• Capítulo 4 | A Caminho, U.A!

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__ Semanas Depois __

Um bom tempo se passou depois daquele jantar maluco e recheado de momentos inesperados na casa dos Bakugou.

Com isso, aproveitei para organizar melhor os meus pensamentos e percebi que aquilo tudo que senti e pensei enquanto estava na presença daquele loiro idiota, não passavam de emoções momentâneas e confusas, totalmente sem qualquer sentido. Ou seja, é só passar uma borracha nisso tudo e se concentrar para que daqui em diante isso nunca mais aconteça. Simplesmente isso.

Mas, enfim. Agora, isso pouco importa. Afinal, tenho outras coisas muito mais importantes para me preocupar do que essa bobagem estúpida. Um exemplo, seria o claro fato de que eu ainda não tenha recebido, até esse instante, qualquer notícia da U.A. Dizendo, seja lá por qual meio, se eu fui bem, ou não, naqueles malditos testes, quase mortais.

Argh...
Não é possível que todo o meu esforço para destruir aqueles robôs idiotas foi em vão!
Não é possível!

Emy: ARGH! QUE SACO! — esbravejo ao ver mais um carteiro passar em frente de casa, sem demonstrar nenhum interesse em entregar algo aqui.

Pai: filha, por favor! Tenha paciência! ― implora já irritado. Até porque, enquanto eu fico aqui, reclamando, ele cuida de uns assuntos um tanto sérios da agência de heróis em que trabalha.

Emy: desculpa, pai. — peço, saindo da janela e indo até um dos sofás da sala. — eu sei que estou te atrapalhando e tals, mas é que...argh! Eu estou muito preocupada! — declaro, abraçando fortemente a almofada do sofá. — a U.A já devia ter pelo menos mandado um aviso, ou sei lá, não é?! Será que eu fui tão mal assim?!! — me pergunto, frustada.

Mãe: DEIXA DE SER PESSIMISTA, GAROTA! UMA FILHA MINHA NÃO SE DESESPERA ANTES DA HORA! — grita da cozinha, também irritada com a minha inquietação.

Emy: FALOU A QUE NUNCA FICOU ANSIOSA, NÃO É MÃE?! — retruco no mesmo tom de voz, escutando em seguida um rosnado alto dela.

Mãe: TRATE DE SOSSEGAR, ESCUTOU?! NÃO VÊ QUE O SEU PAI ESTÁ TENTANDO TRABALHAR, CARALH*! — me lembra desse detalhe, mostrando o quanto realmente o meu pai estava irritado por não conseguir nem sequer pensar direito graças à mim.

Por fim, decidi que o melhor seria me calar. Sabia que não adiantaria nada ficar aqui demonstrando a minha extrema frustração aos meus pais sabendo que o que dependia de mim já se foi. A única coisa que me resta agora é esperar, mesmo eu quase tendo um ataque cardíaco por causa dessa ansiedade toda.

Após alguns odiosos minutos inundando a minha cabeça de pensamentos deprimentes em relação a essa demora da U.A para dar notícias, escutei alguém tocar a campainha do interfone de casa. Meu pai e minha mãe — concentrados em seus afazeres — nem sequer ligaram, no entanto eu, já toda eufórica desde o início do dia, corri como uma lunática até a porta, abrindo-a e saindo em direção ao portão. Ansiosa, já imaginava alguém me entregando a bendita carta da U.A e eu, feliz, vendo que havia passado. Porém, quando abri o portão, dei de cara com o nada. Absolutamente, nada.

Logo de início, uma raiva começou a crescer dentro de mim. A ideia de que eu tinha sido feita de idiota por uma criança que adora fazer essas brincadeiras sem graça já era a hipótese mais provável em minha mente. O que me deixava extremamente furiosa.

ARGH! SE EU PEGO ESSA CRIANÇA, EU... — ameaço mentalmente, porém me interrompi logo que avistei um pedaço de papel deixado no chão, do lado de fora de casa.

Primeiramente, sem dar muita relevância aquilo, peguei tal papel. Até porque, o que mais se encontra nas calçadas dessa cidade são papéis perdidos, com escritas indecifráveis, ou estranhas. Contudo, quando avistei naquele papel o emblema da instituição de ensino que a mesma pertencia, um sorriso involuntário e gigantesco tomou conta de meu rosto.

Meu Explosivo | 1ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora