4.

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Noah Urrea

Uma hora depois eu estava de volta ao grande salão do andar de baixo. Eram 23:40h e ainda havia muitos homens com mulheres dançando e se acariciando. Tanya parecia um pouco preocupada quando veio ao meu encontro, perto do bar.

- Noah, querido! Estive te procurando! Então, como foi?

- Não se preocupe, Tanya. Sua novata é muito boa.

Vi uma expressão de alívio inconfundível em seu rosto.

- Ah, é o que dizem. Fico feliz que tenha ficado satisfeito.

- Bom, acho melhor ir pra casa. Amanhã acordo cedo.

- Não quer experimentar outras? Ainda está tão cedo!

- Não essa noite, Tanya. Amanhã eu volto.

Despedi-me dela e fui embora. Entrei no Volvo rumo à minha casa, enquanto dirigia um pouco distraído. Afinal, eu havia tido o que queria. Tirei um atraso considerável com a mais nova garota da Casa, e ela era boa. Muito boa com a boca, principalmente.

O que eu não esperava era conseguir gozar cinco vezes em uma hora. É claro que eu deveria atribuir esse fato ao meu atraso, mas eu já tinha passado por isso antes. E nunca, NUNCA tive tantos orgasmos em uma única hora.
A garota era mesmo boa.

Lembrei-me então dos hematomas espalhados por seu corpo. Aquilo explicava sua maneira de se vestir, que não deixava à mostra quase parte alguma dela. De fato, ela era muito clara. Devia ser fácil criar manchas em sua pele, ainda mais porque Sina parecia ser incrivelmente macia e delicada. E ela era macia. Muito macia. E perfumada. Um perfume diferente, mais suave que os das demais garotas. Lembrava amêndoas, o que, num misto de loucura e confusão de sentidos, combinava perfeitamente com seus olhos verdes azulados.
Tudo combinava estranhamente naquela garota, e a combinação dava água na boca.

Chegando em casa, tomei um banho prolongado e fui me deitar. Lembrei-me dos acontecimentos da noite. De como foi bom ter um corpo novo para explorar, e de como aquele corpo havia me dado prazer. Lembrei-me de como Sina era realmente clara, de suas sardas no peito e no rosto que a faziam ter um ar de inocência e graciosidade. De como os hematomas me assustaram quando os vi em toda a extensão dela, contrastando fortemente com o fato de todas as cores dela estarem entre o bege e o rosa claro.

Linda. Uma puta linda. Embora eu não tivesse notado isso ao primeiro olhar, depois constatei que a beleza dela aumentava com o nível de intimidade que nós compartilhávamos.

Sorri ao lembrar de sua arrogância dizendo que ela me deixaria satisfeito, e que não aceitaria sexo anal. Sorri porque ela era teimosa, como nenhuma das outras eram. Todas eram submissas e estavam sempre sorrindo quando eu pedia algo grosseiro. Assentiam e faziam, sem contestar. Ela, no entanto, ditava suas próprias regras.

- Uma gatinha braba. - Falei baixo comigo mesmo. E já estava pensando em como seria a próxima noite.

E pensando na próxima noite, adormeci.

...

O dia passou como os outros: Sem objetivos, sem ânimo, sem distrações. Cuidei dos negócios como me cabia cuidar, dando ordens e assinando papéis. Foram doze horas de puro ócio e vazio, até o relógio marcar 20h e eu sair da empresa deixando alguns papéis ainda por assinar.

Dei partida no Volvo e fui direto para a Casa de Tanya, onde mais uma noite me esperava.

- Tive medo que você fosse desaparecer por mais três semanas. - Tanya veio me recepcionar assim que entrei no lugar.

Como na noite anterior, a iluminação fraca e a decoração em madeira davam ao ambiente o mistério e o calor que eu buscava.

- Tenho que quitar o prejuízo que lhe dei durante esse tempo, não é? - Sorri, pegando minha dose de whisky que acabara de pedir no bar.

𝗗𝗲 𝗥𝗲𝗽𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗔𝗺𝗼𝗿 | 𝗻𝗼𝗮𝗿𝘁.Onde histórias criam vida. Descubra agora