• Capítulo 9 | A Aula com o All Might! - Parte 2

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Acordei com um desagradável incômodo em minha cabeça, como se nela ocorresse um batuque de Carnaval.

Não fazia ideia do que tinha acontecido, mas nem me dei ao trabalho de tentar descobrir. No momento, eu só queria aliviar aquela dor insistente e latejante. Me movimentei vagarosamente sobre aquela cama em que estava deitada, a fim de procurar uma posição melhor. Porém, me arrependi de ter me mexido de tal forma. Uma dor imensa e ainda mais latejante tomou conta das regiões próximas a minha coluna, fazendo-me soltar um baixo gemido doloroso, que ecoou por todo aquele quarto excessivamente branco e silencioso. Me sentia como se tivesse sido socada por mais de dez pessoas durante horas, ou atropelada por, no mínimo, cinco caminhões.

Caralh*...
Eu nunca me senti tão quebrada assim.
P*ta que par*u...

Com lentidão e certa sutileza, me coloquei sentada na cama, posicionando o travesseiro logo atrás das minhas costas, proporcionando-me um certo alívio perante tantas dores. Cuidadosamente, olhei ao meu redor, notando alguns aparelhos ligados à mim por meio de fios. Logo de cara, pensei: estou na enfermaria da U.A...de novo

Suspirando pesado, imaginando o quanto fui humilhada ao ser trazida até aqui, deitei a minha cabeça para trás, observando com tédio e desapontamento o teto.

Merda...novamente sou a coitadinha. Que saco! — penso, irritada.

Antes que mais desses pensamentos ridículos tomassem a minha mente, escutei sons de passos lentos, e pesados, se aproximando de onde eu me encontrava. Seguidamente, uma senhora, que já conhecia, apareceu. Estava aparentemente preocupada, mas quando me viu acordada, levou um breve espanto. Porém, não deixou de abrir um sorriso meigo.

Recovery Girl: que bom que está acordada, senhorita Yoshida. Que bom! — comemora aliviada, deixando uma bandeja com alguns remédios e um copo d'água sobre a cômoda.

Emy: nossa...o que rolou comigo, hein? Estou toda quebrada e... ― resmungo, com algumas dores. ― ...dolorida. — reclamo, deixando com dificuldade o travesseiro, antes nas minhas costas, sobre o meu colo.

Recovery: não tente se esforçar tanto, pode fazer mal, Emy. — me alerta e logo entrega-me três comprimidos diferentes que estavam sobre aquela bandeja, além de um copo d'água. — tome. Beba todos esses remédios e depois te direi tudo o que quiser saber, okay? — assegura e eu, a obedecendo, engoli de uma vez todos aqueles compromissos gigantescos.

Assim que tomei a última gota de água presente naquele copo, levando os tais remédios para o lado mais profundo de meu intestino, senti em menos de minutos aquela dor de cabeça latejante e aquelas dores corporais desaparecerem. Abri um sorriso de agradecimento e respirei fundo, aproveitando aquela sensação de bem-estar agradável.

Recovery: como se sente? — pergunta, pegando o copo vazio das minhas mãos.

Emy: como se nunca tivesse me machucado. — afirmo sorridente, transmitindo o mesmo sentimento a Recovery. — e então? A senhora vai me contar o que aconteceu comigo? Para eu acabar assim, toda dolorida? — pergunto interessada e, em seguida, a Recovery solta uma risada baixa, sentando-se em uma cadeira ao meu lado.

Recovery: tudo bem. Eu vou contar, mas primeiro...Emy, você não se lembra de onde estava hoje mais cedo? — me faz outra pergunta e eu, ainda um pouco lerda com as respostas, fiz que não com a cabeça.

Tudo bem. Eu não vou mentir aqui. Eu lembrava sim de algumas coisas, mas não tinha a plena certeza de que tudo o que lembro foi de hoje. Sei lá. Eu me sentia como se tivesse passado por uma crise de perda de memória recente. Eu hein...

Meu Explosivo | 1ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora