Meu Explosivo | 1ª Temporada

• Capítulo 16 | A Vinda da Insuportável

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__ Alguns Dias Depois __

[ Sábado ]
[ 08:30 ]

Os dias passados naquela academia tinham finalmente se encerrado, incluindo a apresentação dos trabalhos. — tais trabalhos que me renderam uma bela dor de cabeça recorrente. Porém, sabia que daqui dois dias teria de ir para aquele campo minado novamente.

Digo "campo minado" porque sempre que penso em olhar ao meu redor quando estou na sala, encontro Bakugou hora ou outra fuzilando o Shoto. E bom, o bicolor também não deixa passar nada e retribui o encarar mortal. Enquanto isso, eu que preciso suportar todo esse perrengue. Afinal, boa parte dessa "guerra de olhares" dos dois foi culpa minha.

Sem contar que o Bakugou nem imagina — e na realidade nem pode imaginar — que eu beijei, ou dei um selinho no Shoto. Acho que se ele descobrir isso ele mata o Shoto e eu...

Enfim, enquanto estou viva, sigilo absoluto e vida que segue. O Shoto sabe ou pelo menos pensa no que 'tá rolando entre mim e o loiro, ou o que o loiro anda "sentindo" por mim, por isso, coopera na questão de ser discreto e tudo mais. Pelo menos ele sabe ser discreto, já o Bakugou...

Já fui alvo de várias piadinhas sem graça das meninas depois que elas notaram a forma como ele me pega e me puxa para um canto qualquer da sala, sem nem ao menos se tocar do lugar onde a gente 'tá e quem está ao nosso redor.

Isso mesmo, ele simplesmente me pega pelo braço e me leva para jogar conversa fora em qualquer canto da U.A.

É f*da...

~ • ~

Mãe: Emy! Eu tenho uma notícia maravilhosa para você! — anuncia animada, se sentando a mesa de café da manhã junto de mim e do meu pai.

Emy: é de comer? — pergunto no deboche, fazendo a minha mãe me fuzilar com desgosto.

Mãe: enfim... — releva o meu comentário. — a sua prima, Harumi, está vindo para cá. Fará um intercâmbio aqui por dois meses e estudará juntamente de você na U.A, tudo bem? — declara tranquilamente, como se fosse a coisa mais habitual do mundo.

Ah, não...
Essa p*ta não!

Pai: ela está vindo para cá, amor? Desde quando a sua irmã deixa a Harumi viajar assim? — questiona, curioso.

Mãe: ah...eu não sei. — dá de ombros. — também achei estranho tudo isso de forma tão repentina, mas ela não quis falar mais nada sobre isso.

Emy: es-espera! A Harumi?! Aquela idiota está vindo pra cá?! Co-como assim, mãe?! — me desespero, contendo boa parte do meu linguajar de baixo calão que perambulavam na minha cabeça.

Pai: Emy! Sem xingamentos a mesa, por favor! — me repreende e eu apenas aceito, sem opinar em nada.

Mãe: escuta aqui, Emy. — diz, séria. — eu sugiro que você extermine de uma vez por todas esse rancor idiota que você guarda da Harumi, entendeu?! Porque nem eu ou o seu pai vamos ficar aguentando as discussões, os xingamentos e muito menos as brigas de vocês dentro dessa casa, ouviu bem?! — manda a real, me fuzilando com aquele seu olhar mortal de mãe.

Ah, 'tá que eu vou fazer isso...

Emy: mas, mãe! A Harumi que arrumava encrenca comigo quando éramos pequenas e depois se fazia de vítima para vocês dois! Porque não acreditam nisso, hein?! — pergunto frustada, entretanto não importava o que eu dissesse, eles sempre acreditariam naquela vagabunda.