22° capítulo - Perseguição

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Estamos na estrada por uns 15 minutos, já estávamos longe da boate mas não estamos seguras, na verdade, não sei se terá algum lugar seguro. Por aqui é tudo mata, a cidade estava longe e levaremos muito tempo até chegarmos.

-O que vocês estavam fazendo naquela boate? É um lugar isolado, não deveriam ir. - O motorista diz olhando pelo retrovisor.

-Umas amigas trouxeram a gente, não sabíamos onde era. - Billie diz.

-Já ligaram para a polícia?

-Sim, mas o senhor sabe como é, sempre demoram muito. - Billie diz em tom de indignação.

-Onde querem parar? - O motorista pergunta.

-No ponto de ônibus mais perto, por favor. - Billie diz serena.

- Não quero dinheiro de vocês, só uma coisinha... - O homem solta uma risada baixa. - Bom, eu ajudo vocês e vocês me ajudam.

-Sem problemas! - Billie fala depois se alguns segundos processando o que o homem quis dizer.

Olho para Billie quando a vejo ter dificuldade com algo, ela tinha suas mãos no cinto de sua bermuda, tentava tirá-lo sem fazer barulho. Ela me olha e se inclina para frente, finalmente conseguindo tirar o cinto, com isso, percebo que ela queria matar o homem em sua frente.

-Pula para o banco da frente. - Billie sussura.

Rapidamente, Billie passa o cinto em volta do pescoço do motorista e começa a apertar.

-Não solta a porra do volante! - Billie ordena ao homem.

Pulo para o banco da frente sem nenhuma dificuldade, vejo que o homem já estava sem forças e pulo para cima dele, sentando em seu colo para conseguir dirigir.

-Acaba logo com isso, caralho! - Digo sem paciência.

Billie aperta o cinto contra o pescoço do homem cada vez mais forte até ele morrer.

-Encosta o carro! - Billie diz colocando seu cinto de volta.

-Eu estou procurando por um lugar.

Finalmente, acho um lugar onde poderia parar o carro e assim faço, tiro o carro da estrada e encosto perto de umas árvores não tão longe da rua.

-Me ajuda a colocar ele no porta-malas. - Billie diz abrindo a porta do carro e saindo.

Desço do colo do morto e vou até Billie, impeço ela de me ignorar.

-O que foi, Meddilyn? - Diz revirando os olhos.

-Para onde iremos? E as pessoas que deixamos? - Pergunto.

-O que você quer que eu faça? Estamos fugindo da polícia, eu não posso ligar para ninguém, seríamos rastreadas! - Billie diz furiosa.

-É sério isso? A Billie Eilish que eu conheço estaria procurando uma forma de não deixar os nossos morrerem e nem serem presos.

-Você não me conhece! - Billie diz me empurrando contra o carro e parando em minha frente. - Estamos sozinhas, entende? Acabou!

-Acabou? É isso que você me diz depois de planejar um plano do caralho para se vingar de meu pai? - Digo desencostando do carro e chegando mais perto de Billie. - Vamos nos preparar e vamos procurar pelos que ainda estão vivos, iremos nos juntar e fazer o que queremos, a porra da vingança!

Billie me olhava nos olhos, sua feição estava seria e sua respiração pesada.

-Isso não é um jogo, não é como se pudéssemos voltar e salvar todos. Eu preciso de você e você precisa de mim, não irei arriscar sua vida porque isso também me colocaria em perigo. - Billie chega mais perto. - Eu irei achar uma forma de concertar tudo isso, não me diga o que fazer, eu não te dei essa liberdade!

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