#4 - Chance

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CARLA

Chego em casa eufórica, quando eu e o Arthur entramos na minha casa minha mãe está sentada no sofá com o Chaplin no colo.

Carla: bebê! - minha mãe me entrega ele - onde você tava meu amor? Hein? - ele late e me lambe - você deu um susto na mamãe - cheiro ele.

O Arthur se aproxima e o Chaplin praticamente se joga nele.

Arthur: oi garoto! Não faz mais isso com a gente não - ele lambe o Arthur e balança o rabindo, empolgado por estar com ele.

Carla: onde ele tava?
Mara: na vizinha - minha mãe ri
Carla: como assim?

Mara: ontem, quando você saiu ele saiu junto e você não viu, a vizinha falou que chegou em casa e ele tava deitado na sua porta, ela te chamou mas como você não tava em casa, ela levou o Chaplin pra lá. Ela saiu a noite e não viu quando você chegou, quando ela chegou ja era muito tarde, hoje pela manhã quando ela bateu aqui, nós ja tínhamos saído pra procurar ele, e como ela ja tava atrasada pro trabalho foi trabalhar e nem viu a repercussão nas redes sociais, ela é advogada e estava em audiência. Quando ela chegou em casa, veio aqui de novo, e ai eu estava aqui e ela me contou tudo. Ela tentou te ligar, mas só tem seu número antigo.
Carla: meu Deus! - não sei se rio ou se me sinto culpada - como eu não te vi sair? - falo pegando ele no colo
Mara: você devia ta muito apressada ou algo assim - ela faz carinho no Chaplin

Carla: na verdade, eu tava com a cabeça voando por causa de uma mensagem que eu recebi - olho pro Arthur e sorrio de canto - mas enfim, meu bebê ta bem! - falo cheirando e beijando o Chaplin
Mara: tudo ficou bem no final - ela sorri - e sendo assim, eu vou voltar para as minhas atividades, to cheia de contrato seu pra ler, minha filha, mais tarde te ligo - ela me abraça
Carla: ta certo mãe, obrigada, te amo - retribuo o abraço

Mara: tchau Arthur - ela o cumprimenta - obrigada por toda ajuda
Arthur: que isso, dona Mara. To aqui pra isso.
Mara: tchau meus queridos - ela se despede

Arthur: a sua mãe não sabe que você terminou comigo? - ele diz assim que ela fecha a porta - Ela ta agindo normal
Carla: ela sabe, mas não botou fé - respondo olhando pro Chaplin - Obrigada por ter me ajudado com ele, Arthú - mudo logo de assunto
Arthur: não há de que - ele sorri e eu me desmancho - bom, acho que eu ja vou - apenas assinto - tchau
Carla: tchau - sorrio

Ele começa a caminhar em direção a porta, mas antes de abri-la ele para e se volta pra mim.

Arthur: você sabe que eu não vou desistir de conversar com você ne?
Carla: Arthú
Arthur: sem essa, eu vou insistir até você me dar uma chance de pelo menos conversar
Carla: ta, tudo bem, agora eu preciso ir trabalhar, tenho uma reunião na stage, mas a noite vou na sua casa. Te prometo.
Arthur: pois te espero. Que horas você vai?
Carla: ás 20h.
Arthur: fechou - ele sorri, me lança um beijo no ar e vai embora.

E eu fico com o coração batendo enlouquecido, com as pernas bambas e sem convicção nenhuma das minhas últimas decisões.

O dia passa voando depois disso, emendo uma reunião na outra e chego em casa pouco mais das 18h, vou tomar um banho e me preparar pra ir na casa do Arthur. Confesso que não sei no que essa conversa vai dar, não sei nem o que eu espero disso tudo. Independente do que ele diga, a minha prioridade sou eu agora.

Confesso que o fato de ele ter vindo aqui pra me ajudar com o Chaplin mexeu muito comigo, e mais ainda por ele não ter se aproveitado da situação pra me fazer falar sobre a gente, ele só voltou a isso quando o Chaplin ja estava nos meus braços de novo e seguro. E por tudo que vivemos, merecemos uma conversa decente antes de por fim de vez na nossa história.

Quando estou terminando a make, recebo uma mensagem dele, uma foto de uma mesa cheia de sushi com a legenda "esperando a minha princesa" , não posso evitar o sorriso bobo no meu rosto. Tiro uma selfie e mando pra ele com a legenda "saindo de casa".

Quando chego a portaria do seu condomínio a minha entrada ja está liberada, o nervosismo que eu tava quando saí de casa, não é nada comparado ao que eu sinto agora. Deus me ajude e me dê força nessa conversa. Respiro fundo e termino de chegar.

Quando bato a sua porta ele abre em segundos, está lindo, cheiroso, gostoso, e minha vontade é me jogar nos braços dele, mas não o faço.

Arthur: oi - ele diz me dando passagem
Carla: oie - digo entrando no apartamento

Ele me abraça e deixa um beijo no meu pescoço

Arthur: cheirosa
Carla: você - digo com o nariz em seu pescoço

Ele me conduz ate a mesa posta, e puxa a cadeira para que eu me sente.

Carla: sushi ne garoto, golpe baixo - digo em tom de brincadeira
Arthur: cada um usa as armas que tem, dona Carla - ele diz sorrindo

Jantamos juntos em um clima leve e descontraído. Quase esqueço que estamos prestes a ter uma conversa decisiva aqui.

Quando terminamos de comer, ele pega um vinho e me chama pra sala para que possamos conversar. Eu o acompanho, sento no sofá e ele diz que vai buscar as taças pra gente, quando ele levanta seu celular toca, ele atende no viva-voz, deixando o celular em cima da mesa em que jantamos, pois suas mãos estão ocupadas procurando as taças.

Ouço a conversa, pois é impossível não ouvir.

~ Ligação on ~

Marcos: Arthur? - é o seu acessor
Arthur: fala Marcão!
Marcos: proposta irrecusável meu querido
Arthur: fala ai chefe
Marcos: descolei pra você presença vip advinha onde? - um arrepio percorre minha espinha, nada mudou.

Arthur: onde? - ele vai, claro que ele vai, ele vai e vai sair em site de fofoca e eu vou ficar mais angustiada do que ja estou
Marcos: show do Thiaguinho meu amigo! - ele nunca vai deixar de ir pro show do ídolo dele - SHOW DO THIAGUINHO ARTHUR! Você só precisa ir, curtir, beber sua Bhrama - levanto do sofá e o Arthur me olha - pois sim vai ter que fazer publi também. Mas é isso, curtição e ainda vai ser pago. - procuro minha bolsa com os olhos marejados - Eu sou ou não sou o melhor acessor?!

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Iiiih gente, tinha que aparecer o MM pra azedar né. E agora?

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Vou Revelar 2 - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora