Capítulo 6 -parte 3

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  O After

E ele desmaia sobre mim,e caímos juntos no chão do banheiro,e é quando a minha tia chega.
-Tá tudo bem aí?-ela pergunta,chegando ao banheiro.
-Tá sim tia,acabei escorregando e caímos.
-Ai Deus,nunca vi ele desse jeito,ele te contou alguma coisa?
-Não tia,também me pergunto o porquê disso.
Toda essa conversa está rolando comigo e o Bruno espalhados pelo chão,o segurando em meu peito,pois ele está quase dormindo.
-Tia,me ajuda a dar banho no Bruno?
-Claro filho.
E a gente levanta ele e o levamos até o chuveiro.
-Nossa Lucas,que água fria!e ele treme.
E então me abraça,me molhando inteiro.
-Ele tá conseguindo ficar em pé,você termina?
-Sim tia Carla,pode deixar.
E ela sai do quarto.
-Não precisava ter me molhado Bruno.
-É que tá muito frio.-e ele continua tremendo,ofegante.
-Quer saber?Foda-se,já tô molhado mesmo.
E entro em baixo do chuveiro com o Bruno,tirando a camisa e a calça,com a água congelando,sendo que já são 23 horas.
E a água começa a cair sobre o meu corpo,percorrendo em suas áreas mais íntimas,e percebo que Bruno está vidrado olhando pra mim,com os seus olhos devastadores,e me encontro com o olhar dele,ofegante,e tremendo também.
Então ele abaixa um pouco a sua cabeça e encosta a minha,com o olhar desencontrado,para baixo,e o silêncio e a água rolam sobre nós,que depois termina,quando ele segura nos meus pulsos,com parte nas minhas mãos.
Desligo o chuveiro.
-Vamos Bruno,vejo que já está melhor agora.
E dou uma toalha a ele.
-Se seque.
-Tô com mó preguiça,pode fazer isso?
Sim.-e pego a toalha da mão dele.
Começo ao secar e sentir cada milímetro do seu corpo,cada curva,cada marca,cada ponto,alguns pêlos do seu corpo,e me emociono ao ver que o meu Bruno já é um homem,e aconteceu antes que eu percebesse isso,e seco as lágrimas,passando a mão nos olhos.
E saímos do banheiro,finalmente.
-Você precisa trocar a cueca Bruno,tá molhada,eu vou pegar outra.
-Toma,veste.-digo,dando a ele.
E ele tira a cueca molhada,e percebo que ele mesmo estando com o órgão um pouco encolhido da água fria,continua tão estimulante como em qualquer outra situação.
-Na verdade,eu prefiro que você vista.-ele diz,e cada palavra sai em um tom excitante e másculo,e a essa altura,não sei mais o que pensar do Bruno.
Respiro e respondo.
-Tá bom.-com o olhar condizente com a minha respiração e o meu estado tomado por ele.
Com ele sentado na cama,me abaixo e envolvo os seus pés na cueca,e a subo.
-Levanta.-eu falo,quando chega na parte das coxas e do genital.
-Essa parte é mais difícil Bruno,arruma você.-eu digo,sendo que teria que ajustar direitinho e não queria fazer isso,estaria perto demais.
E ele veste,arrumando o saco e o pau,mexendo neles,naquela cueca justa no corpo musculoso dele,e a temperatura do meu corpo sobe,e sinto uma chama de fogo dentro de mim,me consumindo,fervendo,e não sei até quando vou aguentar isso,e se isso vai acontecer um dia.
-Bruno,eu preciso trocar de roupa,posso usar uma roupa sua?
-Não precisa nem perguntar.-ele responde,bocejando,levantando a cabeça pra o teto e passando a mão no olho.
-Tá.
E troco de roupa.
-Bruno,eu vou ter que ir agora,você vai ficar bem né?-digo,o olhando com ternura.
-Fica.-ele diz,pegando na minha mão,com uma fisionomia exausta.
-Dorme comigo?-ele continua,em um tom exaustivo e irresistível, impossível de eu dizer não.
-Tá.-eu respondo,sem pensar duas vezes.
-Vai dormir só de cueca mesmo?-eu pergunto,já nos deitando sobre a cama.
-Na verdade,eu prefiro dormir sem.-ele responde,fazendo confissões,que até então não tinha me contado.
-Você nunca me falou isso,por que só agora?
-Depois que crescemos,não tínhamos dormido juntos ainda,sentia falta disso.-ele responde,de uma forma que jamais imaginei,e o seu ponto final da frase me faz sentir fora de mim e bagunçado.
O Bruno me bagunça inteiro a cada coisa que diz,e se ele não der um jeito nisso ou eu,vou terminar acabado, com as suas declarações cruéis e pontiagudas.
Deitados, um virado pra o outro,passo a mão no cabelo dele,e o olhando digo:
-Isso me faz falta também.-eu falo,afetivamente,fazendo carinho no cabelo dele.
E vejo Bruno mexendo os braços em baixo do lençol,e quando olho,está terminando de tirar a cueca,usando os pés,e a pior,ou melhor parte,não sei,é que estamos enrolados em um mesmo lençol.
-Você prefere mesmo dormir assim?-eu pergunto,ainda virados um pra o outro,e com um calor incendiando o meu corpo.
-Prefiro,muito.-ele diz,com as mãos dentro do lençol e com a voz e respiração embaraçosa.
-Eu tô todo duro aqui,e não sei o porquê disso.-ele diz,dando um leve gemido,e com o olhar perdido, que colide com o meu depois.
Eu também estava duro,mas não quis contar a ele.
-Você quer ver?-ele pergunta profundamente.
E o olho da mesma forma e respondo de uma forma orgástica.
-Quero.
Logo,Bruno pega a minha mão,e a leva até o pau dele,deslizando sobre o mesmo,e consigo sentir como tá duro e quente ao agarrá-lo,e como é grosso também.
Bruno geme.
-Grande né?-ele esboça,delirando ao gemer.
-Acho que sim.-eu falo,também delirando,com o meu pau todo duro.
Estamos todos levados pela merda do álcool,e Bruno ainda mais.
-Dorme Bruno,você tá precisando,faz isso?-o digo,não deixei o tesão tomar conta,e o cuidado maior que tenho por ele desmorona sobre mim como uma avalanche.
-Tá,mas você vai ficar aqui também né?
-Sim,eu já te falei que sim.
-Tá-ele responde,quase dormindo,com os olhos fechando.
-Vem aqui.-ele diz,e me abraça,me puxando para o peito quente dele.
E com o braço forte e musculoso dele sobre mim,pegamos no sono,dado que sem roupa ou com toda roupa do mundo,sempre seremos irmãos,e nada vai tirar isso da gente.
E a gente dorme.

