Capítulo 7

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"Você é mais que o meu irmão, você é a metade de mim."

Acordo,e vejo que Bruno ainda está dormindo.
-Bruno,acorda,a gente precisa ir a aula. -e fico sacudindo ele com a mão de leve, no ombro.
E ele com a aparência destruída, de cansaço, passa a mão nos olhos e pergunta, em tom preguiçoso e bagunçado:
-Que horas são? E por que eu tô sem roupa?
-Você me confessou que prefere dormir assim, até isso esqueceu?
-Não lembro de muita coisa. -ele responde, meio angustiado.
-Eu prefiro dormir assim mesmo, nem sei o que estou falando por certo.
E o assinto, com o olhar e o silêncio.
-Nossa, que dor de cabeça! ele exprime.
-Você bebeu muito ontem, nem teve festa de fato, e ficamos sem entender o porquê, você quer me contar? -eu termino, o apoiando, querendo saber.
-Outra hora eu te conto, minha cabeça tá doendo muito. -ele responde, se desvencilhando.
-Tá bom.
-Pego o meu celular e já são seis e meia, temos uma hora pra poder chegarmos até a escola.
-Bruno, senão nos apressarmos, não vamos conseguir chegar a tempo, já são seis e meia. -eu digo, tentando o despertar.
E ele levanta, tirando o cobertor, e mostrando suas mortais marcas que formam a sua criação dos deuses e dos céus, que é a sua irreal bunda, coisa de outro mundo.
-Vou ir tomar banho. -ele diz, com uma das mãos na cabeça, e claro, totalmente sem roupa.
Ver o Bruno daquele jeito fazia eu me sentir vivo, como se estivesse delirando em um dos melhores e inimagináveis sonhos e fantasias, me sentia mais que vivo, sentia a carne pulsar.
E eu respondo:
-Tá, eu tô indo pra casa, a gente se vê.
-Beleza. -ele responde, indo em direção ao banheiro.
Desço as escadas e encontro com a minha tia.
-Bom dia meu amor, como o Bruno acordou? -ela pergunta.
-Com muita dor de cabeça, mas é normal né? -eu falo
E ela expira e responde:
-Espero que não aconteça de novo, teve algum motvo pra ele beber tanto?
-Sim tia, ele me falou que depois ia me contar. -eu respondo a ela, cuidadosamente.
E ela assente.
-Tá bem, então, se ele não me contar e contar a você, você me conta depois? -ela pergunta, preocupada, e com razão.
Então, reflito.
-Tá bem tia, agora eu preciso ir, senão não vai dar tempo eu ir pra a aula.
-O Bruno ficou tomando banho.
-Tá meu amor, senão você vai se atrasar pra a aula. -ela diz, carinhosamente e compassivamente,me abraçando.
-Tchau tia. -eu digo, e vou embora.
Cheguei a escola, dessa vez sozinho, o meu pai me levou dessa vez, e logo encontro as minhas amigas.
-Oi,o que houve com o Bruno ontem? -Carine pergunta.
-Nem eu sei, anda acontecendo coisas diferentes entre eu e ele, mas, não sei o porquê.
E continuo.
-Ele falou que depois me contava, e espero veneramente que sim.
E as meninas me interrompem, me imterrogando.
-Mas que coisas? -elas perguntam, entusiasmadas.
-Depois conto a vocês, não sei se é o momento. -eu digo, pensativo, sobre o meu Bruninho.
-Tá certo então, esperamos. -elas dizem, rindo.
-Estranho né? Ele nunca bebeu daquele jeito. -questiona Brenda.
-Sim, mas depois irei saber o porquê, e falo a vocês.
E repentinamente,as meninas ficam paralizadas, imóveis e fixadas olhando pra algo.
-É melhor você não olhar. -diz Carine pra mim, aparentemente aflita, e de repente.
-O quê? -eu perguntei.
-É melhor mesmo. -complementa Brenda, ficando visivelmente cabisbaixa.
E quando olho, é o Bruno e a tal da garota nova, chegando à escola, de mãos dadas.
E na hora, sinto um arrepio, e toda a minha medula espinhal congelar, e ao lado deles está Carter, o irmão daquela cavala.
E chegam até nós.
-Oi gente. -O Bruno cumprimenta, todo animadinho, e depois a garota e Carter.
O olho furiosamente, e viro as costas, saio, sem responder absolutamente nada, e vou andando.
-O que houve com ele? -Bruno pergunta as minhas amigas, e elas respondem:
-Fala com ele depois, quem sabe ele te responda! -Carine responde, com o seu jeitão marrento.
-Vamos amiga, e ela puxa Brenda.
E conseguem me acompanhar, me achando, em direção a sala de aula.
E quando chega, Brenda pergunta:
-Lucas, vai agir assim até quando? -ela pergunta, severamente.
E eu respondo:
-Até quando ele parar de aparecer na minha frente daquele jeito. -eu respondo, magoado.
-Eu não vou aguentar, cada parte dele sempre foi minha, mesmo como irmãos, não vou suportar ver ele com outra garota, tocando a pele dele, o possuindo, seja essa ou qual for.
-Entendemos. -elas respondem, refletindo com a respiração, puxando o ar dos pulmões, e respondem:
-Vamos pra aula? -Brenda diz.
-Vamo nessa. -eu respondo, e agarro as duas, envolvendo um braço em cada, pelo pescoço.

O meu melhor amigo héteroOnde histórias criam vida. Descubra agora