Meu Explosivo | 1ª Temporada

• Capítulo 43 | O Sequestro

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O caos já havia se instalado naquele acampamento de verão e treinamento há tempos.

Não se era mais ouvido os gritos da Turma B para nos assustar, nem risos. Alguns já estavam desmaiados graças àquela fumaça rosa sinistra e outros...não faço a mínima ideia de como estejam.

Mil coisas passavam pela minha cabeça naquele momento.

Eu não sabia como os meus colegas estavam, e nem se os vilões já tinham começado esse tal ataque. Era impossível saber, tudo estava confuso demais e não tínhamos nenhum meio de comunicação.

Pelo que parece, dessa vez, será nós por nós mesmos.

Argh. E essa sensação que não me deixa. Sinto que algo ruim vai acontecer, mas...o quê?

Emy: Bakugou...vamos seguir o que a Mandalay disse, okay? Precisamos voltar para o acampamento e...-

Bakugou: e quem garante que aqueles malditos vilões já não estejam lá, Emy? Se queremos sair dessa e salvar todo mundo, precisamos lutar. É o único jeito. ― declara confiante, como se fosse a coisa mais simples do mundo sair por aí, metendo o soco em vilões.

Emy: lutar?! Você está doido?! Nós dois sozinhos não conseguiremos fazer nada, Bakugou! Nós precisamos de ajuda, poxa! Precisamos dos heróis profissionais que estão aqui no acampamento! ― afirmo, francamente. ― deixa de ser tão egoísta, okay? Nós vamos até o acampamento como a Mandalay orientou e ponto!

Olhando no fundo dos meus olhos, Bakugou suspirou e, puxando-me com força pela mão, começou a caminhar, seguindo cada palavra minha.

Bakugou: tsc! Você é mesmo uma teimosa, sabia? ― eu sorrio, segurando a sua mão com mais firmeza. ― vamos achar um atalho para esse maldito acampamento, mas se no caminho encontrarmos alguém, não se coloca na minha frente, entendeu?

Emy: 'tá, 'tá! Vamos logo. ― concordo, andando um pouco mais rápido por aquela trilha.

Durante o caminho, precisei fazer uso da minha individualidade de manipulação do clima para criar alguns fluxos de ar e conseguir afastar toda aquela fumaça rosa e perigosa de perto de nós dois, para que não corrêssemos o risco de desmaiar ou algo assim.

Com ela fora do nosso trajeto, eu e o loiro caminhamos mais tranquilos pela trilha, embora o clima que tomava conta daquela floresta fosse preocupante.

Só de pensar que todos os meus amigos podem estar na mira dos vilões mais perigosos desse Japão, sinto um forte aperto no coração. Pelo menos, o meu loiro está comigo, e não perdido por essa reserva.

Bakugou: espera. ― alerta de forma brusca e logo deixa de caminhar. ― são passos. ― avisa e em seguida eu começo a ouvi-los vindo exatamente na nossa direção. ― seja lá quem for... ― prepara uma forte explosão, relevando o fato de estarmos em uma floresta onde uma simples faísca pode ocasionar uma baita queimada. ― já está com os dias de vida contados.

Às vezes, essas suas falas mortais me assustam. Mas, eu estou acostumada. É o jeitinho peculiar dele.

Ativando a minha individualidade de manipulação das plantas, preparei algumas raízes para enlaçar o indivíduo que vinha na nossa direção rapidamente, porém, desisti de pensar no ataque quando madeixas bicolores surgiram detrás de algumas árvores e arbustos.

Argh, Shoto! Essa sua mania de ser discreto e silencioso pode selar a sua existência, sabia? P*rra!
Que susto!

Emy: Shoto? ― me solto do Bakugou e vou até ele, vendo que havia um garoto desmaiado nas suas costas. ― o que aconteceu com ele?