Meu Explosivo | 1ª Temporada

• Capítulo 15 | Tarde Tensa e Calorosa - Parte 2

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[ 14:30 ]

Havia se passado um bom tempo desde aquele momento um tanto "caloroso" entre mim e o Bakugou. Tal momento, que me pegou de surpresa, totalmente desprevenida e com a razão jogada lá no lixo. Afinal, tenho certeza que se estivesse com a cabeça menos "avoada", não tinha retribuído aquele beijo inesperado.

Mas, p*ta que par*u!
Que beijo foi aquele?!

Embora as lembranças daquele beijo e os "remakes" que a minha mente criava não cessassem, optei por não dar nenhuma indireta ao loiro, ou coisa do tipo. Eu preferi calar a minha boca e não trocar mais nenhuma palavra com ele. Até porque, eu sabia que só arruinaria ainda mais a minha fama de inimiga mortal desse garoto dando em cima dele.

Dessa forma, em um silêncio inquebrável, passamos longos e longos minutos prestando total atenção na série de ação que o Bakugou tinha posto na TV novamente. ― sem graça 'pra cacet*, por sinal.

Emy: bom... — acabo comentando, apesar de ter prometido à mim mesma que não seria eu a primeira a falar algo depois de TUDO o que rolou. — o Todoroki está para chegar. Então...vê se não faz nenhuma besteira, me ouviu? — alerto o Bakugou, mas ele simplesmente me ignorou. — Bakugou! Você está me ouvindo, cacet*?!

Bakugou: argh, 'tá! — concorda, sendo, como sempre, rude. — que se f*da! 'Tô pouco me lixando 'pra isso, caralh*!

Acha que me engana...

Emy: sei... — murmuro desconfiada, voltando a prestar atenção no conteúdo entendiante daquela TV.

Acreditar no Bakugou, eu não acreditei, e muito menos nas suas palavras. Contudo, não tinha outra saída. Era crer que tudo ficaria bem ao final dessa longa tarde aqui em casa, ou perder todas as minhas unhas de tanto nervoso e ansiedade. Obviamente, pela minha conta em risco, vou optar pela primeira opção.

__ Alguns Minutos Depois __

Enquanto assistia ao atentado assassino que se passava na TV, graças a série que o loiro parecia curtir mais do que a de punho sobrenatural que ele colocara logo que entrou em casa, escutei a campainha do interfone soar.

Tudo bem que podia ser qualquer pessoa, porém, perante o horário e o combinado que tive com o Shoto, tinha quase certeza que se tratava dele.

Emy: sem fazer besteira, e nada de citar o que a gente teve. Ouviu Bakugou?! — ordeno ao loiro seriamente, só que ele apenas me ignorou, mais uma vez.

Relevei o vácuo que sofri e fui atender o interfone. Realmente, era quem eu já esperava e, usando um tom de voz animado para ocultar o meu nervosismo insistente, disse ao Shoto que ele poderia entrar. Menos de dois minutos depois, ele bateu na porta de casa e eu a abri, com um sorriso afetuoso no rosto, agradecendo ao bicolor por ele ter realmente vindo.

Todoroki: oi, Emy. — me puxa pela cintura, dando-me um forte abraço, seguido de um selar em meu próprio pescoço.

Ah, p*rra...
'Pra que fazer isso, véi...

Emy: o-oi, Shoto. — ele me solta do abraço, deixando-me admirar um daqueles seus raros e felizardos sorrisos. — pode entrar, 'tá?

Contendo ao máximo um calor que queria ser expressado em minhas bochechas, fechei a porta de casa e acompanhei o Shoto para dentro, orando mentalmente para que nada de ruim rolasse assim que os seus olhos repousassem no loiro, ainda acomodado em meu sofá, vendo série.

Porém, aconteceu totalmente o contrário do que desejava. Logo que Shoto notou o Bakugou ali na sala de estar de casa, a sua expressão, antes feliz, se transformou em uma de puro ódio e indignação.