• Capítulo 3 | Família Bakugou

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Contra a minha vontade, tive que me arrumar para esse jantar. O qual, certamente, apenas me trará dor de cabeça para o restante dessa noite. Somente espero que quando chegar lá, Bakugou esteja muito bem trancafiado em seu quarto e não venha me atormentar, porque o meu pavio com ele já está muito mais do que curto. E, pelo o que imagino, não seja nada legal espancar uma pessoa na frente dos próprios pais...não é?

Mãe: FILHA, JÁ ESTÁ PRONTA?! ANDA LOGO, OU VAMOS NOS ATRASAR! ― grita do andar debaixo, enquanto eu ainda estava terminando de calçar o meu tênis All Star.

Emy: JÁ VOU! ― grito em resposta, resmungando alguns palavrões em seguida. ― merda, merda, merda...

Antes de deixar o meu quarto, dei uma última olhada no espelho, vendo se as minhas roupas estavam levemente combinando e, apesar de estar usando um vestido formal com um tênis de marca famosa, eu estava sim me achando maravilhosamente bonita. Momentos orgulhosos e motivadores à parte, alcancei a minha bolsa sobre a cômoda e corri para as escadas, descendo as mesmas de dois em dois degraus.

Mãe: ah não, filha! ― exclama, descontente ao me ver ― você não podia ter pelo menos trocado esse seu tênis antigo por um salto, ou até mesmo por uma sapatilha nova? ― opina, cruzando os braços, no entanto relevei amavelmente a sua opinião.

Emy: você devia estar me agradecendo, sabia mãe? Afinal, estou aqui, arrumada contra a minha vontade, para ir nesse jantar estúpido. ― declaro sendo realmente verdadeira, o que, para a minha mãe, nesse momento, era um belo insulto.

Mãe: olha como fala, mocinha! Pode ir engolindo essa sua arrogância, escutou?! Não quero chegar lá na casa dos Bakugou e ter que aturar tanto você, quanto essa sua cara de c* para tudo, entendeu? Agora, vamos. ― diz irritada e logo toma a dianteira, indo atrás do meu pai, que já estava tirando o carro da garagem.

Assim que o meu pai tirou o carro e o parou logo em frente de casa, eu e a minha mãe entramos nele, indo direto para a casa dos benditos Bakugou. Durante todo o caminho, tive que aguentar a minha mãe, jogando para mim e para o meu pai, o seu claro ódio por eu estar com aquela cara desanimada. Porém, eu consegui ignorá-la, respondendo no meu celular pessoas que haviam me mandado mensagem há décadas atrás.

Mãe: ai, graças à Deus...chegamos. ― murmura, retirando o seu cinto logo que o carro estacionou. ― vamos vocês dois, nada de enrolação. Escutou, Emy?! ― pergunta, me fuzilando pelo retrovisor e eu, bufando, abri a porta do carro, saindo rapidamente.

Minha mãe, com uma animação que só ela está tendo para essa idiotice de jantar, tocou o interfone daquela casa, sendo logo atendida pela própria dona Mitsuki, que ― também animada ― autorizou a nossa entrada.

Pai: diminui essa sua face de infelicidade, querida. Ou então, a sua mãe vai te fazer sorrir à força. ― sussurra em meu ouvido, me alertando sobre o olhar mortal que a minha mãe tinha sobre mim.

Emy: 'tá. Tanto faz... ― murmuro em resposta, descruzando o braço e treinando o meu sorriso falso para quando encontrasse os Bakugou.

Assim que consegui treinar um sorriso aparentemente verdadeiro ― no entanto, era apenas a aparência ― escutei a porta daquela casa ser destrancada e em seguida aberta, nos dando a visão tanto do seu interior quanto de um homem, não tão alto e de cabelos castanhos. O qual, já conhecia desde que era menor.

Masaru: Shiro-kun! Mayumi-chan! Sejam bem vindos! ― deseja, dando-nos passagem para entrar.

Pai: é muito bom revê-lo, Masaru-kun. ― diz, lhe dando um rápido abraço, sendo logo seguido pela minha mãe.

Meu Explosivo | 1ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora