CARLA
Dormi com um sorriso no rosto e acordei com um maior ainda. Abro os olhos e dou de cara com esse peitoral gostoso que é só meu. Dormimos agarradinhos, eu com o rosto no pescoço dele, sentindo seu cheiro, me permitindo sentir paz e segurança.
Ergo um pouco o rosto e vejo que ele ainda está dormindo. Tão lindo. Tão meu.
Antes de acorda-lo deixo as lembranças da noite passada invadirem minha mente. Ele ainda consegue me deixar louca, só ele mesmo pra me deixar exausta de tantos orgasmos e ainda me fazer pedir mais. Sinto meu rosto esquentar só de lembrar tudo que fizemos.
Ainda sorrindo, levo os lábios até sua clavícula e deixo um beijo, enquanto deslizo minhas unhas pela barba dele, a minha barba.
Carla: bom dia, lindo.
Arthur: hmmm - ele aperta o braço que tem em torno de mim - não quero acordar desse sonho não - ele diz virando pro meu lado e colocando a perna por cima de mim.
Carla: socorro - digo rindo - eu vou sumir nesse músculos.
Arthur: não acredito que você ta aqui - ele se afasta um pouco pra me olhar, mas continua me abraçando - jura que é real?
Carla: é real, cara, é muito real! - respondo sem conter o riso e muito menos as lágrimas.
Arthur: não chora - ele diz secando meu rosto.
Carla: é de felicidade, eu to feliz - faço um bico, que ele beija.
Arthur: linda demais, você - diz deslizando o polegar pelo meu lábio inferior.
Carla: queria passar o dia assim, agarradinha em você - digo me aconchegando nele, que me abraça apertado.
Arthur: eu também queria, mas a gente tem um casamento pra ir. Inclusive, eles vão pirar quando a gente contar que voltamos.
Carla: vão mesmo - rio - inclusive, você ta sabendo que eles armaram pra gente? - me afasto um pouco para olha-lo
Arthur: pois é, to sabendo, Projota me contou um pouco antes da festa, mas disse que supostamente não era pra gente saber.
Carla: Juliette me contou e disse a mesma coisa - gargalho.
Arthur: um bando de fofoqueiros que não se aguentam.
Carla: não - não consigo parar de rir e tenho uma ideia - lindo, e se...
Arthur: aaaaaaaai - ele me beija e esfrega os lábios nos meus
Carla: o que foi? - pergunto rindo
Arthur: eu não consigo lidar com você me chamando de lindo de novo, acho que foi uma das coisas que eu mais senti falta.
Carla: lindo - selinho - lindo - selinho - meu lindo - selinho
Arthur: todo seu - ele morde meu lábio inferior - agora fala, o que você ia dizer.
Carla: vamos trolar eles?
Arthur: como assim?
Carla: eles devem ta cheios de expectativa porque viram quando saímos juntos, a Pocah e a Ju devem ter contado pra todo mundo sobre o nosso beijo, e como eu não voltei pro quarto, elas devem saber que to com você. Mas, e se a gente inventar que brigamos depois daquilo e eu não passei a noite aqui, a gente conta a verdade ainda hoje, só pra brincar com eles um pouquinho. - sugiro, animada.
Arthur: pode ser - ele concorda, mas tenho um vislumbre de algo muito ruim nos olhos dele.
Carla: ei, o que foi? Você não quer? - me ergo apoiada no cotovelo pra ter uma visão melhor dele.
Arthur: não, não é isso - ele respira fundo
Carla: fala, Arthú - peço em um sussurro
Arthur: mentir sobre nosso relacionamento - ele desvia o olhar - ainda é gatilho pra mim - meu coração aperta - é besteira, mas...
Carla: não é besteira - o interrompo e me aproximo mais dele para fazer carinho no seu rosto e fazer com que olhe diretamente pra mim - a gente não vai esconder nosso relacionamento, pelo menos não é o que eu quero, se você concordar, a gente ja conta tudo pra todo mundo hoje mesmo.
Arthur: sério? Cá, você não ta dizendo isso só pra que eu não me sinta mal né? Porque eu não quero que você faça nada se não se sentir bem pra fazer.
Carla: não, coisa linda, eu não quero te ver mal, mas não é por isso que eu disse isso. Eu quero mesmo que todo mundo saiba que estamos juntos, ja chega de porcaria de off, ja passamos por muita coisa, chegou nossa vez de ser feliz, e eu quero mais é que o mundo saiba o tanto que você me faz bem. - termino de falar sorrindo e ele avança na minha boca, sorrindo também.
