Violet dá um tapa forte em meu rosto, sinto queimar e volto a olhá-la.
-É isso? - Solto uma risada. - Isso foi a coisa mais fofa que fizeram por mim hoje.
Ela solta uma leve risada e leva suas mãos ao meu cabelo, ela puxa com força e me empurra para o chão. Me levanto com um pouco de dificuldade pelas dores que sentia e dou alguns passos até ela, encaro seu rosto, seus olhos castanhos, lábios finos, nariz pequeno e seu cabelo curto quase raspado.
-Por que não está fazendo nada comigo? - Pergunto.
-Porque preciso de tempo... - Ela sorri. - Minhas garotas foram atrás da sua namoradinha.
Rapidamente mudo minha expressão e caminho rápido até a porta, porém sou impedida por Violet.
-Calma! - Ela solta uma risada. - Pensei que você queria um tempo sozinha comigo.
-Sai da frente, porra! - Ordeno.
Pego no braço de Violet e tento tirá-la do meu caminho, arranho seu braço com minhas unhas e ela me empurra para trás.
-Você... - Violet começa a dizer algo, mas para no momento em que me ver puxando a arma.
-Sai! - Ordeno com a arma apontada para seu peito.
-Você não é tão burra quanto eu pensei que era. - Ela diz olhando para a arma.
-E você não é nada inteligente. - Solto uma leve risada. - Pensei que saberia que eu sou sim uma ameaça.
Violet me encara e eu continuo apontando a arma.
-Nada me impede de te matar. - Digo.
-Se você me matar vai ser pior. - Ela sorri. - Tomas não iria gostar.
-Tomas? - Franzo o cenho. - O que tomas tem nisso tudo?
-Abaixa a porra da arma! - Ela ordena.
-Me responde! - Digo aumentando o tom de voz.
Não posso matá-la sem antes saber o envolvimento dela com Tomas, afinal, minha liberdade está nas mãos dele.
-Me mata. - Ela grita. - Vai, atira!
Começo a ficar nervosa com a situação, corto o contato visual com ela e respiro fundo. Violet avança para cima de mim, me esquivo dela e bato com a arma em sua cabeça, ela leva sua mão até o local e cai no chão.
-Você vai ficar quietinha aqui. - Digo indo até ela e apontando a arma para sua perna. - Acho que preciso de você agora.
Disparo um tiro em sua coxa, ela solta um grito de dor e se encolhe no chão. Me agacho e revisto ela, acho uma chave em seu bolso.
-Eu vou te matar, vadia! - Violet diz com dor.
-Chances você teve. - Digo me levantando e caminhando até a porta.
Abro a porta e saio, procuro por Luanna enquanto caminho até o pátio. Finalmente, avisto Luanna, ela me vê e anda rápido em minha direção.
-As detentas de Violet foram atrás de Billie. - Ela diz ofegante.
-Eu sei. - Pego em seu ombro. - Violet está no banheiro, não a deixe sair de lá.
-O que? Como assim? - Ela questiona.
-Por favor, não deixe ela sair de lá. - Digo novamente.
Luanna concorda com a cabeça e corre até o banheiro. Olho em volta e vejo várias coisas no meio do pátio, as detentas estavam juntando tudo o que podiam ali no meio, a prisão estava um caos. Rapidamente foco no meu objetivo e corro a caminho da solitária, Billie com certeza estava lá. Paro no caminho ao tentar abrir uma porta de grade que me impedia de finalmente chegar nas salas da solitária, pego a chave que achei com Violet e tento abrir a porta, suspiro de alívio ao abri-la. Chego nas salas da solitária, vou para a que eu estava, a porta estava fechada, tento abrir mas falho, pego minha arma e atiro na fechadura da porta, isso foi o suficiente para eu conseguir abri-la, pois não estava totalmente trancada.
-Puta que pariu! - Escuto alguém assustar com o barulho do tiro e a porta ser aberta.
Entro rápido e encaro a situação, 4 detentas estavam na sala, todas de Violet. Aponto a arma na direção delas, não demonstram medo.
-Acabei de atirar na líder de vocês, então não me desafiem. - Digo revesando meu olhar entre elas. - Saiam daqui, agora!
Elas se olham e concordam com a cabeça, uma segue a outra em direção a porta, abro espaço para que passem e continuo com a arma apontada na direção delas.
-Porra! - Resmungo ao olhar para onde as detentas estavam e ver Billie encolhida no chão e sangrando.
Vou até ela e pego em seu braço, faço ela virar para mim, ela mantinha suas mãos no rosto.
-Você precisa levantar. - Digo tirando as mãos dela do rosto.
Ela me olha, seu rosto estava todo machucado, saia sangue de seu nariz e boca. Tiro alguns fios de cabelo grudados no sangue de seu rosto e seguro sua cabeça.
-Você está bem? - Ela pergunta com dificuldade e fazendo expressão de dor.
-Estou. - Respondo concordando com a cabeça. - Tenta se levantar para deitar na cama.
Coloco uma das mãos de Billie no meu ombro e seguro a outra mão para que ela se apoie, com cuidado, ergo seu corpo para dar impulso para ela se levantar.
-Espera! - Ela diz entre dor enquanto tentava se manter de pé.
Espero uns segundos até ver que ela estava pronta para continuar. Billie dá pequenos passos em direção a cama, seguro ela para que ela não caia. Finalmente, ela se senta devagar na cama e respira sentindo seu corpo dolorido.
-Obrigada. - Ela agradece sem me olhar.
-Eu mesma queria ter feito isso com você, então não agradeça. - Digo parada em sua frente.
Escuto uma risada baixa vindo dela, ela leva uma de suas mãos até a barriga e mantém a cabeça baixa.
-Você precisa ir até a enfermaria. - Estendo minha mão para ela. - Vem, eu te ajudo chegar lá.
Ela olha para minha mão e pega, porém não se levanta.
-Fica aqui comigo. - Ela diz baixo.
-Você sabe o que está acontecendo na prisão, não dá para ficarmos aqui, olha seu estado! - Digo.
-Por favor, Meddilyn! - Ela insiste.
Suspiro e me sento ao seu lado, ela ainda segurava minha mão.
-Tomas virá hoje. - Billie diz depois de uns minutos calada.
-Você não deve confiar nele. - Digo.
-O que? - Billie vira seu rosto para meu lado e me olha. - Como assim?
-Violet disse algo sobre ele, deu a entender que os dois estão trabalhando juntos. - Respondo.
-Não... - Ela desvia o olhar. - Isso é impossível.
-Não achou estranho essa grande ajuda? Estou com você tempo o suficiente para saber que nenhuma ajuda é de graça. - Digo.
-Por que ele me trairia? - Ela me pergunta.
-Se coloca no lugar dele e veja tudo o que você teria a oferecer para alguém como ele. - Respondo.
Billie fica calada, seu toque em minha mão fica mais forte e ela pareceria pensativa sobre tudo.
-Preciso de um remédio para acabar com essas dores. - Ela diz me olhando.
-Então vamos. - Me levanto e puxo sua mão com cuidado.
-Temos muitas coisas em jogo, vamos perder tudo se não agirmos. - Ela diz se levantando.
Nos encaramos por alguns segundos, vou para o seu lado e ela passa o braço por meus ombros, coloco minha mão em sua cintura para segurá-la e vamos a caminho da enfermaria.
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Desculpem a demora, estou com uns problemas de saúde e não consigo me concentrar para escrever. Prometo que vou tentar voltar com frequência :(
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double chase
AcciónMeddylin Bukater cometeu um crime e agora está condenada por onze anos de prisão. Ela terá que conviver em um ambiente hostil e enfrentará tudo que uma prisão tem a oferecer. Mas tudo o que ela pensa desde que foi condenada é, como irar conseguir sa...