Minha mãe e a do Bruno,quando entram no quarto depois que caímos no sono:

-Igual quando eram crianças né?-minha mãe fala.
-Sim,iguaizinhos,o tempo passa e nada mudou.-a tia Carla responde.
-Eles são lindos juntos,você acha que o Bruno sente atração por meninos também?-a minha mãe pergunta.
-Não sei,ele não me falou nada até hoje.-a tia Carla responde,sendo que as duas estão paradas em frente a porta do quarto,olhando-nos dormir.
-É melhor o amor que eles tem não evoluir pra algo maior,visto que ainda não contamos algo que vai mexer muito com a vida deles,e infelizmente já está chegando a hora,estão se tornando adultos,e de qualquer forma,tendo contado antes ou contar agora vai ser muito difícil.
-Sim,e o que não falei a você é que hoje,antes de virmos pra aqui,o meu filho me falou que gosta do Bruno,declarou isso pra mim,emocionado,e se as coisas continuarem a andar assim,vou ter que contar ao meu filho,e não quero, e seria a última pessoa a querer machucar o coração dele,farei tudo o que puder pra não fazer isso.
-Faremos,e se o que o Bruno sente pelo Lucas evoluir pra uma forma maior também,iremos ser calmas e conduzir isso da melhor forma.
-Sim,iremos zelar por eles e torcer pra o melhor.

Desculpinha o sumiço,voltei.

O meu melhor amigo héteroOnde histórias criam vida. Descubra agora