3° capítulo - Sócias

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Já faz umas 2 horas que fomos trancadas nas celas, está tudo calado, só escuto o barulho de policiais andando de um lado para o outro.

-Puta que pariu, não vão soltar a gente não? - Camilla bufa.

-Daqui a pouco eles soltam a gente. Com certeza vão revirar todas as celas e começar a investigação. - Cleo diz.

-E as câmeras de segurança? - Pergunto olhando para Cleo.

-Para de ser burra, garota. Você acha mesmo que quem quer que tenha matado a Lenye, não planejou tudo isso? Principalmente se a pessoa for a Billie. - Camilla diz enfurecida.

Abaixo minha cabeça e suspiro, odeio essa Camilla.

Depois de umas 4 horas trancadas, finalmente abrem as celas, me levanto junto com as outras e vou até a porta da cela. Vejo todas curiosas para saber como tudo aconteceu, mas também parecem estar com um pouco de medo.

-Mataram ela enforcada lá na lavanderia! - Uma detenta grita no andar de baixo.

O silêncio se estende por todo o presídio.

-Caralho, foi a Billie mesmo! - Camilla diz baixo.

Mas por que a Billie me perguntou onde estava a Lenye? Ela me fez ter provas de que, provavelmente, ela iria fazer algo. Paro de pensar quando vejo Billie voltando do banho com os cabelos molhados e a toalha no ombro. Todas abrem caminho para que ela passe, ela entra em sua cela.

-Essa filha da puta, ela vai ver o que eu vou fazer com ela. - Cleo diz enfurecida.

-Nem se atreva a mexer com a Billie, vadia. Você só pode está ficando louca! - Camilla diz baixo e segurando o braço de Cleo.

-Calma, Cleo, não faça nada que pode te prejudicar. Com certeza vão punir a Billie. - Digo olhando para Cleo e segurando sua mão.

Cleo me olha triste e com água nos olhos, logo em seguida ela me abraça. Entro novamente na cela com Cleo, ela se deita e escuto seus soluços. Lenye era alguém muito importante para Cleo, isso ficou claro.

-Meddylin, por favor, vá até a sala da diretora. - A mesma guarda que me trouxe, me avisa e sai.

Caminho até a sala da diretora, não tem ninguém pelos corredores.
Bato na porta e a mesma é aberta.

-Meddylin Bukater, certo?

-Sim!

-Ok, sente-se! - A diretora faz um gesto para que eu me sentasse.

-Preciso que você me passe o número de algum familiar seu. Até agora não informamos ninguém de que você está aqui.

Passo o número da minha mãe, do meu pai e do meu irmão.

-Posso fazer uma ligação e eu mesma dizer que estou aqui? - Pergunto.

-Sim, pode.

A diretora me entrega um cartão de ligação.

-Você só pode fazer 3 ligações por dia.

-Ok, muito obrigada, senhora diretora!

-Ah, me chame de Bárbara. - Ela diz com um sorriso no rosto.

-Então, obrigada Bárbara! - Digo retribuindo o sorriso, me levantando e saindo.

Vou até os telefones para fazer a ligação e lá está Billie. Paro assim que á vejo e penso se deveria ou não, fazer essa ligação agora. Mas contudo, vou até o telefone ao lado.
Billie me olha, está de lado, ficando bem em minha frente.
Coloco o cartão para fazer a ligação e em nenhum momento Billie tira os olhos de mim. Ela está falando em russo com alguém do outro lado da ligação.

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