Capítulo 18

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Ooopss, são os seus pais.. -digo, quando ouvimos o barulho do carro chegando.

E agora? Minha roupa tá toda molhada? -eu questiono ao Bruno.

-Você veste uma minha, relaxa. -e ele me abraça, me confortando.

-Primeiro vamos nos lavar né? É melhor.

E nos lavamos rapidamente e saímos do box, Bruno sai primeiro enquanto me seco.

-Vem Lucas, não é pra tanto, não precisa ficar com algum tipo de medo. -Bruno diz, sendo sincero.

Saio do box.

-Não tou, só estou imaginando o que os seus pais vão pensar mesmo, se a reação vai ser igual a dos meus, de não quererem. -falo desanimado, pensando alto e com o olhar pensativo.

E nos vestimos, e descemos as escadas.

-Oii Lucas meu querido, você está aqui! -minha tia fala com surpresa ao me abraçar, largando as sacolas na mesa.

Sorrio, com o cabelo molhado e despenteado.

-Finalmente está de volta. -o meu tio Ben fala, me atirando um olhar e um sorriso de canto.

-Dessa vez é pra sempre, não vai acontecer mais. -digo resplandecente.

-Não mesmo. -e Bruno me abraça, passando o braço até o meu ombro, o abraço de volta.

-Iiiiiih, os dois voltaram mesmo.. -o meu tio brinca.

-Fico feliz que voltaram a se falar. -a mãe do Bruno diz.

-Não só voltamos a nos falar mãe, eu tenho uma coisa pra falar a vocês. -Bruno começa a falar, e tremo por dentro, o olhando sutilmente e depois desviando olhar para o chão que tenta ir aos pais dele, e com a respiração acelerada, fica tudo bagunçado.

-O que é filho? -a tia Carla pergunta, sem imaginar o que é.

-Eu e o Lucas.. -e acho que o meu coração vai parar e vou desmaiar.

-A gente tá namorando. -e Bruno termina de falar e vejo que não desmaiei com a bagunça que estava havendo em cada pedaço de mim, porém houve destroços que não pude conter.

Tiro o braço dele delicadamente de cima do meu ombro e pronuncio a única coisa que consigo tirar pra fora:

-Desculpa Bruno, eu não consigo. -digo a ele e o olho no final da frase, e saio correndo de lá, com o coração disparado, minha alma querendo sair do meu corpo, e tensão que se manifesta em suor e pele estarrecida, abrindo a porta rapidamente e sumindo em meio ao feixe de luz do sol que surge no momento em que desesperadamente abro a porta, e saio de lá, me faltando o ar e não conseguindo escutar mais nada, perco a capacidade de ouvir qualquer coisa, minha atenção se esvaiu, e a ansiedade me dominou; ela, como sempre ela, e a aflição, inegavelmente ela.

O meu melhor amigo héteroOnde histórias criam vida. Descubra agora