Capítulo 3

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Adolescência

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Nove anos se passaram, e Bruno e eu estávamos com dezesseis anos, próximos a fazer dezessete, eu e ele, já que Bruno só nasceu a exato três meses antes de mim.

O aniversário do Bruno havia chegado, é amanhã, questionavelmente no primeiro dia de volta às aulas, íamos cursar o último ano do ensino médio, rumo a faculdade, Bruno queria ser policial, vai saber o porquê.. e sim eu sei, ele me falou que a postura e o fardamento vai fazer dele um homem mais demolidor, no sentido erótico, e não discordei disso. Já eu estou em dúvida entre veterinário e psicologia, cuidar de seres é o meu foco.

Tinha a missão de comprar algo pra o Bruno, e especialmente não tinha dúvidas do que comprar. Irei comprar um kit de cuecas de uma marca que o Bruno gosta, ele me falou isso, e só de pensar no Bruno vestido em uma delas, me arrepia até o último nervo.

Bruno não chegou a me dizer, mas tenho a impressão que ele adora deixar o seu pau "confortável", o marcando em seus shorts de jogadores de futebol, curtos e justos, e mostrando o início da cueca, a parte inicial onde ficam o nome das marcas, e por vezes logo acima, uma trilha provocante e hormonal de pêlos, que levam a beira da loucura.

Ele vive sem camisa, e ainda vou pergunta-lo se em alguns momentos há algo a mais por dentro do short, além do seu pau, pois o que dá pra ver é que não há cueca, só o short, ou o pau do Bruno é tão volumoso que isso não interfere..

Meu Bruninho, se você soubesse o quão o meu pau lateja, e o meu ânus pisca, você não me submeteria a dois porcento disso.

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É amanhã o aniversário dele, vou até uma loja e compro as cuecas que ele gosta, deixando boa parte do meu dinheiro lá, pois são caras, cuecas box pra ser mais específico.

Bruno havia começado a malhar a quase uns três anos, seu corpo desenvolveu uma forma pecaminosa e impiedosa, cada linha dos caminhos do corpo dele eram frágeis igual álcool, se chegasse muito perto entrava em chamas, viciantemente preenchidas e demarcadas de tesão e fogo, muito fogo.

O corpo do Bruno se tornou um pecado, um temível e irresistível pecado, ao qual queria correr o total risco de cometê-lo, cometer e passar o resto de toda a minha existência cometendo, e pagar por ele, pagar, isso sim seria a melhor parte, ser castigada por ele.

Ele já tinha um corpo estremecedor antes, porém agora se tornou culminante, ultrapassou as configurações de um legítimo e tempestuoso deus grego.

Bruno, seu corpo é a verdadeira personificação de um pecado.

Alto, com os olhos escuros e perturbadores, o cabelo também escuro, era castanho quando o Bruno nasceu, e foi escurecendo, liso e com umas ondulações no final, e um rosto, aaaaah.. o seu rosto, um rosto que foge de tudo o que você já tenha visto em outros caras, porque não há definição, definições terrenas e palavras humanas não conseguem explicar.

Me ouso a dizer que constelações chegam perto do seu brilho, da sua inefável, cruel, e cardíaca beleza mortal, do seu brilho incalculável.

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O meu melhor amigo héteroOnde histórias criam vida. Descubra agora