#11 - Conduru!!!!

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CARLA

Logo que me vi dentro da casa da dona Bia senti vontade de chorar. Eu to aqui, cara! Eu to finalmente aqui! Respiro fundo, caminhando pelo gramado, mas uma lágrima escorre mesmo assim.

Arthur: ei - ele para de caminhar ao meu lado e para na minha frente - o que aconteceu? Hm? - ele me abraça delicadamente e me encara preocupado.

Carla: eu... eu to feliz! - sorrio em meio as lágrimas - eu quis tanto vir aqui, com você, quis tanto ver seu mundo, e fazer parte desse mundo que você tanto ama. E agora eu to aqui - sorrio e choro.
Arthur: você não faz ideia do tanto que eu to feliz por você ta finalmente aqui, eu amo minha Conduru, e amo mais ainda você - ele sorri pra mim e eu acaricio sua barba - então, ter você aqui, eu não sei nem dizer, Cá... to feliz demais! - ele cola os lábios nos meus e eu me derreto.

Thais: ITI MAMAIN! Lindinhos demais! - ela passa por nós com algumas malas.
Bia: lindos mesmo, mas entrem que vocês ainda precisam de repouso! - ela vem logo em seguida.
Mara: e muito repouso! Olhem que os dois tão cheios de recomendações médicas pra seguir! - claro que minha mãe vai ficar com a gente aqui em Conduru, foi o único jeito de convencer.

E eu confesso que to muito feliz! Meu pai teve que voltar pro Uruguai, mas só em minha mãe estar aqui, já me deixa empolgada, sim, empolgada. Eu quero minha família toda juntinha.

Terminamos de chegar em casa e nos acomodamos no quarto do Arthur, eu e ele não podemos fazer nada, repouso absoluto. Dona Bia vai instalar minha mãe e eu e o Arthur vamos deitar, um do lado do outro, sem conchinha, porque eu preciso deitar de barriga pra cima nos primeiros dias.

O Arthur ta bem melhor que eu, e fica me provocando, deixando beijos no meu pescoço, deslizando os dedos pelos meus braços.

Carla: eu vou te chutar daqui - digo de olhos fechados enquanto ele está trilhando beijos no meu braço.
Arthur: oxe, por que? - ele da leves mordidas no meu braço.
Carla: você fica me atiçando - digo - e a gente não pode fazer nada! É tortura!
Arthur: eu to fazendo carinho em você, só isso. Você que é uma safada e fica pensando besteira ai. - ele brinca
Carla: eu sou safada? - o encaro de lado, com a sobrancelha erguida - Eu né? Ta bom então. Não digo mais nada - viro o rosto de volta pro teto e fecho os olhos.

Arthur: ei, eu to brincando com você - ele solta meu braço - Cá? - não respondo, e faço de tudo pra não rir do desespero dele - vida, não faz assim - ele começa a se erguer pra me ver melhor.
Carla: eu to brincando com você, bobão - abro os olhos sorrindo - eu sou safada mesmo, com você principalmente - mordo o lábio inferior
Arthur: você é uma peste - ele se inclina sobre mim - não vale nada - cola nossos lábios em um selinho demorado.

Escuto uma batida na porta, que se abre antes que o Arthur possa ir pra longe de mim, e nossas mães colocam a cabeça pra dentro di quarto.

Bia: Mara, eu acho que vamos ter que colocar eles em quartos separados. - ela diz séria e eu fico vermelha.
Mara: e com supervisão, Bia. Eles não são de confiança. - minha mãe completa e é a vez do Arthur se envergonhar.

Arthur: foi só um beijinho gente
Carla: é gente, só um carinhozinho - o Arthur olha pra mim e pisca.

Arthur: a que devemos a honra dessa ilustre visita aos nossos aposentos? - ele vira de frente pras duas
Carla: que besta - eu rio e dou tapinha de leve em seu braço.

Mara: viemos ver se vocês estavam bem - minha mãe sorri.
Bia: isso, e eu quero aproveitar o momento pra dizer uma coisa - ela diz puxando uma cadeira e sinalizando para que a minha mãe sente na outra - eu sei que vocês tem uma história complicada, e eu conversei com a Mara já - minha mãe concorda - e quero que você saiba Carlinha, que pra mim, tudo que passou passou, quero que sinta como se fôssemos sua família também, porque é assim que eu me sinto em relação a você. Eu sei o tanto que meu filho te ama e é feliz com você, isso basta pra mim - ela sorri e eu seco as lágrimas que começaram a cair sem que eu percebesse.

Carla: obrigada, dona Bia - falo - de verdade. A senhora não tem ideia de como isso é importante pra mim. Senti muito a falta de vocês todos - ela estende a mão pra mim e eu aperto a sua.

Mara: eu também quero falar - ela pigarreia - como a Bia disse, nós conversamos, e eu sei que fiz muita coisa, que magoei muita gente - ela respira fundo - mas, eu só quero que minha filha fique bem - seus olhos marejam e eu ja estou chorando - eu sei que ela te ama, Arthur. E eu vou apoiar o que fizer minha filha feliz, sei que com você ela ta, to vendo isso. - ela estende a mão pra ele e ele se levanta e a abraça.

Nem acredito no que ta acontecendo aqui, eu quis tanto isso, tanto! Seco minhas lágrimas e quando percebo a dona Bia está olhando pra mim, ela sorri, ela sabe o que eu to sentindo, sabe o alivio que esse momento me trás.

Depois de muita emoção, elas saem e nos deixam a sós novamente. O Arthur deita do meu lado, e faz carinho no meu cabelo.

Arthur: vida?
Carla: oi?
Arthur: vamos ficar bem, você sabe né?
Carla: eu sei, amor. Vamos mesmo - ergo o rosto e faço um bico.

Ele entende minha intenção e me beija. Ficaremos muito bem!

Depois de uma longa recuperação, chegou a hora de voltar, eu preciso trabalhar, tenho um projeto incrível pela frente, e eu to muito ansiosa! E sabe o melhor? O Arthur vai ta comigo! Ele vai ta comigo sempre agora! A gente vai poder viver tanta coisa... dividir sonhos, conquistas. To empolgada!

Nos despedimos de todos, com a promessa de voltar, porque eu mal aproveitei Conduru, fiquei presa a uma cama a maior parte do tempo, mas temos a vida toda pela frente. Eu vou voltar aqui.

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NINGUÉM ME TOCA! Poxa, como eles são lindos cara 🤧🥹

70 comentários e comecem a se despedir porque o próximo é o último 🥲

Vou Revelar 2 - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora