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__ No Dia Seguinte __
Para um primeiro dia de aula na academia mais renomada de todas, ontem foi merda por cima de merda.
Ontem, além de ter que suportar o fato de ter sido "carregada" pelo Bakugou até em casa, precisei aguentar os meus pais e as suas falas repressoras. Eles estavam mais que irritados pela minha total falta de noção ao usar a minha segunda individualidade de forma tão brusca. Nunca recebi um sermão tão grande quanto aquele.
E eu nem quero receber outro. Então, por isso mesmo, prometi a mim mesma que não irei contar o que rolou quando saí da U.A para mais ninguém. Preciso realmente salvar um pouco da dignidade que me resta.Como imaginava, algumas gotas de Dipirona acabaram com aquele latejar incômodo em minha cabeça, porém, não sei se agradeço por isso, ou amaldiço-o aquele remédio. Depois que a minha cabeça retornou aos seus devidos eixos, comecei a organizar os meus pensamentos e logo a lembrança exata do dia anterior veio à minha mente ― a qual, tinha a sua certa referência ao loiro irritadinho que, felizmente, convivo apenas por algumas horas no dia.
Mais uma citação para eu não contar a ninguém, exatamente NIN-GUÉM, o que aconteceu quando saí da U.A.
Se isso cai nos ouvidos dos meus pais, ou dos meus colegas, a minha trajetória na academia já vai começar na completa desgraça.Mãe: FILHA! ANDA LOGO! VOCÊ VAI SE ATRASAR DE NOVO, ME OUVIU?! ― esbraveja do andar de baixo.
Emy: JÁ VOUUU! ― a respondo no mesmo tom, jogando a minha mochila nas costas e pegando o meu celular de cima da cama.
Desci as escadas de dois em dois degraus ― como ando fazendo ultimamente ―, peguei uma maçã da fruteira sobre a mesa de café da manhã e me despedi da minha mãe, indo atrás do meu pai que já tirava o carro da garagem.
Sendo veloz nas ações, logo já estava dentro do automóvel, seguindo direto até a U.A, para mais um dia de aula.Pai: o que vocês vão ter de aula hoje, filha? ― pergunta, enquanto aguardávamos o semáforo ficar verde.
Emy: eu não sei. Sempre é surpresa. ― respondo-o, com o meu olhar fixo no perfil do meu Instagram.
Pai: entendi. Mas...por favor, filha, não exagere, sim? Enquanto você não... -
Emy: ..."enquanto eu não controlar totalmente a minha individualidade, não posso ficar ativando ela". Tudo bem, pai. Eu sei disso. ― completo a sua fala, já memorizada por mim há tempos.
Pai: aham, sei. ― afirma com desconfiança, voltando a dirigir pelas ruas.
Enquanto relevava a preocupação do meu pai comigo, senti o meu celular vibrar, mostrando que alguém havia me mandado mensagem. Assim que direcionei o meu olhar para o nome da tal pessoa, tive uma surpresa, pois a pessoa não estava na minha lista de contatos e por isso era desconhecida pelo meu celular.
Abri a aba de mensagens e li o que o tal desconhecido havia mandado à mim:
??
Eaê
Está melhor idiota?
É o Bakugou, caso você não saibaBakugou?
Katsuki Bakugou me enviando uma mensagem?
Uma mensagem onde pergunta se eu melhorei?
Espera...será que eu ainda estou dormindo, e isso é tudo obra da minha cabeça?Pai: e...chegamos. ― anuncia e logo estaciona o carro, me tirando dos meus pensamentos altos.
Emy: a-ah...obrigada pela carona, pai. Até mais tarde, okay? ― despeço-me dele, com um beijo em sua bochecha.
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Meu Explosivo | 1ª Temporada
Fanfiction~> [ Concluída ] [ REVISADA ] <~ Me chamo Emy Yoshida, tenho 16 anos e vivo com os meus pais em um bairro pouco movimentado localizado na cidade de Musutafu, Japão. Mesmo morando em um bairro calmo, a cidade em si não é, nem um pouco. Aqui é onde s...