Afinal, quando se estuda em casa, você perde totalmente a concentração e fica nas nuvens, sem o devido compromisso de aprender a matéria. E era exatamente assim que eu me via em casa, "estudando".

Certo, seria um tanto cansativo ouvir o professor Aizawa e as suas falas longas e lentas, só que não tinha escolha. Era isso, ou sofrer as consequências no futuro.

Pelo menos, estaria preenchendo a minha mente com conteúdos importantes para a minha formação heróica, e não com besteiras ridículas que me estressam — como um certo loiro raivoso e, atualmente, um bicolor problemático.

Aizawa: calados! Eu tenho um recado importante! — exclama sério, fazendo todos nós calarmos as bocas. — o Treinamento Básico de Heróis de hoje terá três professores, que serei eu, o All Might e mais um. O treinamento não será de combate, e sim de resgate. — esclarece, animando todos da sala, inclusive eu. — eu ainda não terminei, SILÊNCIO! — esbraveja impaciente, usando aquele seu olhar rubro mortal para nos amedrontar. — enfim, dessa vez vocês poderão escolher se utilizam os seus trajes ou não. Afinal, alguns deles podem limitar o uso das suas individualidades no momento do resgate, mas isso vai de cada um. — declara, com desdém. — ah, tem outra coisa. O treino será fora da U.A, então iremos de ônibus. Se preparem, mas não demorem. Não tenho o dia todo. — diz por fim, deixando a sala.

Enquanto todos discutiam se usariam ou não os seus trajes, eu já tinha me decidido. Eu usaria o meu sem dúvida nenhuma, ou receio. Ele é simples, não possui tantos apetrechos que possam vir a me atrapalhar no treino.
Então, por que não usá-lo, certo?

Assim que terminei de vestí-lo no vestiário, fui direto para o lado de fora do prédio da U.A, onde todos os meus colegas estariam esperando o ônibus que nos levaria até a tal área do nosso treinamento de hoje. Porém, enquanto ajustava o meu traje e caminhava até o tal "ponto de ônibus", senti alguém me segurar pelo braço, impedindo-me de seguir o meu caminho. Confusa, rapidamente me virei na direção da tal pessoa, reconhecendo, sem muito esforço, o par de olhos escarlates que me encaravam fixamente.

Ah, não...
De novo, não...
Isso é sério?
Mais uma vez ele vai querer puxar papo comigo?
Depois de todo aquele B.O que envolveu nós dois?
Depois que eu aceitei, de uma forma um tanto bagunçada, o seu pedido de perdão?
Argh! Eu não quero voltar nesse assunto, cacet*!

Emy: eh...o-oi, Bakugou. — o cumprimento adequadamente, ignorando o climão que tinha se formado entre nós. — 'tá...tudo...certo?

Perguntei com uma certa sutileza e receio. Não queria parecer preocupada ou interessada em saber o por que dele ter me chamado a atenção dessa forma — embora a minha curiosidade já estivesse fora de controle.

Meu Explosivo | 1ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora